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Por: Museu da Pessoa, 30 de novembro de -0001

Olhar de Edite

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Olhar de Edite

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Eu nasci em 16 de setembro de 1942, Pirapora, cidade do norte de Minas Gerais.

Até onze anos a minha vida era de uma maneira e depois de onze anos mudou tudo, porque memórias, assim, eu lembro quando eu tinha seis anos, que eu morava na Rua Sete, que era uma rua muito perto do São Francisco e depois eu mudei pra uma casa que era própria, porque a gente pagava aluguel, mas logo que nós mudamos eu perdi um irmão meu, afogado no Rio São Francisco. E, quando passou dois anos, eu perdi meu pai e aí eu tinha onze anos. Aí a vida, pra mim, mudou completamente, assim, sabe?

Ah, foi muito triste, porque, assim, ele era mais velho que eu quatro anos e então eu, Zazá e Isaías enchia a paciência dele e nós acostumamos brincar com ele e foi muito triste. Ele desceu pra buscar mais manga e, quando minha mãe recebeu a notícia que ele tinha afogado, aí minha mãe foi e já o achou morto, assim. Aí, depois, quando passou dois anos, assim, que ele morreu, morreu meu pai.

Meu pai era carpinteiro, mas ele tinha seis pessoas que trabalhavam pra ele. Ele tinha montado lá no centro da cidade, assim. Ele trabalhava de carpinteiro, mas ele tinha muito serviço e a gente tinha uma vida confortável, assim. Não uma vida rica, mas a gente tinha as coisas bem fartas dentro de casa. E aí, com a morte do meu pai, aí as coisas ficaram muito ruins pra nós, né? Minha mãe era uma pessoa que nunca tinha trabalhado pra fora, assim, né?

Eu tenho uma relação muito forte com o São Francisco, com o rio, com os córregos, com buscar fruta no mato, a gente buscava lenha no mato, porque não tinha fogão a gás, não tinha nem luz, né? Não tinha luz. Depois chegou luz, mas era pra uma meia dúzia de casas, assim. Na minha casa não tinha luz. E eu tenho uma ligação muito forte com o rio, eu tinha, eu amo aquele rio. Ele é fonte de inspiração. Foi e é.

Porque eu lavava roupa nele, pulava pedra, brincava, pegava pedrinha. Tinha um monte, quando a gente entrava na...

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