Projeto Ópera Urbana
Entrevista de Antônio de Almeida Santos
Entrevistado por Márcia Ruiz
São Paulo, 5 de agosto de 2009
Realização Museu da Pessoa
Entrevista OPSESCSP_CB030
Transcrito por Jennifer Serra
P/1 – Boa tarde, pra iniciar eu gostaria que o senhor me dissesse o seu nome, local e data de nascimento.
R – Eu preciso falar a data de nascimento? (risos) Bom, na realidade, eu moro aqui na Avenida Paulista, no número 21, no primeiro prédio da Avenida Paulista. A data do meu nascimento é uma data, pra São Paulo também é histórica, é 23 de maio do ano 1934.
P/1 – E qual é o seu nome, por favor?
R – Meu nome é Antônio de Almeida Santos.
P/1 – E o senhor nasceu na cidade de São Paulo?
R – Nasci na cidade de São Paulo, sou paulistano da gema.
P/1 – Me diz uma coisa, Seu Antônio, qual é a sua relação com a Avenida Paulista.
R – A Avenida Paulista, ela é um símbolo de São Paulo. E ela teve várias fases, né? Se nós analisarmos a história da Avenida Paulista, ela se transformou totalmente. Então, antigamente era a rua dos casarões, dos barões do café. Gradativamente ela foi se transformando. Hoje, na Avenida, nós temos praticamente 17 residências que ainda restam daquele tempo antigo e os prédios se elevaram. O centro financeiro passou a ser aqui, na Avenida Paulista. As atividades aqui na Paulista foram variadas e ainda continuam sendo variadas. Existe a fase moderna, vamos dizer assim, a fase depois que veio o metrô pra cá, depois que foi feito esse novo calçamento, que foram feitas as vias de acesso às pessoas com deficiência física. A população mudou. Houve a invasão dos famosos camelôs, moradores de rua... Que isso aí é ruim pra nós, que somos paulistas e não gostamos disso. Muitas vezes, a gente se sente que mesmo sendo paulistano a gente quase que não está em São Paulo, porque a diversidade de pessoas que frequentam aqui é muito grande. Enfim, a mudança... E eu morava em outro...
Continuar leitura
Projeto Ópera Urbana
Entrevista de Antônio de Almeida Santos
Entrevistado por Márcia Ruiz
São Paulo, 5 de agosto de 2009
Realização Museu da Pessoa
Entrevista OPSESCSP_CB030
Transcrito por Jennifer Serra
P/1 – Boa tarde, pra iniciar eu gostaria que o senhor me dissesse o seu nome, local e data de nascimento.
R – Eu preciso falar a data de nascimento? (risos) Bom, na realidade, eu moro aqui na Avenida Paulista, no número 21, no primeiro prédio da Avenida Paulista. A data do meu nascimento é uma data, pra São Paulo também é histórica, é 23 de maio do ano 1934.
P/1 – E qual é o seu nome, por favor?
R – Meu nome é Antônio de Almeida Santos.
P/1 – E o senhor nasceu na cidade de São Paulo?
R – Nasci na cidade de São Paulo, sou paulistano da gema.
P/1 – Me diz uma coisa, Seu Antônio, qual é a sua relação com a Avenida Paulista.
R – A Avenida Paulista, ela é um símbolo de São Paulo. E ela teve várias fases, né? Se nós analisarmos a história da Avenida Paulista, ela se transformou totalmente. Então, antigamente era a rua dos casarões, dos barões do café. Gradativamente ela foi se transformando. Hoje, na Avenida, nós temos praticamente 17 residências que ainda restam daquele tempo antigo e os prédios se elevaram. O centro financeiro passou a ser aqui, na Avenida Paulista. As atividades aqui na Paulista foram variadas e ainda continuam sendo variadas. Existe a fase moderna, vamos dizer assim, a fase depois que veio o metrô pra cá, depois que foi feito esse novo calçamento, que foram feitas as vias de acesso às pessoas com deficiência física. A população mudou. Houve a invasão dos famosos camelôs, moradores de rua... Que isso aí é ruim pra nós, que somos paulistas e não gostamos disso. Muitas vezes, a gente se sente que mesmo sendo paulistano a gente quase que não está em São Paulo, porque a diversidade de pessoas que frequentam aqui é muito grande. Enfim, a mudança... E eu morava em outro bairro, devido o problema de eu trabalhar aqui na Avenida Paulista, trabalhei numa empresa durante quase 50 anos, facilidade de locomoção pra cá, então, foi o que fez mudar de um bairro... Que em São Paulo é um bairro nobre, o bairro de Moema. Eu vim parar aqui na Avenida Paulista por facilidade de locomoção talvez.
P/1 – E o senhor fez essa mudança de bairro em função do trabalho. O senhor trabalhava em que lugar, aqui na Paulista?
R – Eu trabalhava no 1111, num banco, um banco internacional. É isso o que a senhora quer saber?
P/1 – É. E, me diz uma coisa, o senhor tem alguma história interessante, da Paulista, que o senhor vivenciou, pra contar pra gente?
R – Bom, as histórias são muitas. Eu lendo a história de São Paulo e a Avenida Paulista, a gente nota que houve uma transformação muito grande com a vivência do povo. Para nós termos a idéia, aqui na Paulista havia carnaval. Havia até corrida de automóvel aqui na Paulista.
P/1 – Mas, que o senhor tenha vivenciado.
R – Vivenciado, pode-se dizer, vivenciado mesmo foi após a vinda do metrô pra cá, né? Houve uma transformação muito grande. Muitas empresas saíram daqui, foram pra outra área financeira, que é a Berrini, e, muitos ficaram aqui. Então, essa transformação a gente sentiu, claramente. Então, aqueles eventos que havia aqui... As corridas de São Silvestre eram feitas aqui na Paulista. Hoje, elas parcialmente são feitas aqui. O MASP, também, é um ícone da Paulista, uma coisa muito antiga, uma coisa relevante, conhecida mundialmente. Enfim, a vida daqui, tem tudo que se precisa aqui na Paulista. Tudo, tudo. Hospitais, igrejas, restaurantes, parte cultural. Tudo aqui existe na Paulista. Se nós explorarmos tudo aqui, isso aqui conta uma parte da parte, que eles dizem, nobre de São Paulo.
P/1 – Me diz uma coisa, Seu Antônio, o senhor se aposentou e mora na Paulista. Hoje o que é que o senhor faz na Avenida Paulista? Que atividade o senhor desenvolve aqui com a Paulista? O senhor faz a parte de lazer do senhor? O que é que o senhor faz aqui?
R – Na realidade, eu praticamente faço tudo. A parte de lazer, a parte de visitas, a parte cultural, museu, teatro, restaurantes. Até, vamos supor, hospitais, enfim. A proximidade com o Ibirapuera facilita bastante a parte de ginástica ou o jogging que a gente faz todo dia, caminhada, aquele negócio todo. Tudo a gente faz aqui na Paulista. Tudo o que você pensar tem aqui na Paulista. Ou, se não tem na Paulista, tem próximo à Paulista.
P/1 – Me diz uma coisa, Seu Antônio, se eu pedisse pra o senhor fazer uma imagem da Paulista ou uma palavra que pudesse definir... Se tivesse uma palavra que pudesse definir a Paulista, qual seria?
R – É a artéria principal de São Paulo. É por onde corre toda a população, todas as coisas de melhor que existem em São Paulo, elas estão centralizadas na Avenida Paulista, porque é o centro de referência.
P/1 – Tá bom, então, Seu Antônio. Muito obrigada pela sua participação.
FIM DE ENTREVISTA
Recolher