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Rosa Fajersztajn
- data ou período de nascimento: 15/03/1919
- gênero: Feminino
- cor / raça: Branca
- local de nascimento: Polónia / Kazimierz
- local de moradia atual: Brasil / São Paulo / São Paulo
- religião: Judaísmo
- profissão: Vendedora
sobre
Rosa Fajersztajn nasceu em 15 de março de 1919 em Kazimierz, Polônia. De família judia, é fruto do relacionamento de sua mãe, que era viúva e tinha três filhos do primeiro casamento, e seu pai, que também era viúvo e tinha seis filhos do primeiro casamento. Desse relacionamento nasceram Rosa e um irmão mais novo. De Kazimierz a família vai morar em Opole, para poder ter mais contato com as tradições judaicas.Rosa estudou até os quatorze anos e logo conseguiu emprego em uma loja. Ainda jovem, se interessou pela literatura e pelas doutrinas do Partido Comunista, participando de grupos comunistas e se relacionando com outro adeptos. Perdeu os pais e oito dos dez irmãos na Guerra. Foi presa pela Gestapo, foi torturada nos interrogatórios, mandada para Auschwitz e Ravensbrück como presa política. Libertada pela Cruz Vermelha em 1945, foi para a Suécia, onde ficou por dois anos e meio para recuperação. Decidiu vir ao Brasil reencontrar com conhecidos que já estavam aqui e acabou conhecendo Jacob, com quem se casou e teve dois filhos. Rosa tem cinco netos, atualmente é viúva e continua trabalhando como vendedora de roupas, atividade que exercia desde jovem. Frequenta também atividades da terceira idade na antiga Casa do Povo.
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"A vida é uma coisa preciosa!"
Personagem: Rosa FajersztajnAutor: Museu da Pessoa
Família reunida
personagem: Raymond, Orcídia, Bernando, Ricardo, Francisco, Henrique e M.Olivia
historia: Estes dois terrenos foram comprados em 1954, em um deles Raymond constrói uma residência confortável e espaçosa em 1963 onde mora até seu falecimento e de sua esposa.
Dia dos Pais
personagem: Meus avós, meus pais, irmãs, tios e tias
historia: Fizemos uma reunião na casa de minha avó para passarmos o dia dos pais... Eu tocava uma gaita de boca, acompanhado por um tio, no violão.
O fim da recuperação
A foto é do local onde Rosa morava. Na época, ela já tinha saído do hospital onde havia ficado internada para recuperação e trabalhava numa instituição para idosos. Alguns meses antes do fim da guerra, a Sra. Rosa foi, junto com outras 500 mulheres, comprada pelo conde Bernadotti, da Suécia, quem pagou diretamente a Himmler (um dos 3 ou 4 principais assessores do Fuhrer). Na Suécia, ela conta, foi tratada como uma recém nascida, pois tinha apenas 30 quilos quando chegou
Passeio ao Parque
Este era um passeio cotidiano: ir ao Parque da Luz, a duas quadras de casa. Marilena tinha um ano e Hermes tinha dois.
Campo de refugiados
Dona Rosa viveu neste campo de refugiados por um ano e meio. Nos meses finais da guerra, ainda sob o domínio nazista, o Conde Sueco Vernadotti pagou Himmler pela liberdade de 6.000 mulheres e as levou para Suécia.
Família Fajersztajn
A mãe de Rosa enviuvou aos vinte e cinco anos - tinha três filhos. Foi de Kazimir para Opole, onde conheceu o pai de Rosa. Além de Rosa, tiveram outro filho. O pai de Rosa também era viúvo e tinha dois filhos. Foto de alguns irmãos e seus filhos.
Em casa, no Bom Retiro
Dona Rosa, perseguida por ser judia, viu seus 2 filhos casarem-se com não judeus (o genro é negro), o que provoca sentimentos ambíguos de quem é tolerante mas teme a eliminação do judaísmo, não pelo método da ""solução final"", mas pelo processo de "assimilação".
