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Por: Museu da Pessoa,

"Por que não, uma mulher pescando no mar?"

Esta história contém:

P/1 – Então, bom. Inicialmente gostaria de agradecer muito Cilinha por nos receber aqui na sua casa, para dar essa entrevista para um projeto que é super importante. Tá, muito obrigado. Bom, para a gente identificar, eu queria que você falasse o seu nome completo, o local e a sua data de nascimento.

R – É, Demercilia Teixeira de Souza, aqui é Augusto Braga, 145. Eu nasci em 6 de novembro de 1975.

P/1 – Nasceu em?

R – Campos.

P/1 – Nasceu em Campos? Ok, 1975. Está bom, antes de entrar na sua vida mesmo, eu vou perguntar um pouco sobre a sua família, sobre os seus pais, a origem da sua família. Você conheceu os seus avôs?

R – Conheci, muito.

P/1 – É? Conta um pouco o nome deles, de onde eles vieram.

R – Eles eram, da parte da minha mãe, eles eram, trabalhavam em roça, negócio de cana, plantava abóbora, essas coisas assim, melancia. Aí nós colhíamos, eu até ajudava na roça também, cortava cana, trabalhava na enxada, tudo isso já passei. Depois, o meu avô da parte do meu pai não tive muito contato não, porque ele morava em outra cidade. Depois o meu avô recebeu uma proposta boa do sítio que ele tinha, pegou e vendeu. Aí vieram para o Farol, para Campos. Dali a idade foi passando, foi passando, minha avó adoeceu, ficou três anos em cima da cama. Meu avô teve um AVC, faleceu. Minha vó ficou sofrendo na cama ainda, minha mãe sofrendo, meus tios, tudo, aí depois ela faleceu. Não fui ao velório deles porque eu passo mal, até eu sou proibida de ir em velório, essas coisas, que eu tenho problema de nervo. Aí foi, a minha vida sempre foi um pouco de alegria, um pouco de sofrimento. Aí veio o problema que as minhas tias da parte de pai com câncer de mama, depois veio de estômago. Aí fui só perdendo meus entes, família e, não fui em nenhum velório, para mim eles estão vivos, não faleceu ninguém. E quando a gente vê, é uma coisa quando a gente não vê,...

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Dados de acervo

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Projeto: Cabo Frio, Itapemirim, Macaé, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra na Memória e Vida dos Seus Moradores

Entrevistada por: Danilo Eiji e Ednei Garcia

Depoimento de: Demercilia Teixeira de Souza [Cilinha]

Local: Macaé

Data: 20/03/2013

Realização: Museu da Pessoa

Código: AECOM_HV009

Transcrito por: Francisco Guilherme Ribeiro Ruiz

Revisado por: Izabel Cristina

P/1 – Então, bom. Inicialmente gostaria de agradecer muito Cilinha por nos receber aqui na sua casa, para dar essa entrevista para um projeto que é super importante. Tá, muito obrigado. Bom, para a gente identificar, eu queria que você falasse o seu nome completo, o local e a sua data de nascimento.

R – É, Demercilia Teixeira de Souza, aqui é Augusto Braga, 145. Eu nasci em 6 de novembro de 1975.

P/1 – Nasceu em?

R – Campos.

P/1 – Nasceu em Campos? Ok, 1975. Está bom, antes de entrar na sua vida mesmo, eu vou perguntar um pouco sobre a sua família, sobre os seus pais, a origem da sua família. Você conheceu os seus avôs?

R – Conheci, muito.

P/1 – É? Conta um pouco o nome deles, de onde eles vieram.

R – Eles eram, da parte da minha mãe, eles eram, trabalhavam em roça, negócio de cana, plantava abóbora, essas coisas assim, melancia. Aí nós colhíamos, eu até ajudava na roça também, cortava cana, trabalhava na enxada, tudo isso já passei. Depois, o meu avô da parte do meu pai não tive muito contato não, porque ele morava em outra cidade. Depois o meu avô recebeu uma proposta boa do sítio que ele tinha, pegou e vendeu. Aí vieram para o Farol, para Campos. Dali a idade foi passando, foi passando, minha avó adoeceu, ficou três anos em cima da cama. Meu avô teve um AVC, faleceu. Minha vó ficou sofrendo na cama ainda, minha mãe sofrendo, meus tios, tudo, aí depois ela faleceu. Não fui ao velório deles porque eu passo mal, até eu sou proibida de ir em velório, essas coisas, que eu tenho problema de nervo. Aí foi, a...

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