Esquina do Bom Retiro
Foto tirada no bairro do Bom Retiro, centro da vida do casal, onde moravam e trabalhavam.
Lua de Mel no Brasil
Passeio a cavalo pela estância turística de Serra Negra, durante a lua de mel, no verão de 1947. D. Rosa chegou ao Brasil em 26 de Outubro de 1946 . Aqui, reencontrou-se com Jacó, também de Ópole, que havia vindo para São Paulo antes da guerra.
Panorama de Ópole
Área "nova" de Opole, com casario em primeiro plano (comércio embaixo e residência no alto) e igreja católica ao fundo. Parte das ruas da cidade, como esta, tinha piso de pedras. Esta parte da cidade era coabitada em harmonia por católicos e judeus. Apenas a cidade velha era realmente "judaica", que mais tarde passou a ser um gueto.
Amigas de colégio
Esta foto é da turma do terceiro ano da escola, correspondente a cerca de onze anos de idade. Dona Rosa estudava em escola judaica, de forma que as meninas eram todas judias. Opole era uma cidade pequena, todas as crianças conviviam muito entre si também fora da escola. De todas as meninas, apenas Rosa e Nem sobreviveram à guerra.
Raízes judaicas
Centro da parte judaica (cidade velha). As ruas eram de cascalho e, a cidade, pequena. As casas que se veem são, basicamente, de comércio (no térreo). A separação entre judeus e ""polacos"" não era total, tendo sido oficializada após a chegada dos alemães. A parte ""polaca"" ficava para a direita da foto a uns quarteirões (que não aparece). Posteriormente toda a área que se vê tornou-se um gueto (prisão), recebendo ainda judeus de outras cidades, inclusive Kazimir, cidade natal de Rosa e menor que Opole. Esta quintuplicou o número de habitantes.
Família Fajersztajn
A mãe de Rosa enviuvou aos vinte e cinco anos - tinha três filhos. Foi de Kazimir para Opole, onde conheceu o pai de Rosa. Além de Rosa, tiveram outro filho. O pai de Rosa também era viúvo e tinha dois filhos. Foto de alguns irmãos e seus filhos.
Chegando ao Brasil
Dona Rosa chegou em Santos através do contato com entidades judaicas brasileiras. Dora Goldman fez o convite e Dona Rosa chegou com quarenta e cinco pessoas de sua cidade Opole e redondezas.
Rosa em Israel
Festa de recepção de Rosa em Tel Aviv. Todos são da sua cidade, Opole, e, com exceção de Sara, saíram da Europa antes da guerra para morar em Israel. Os laços que unem a comunidade judaica muito se fortaleceram após a guerra. Era necessário um movimento de resgate da história coletiva e pessoal e qualquer fato representava motivo para eventos, reencontros, troca de informações e documentação histórica, experiências e lembranças
Passeando no Parque
O parque era lugar de passeio de Rosa e sua família que, desde o casamento, moraram no Bom Retiro
Conselho comunitário
Conselho comunitário da comunidade judaica em Opole, sem atribuições legais. Não era um conselho religioso. A placa está escrita em iídiche, dialeto dos judeus da Europa Oriental (próximo do Alemão), e em Hebraico. Apesar de viverem em um país com suas instâncias legais, os judeus poloneses tinham suas próprias instituições.
Escola de Opole
Garotas do colégio judaico de Opole, com cerca de catorze anos e frequentando o 6º ano escolar. A família de Dona Rosa era religiosa e não havia escolas judaica em Kazimir. Este foi um dos motivos para a mudança rumo a Opole.
Dia dos pais
Foto tirada em comemoração do Dia dos Pais (só faltou um filho de Hermes). Meses depois, Jacó faleceu.
Família reunida
Uma das inúmeras visitas dos filhos e netos, sempre começando ou terminando com um lanche no almoço. Filhos e netos moram na Zona Sul de São Paulo, longe do bairro do Bom Retiro, mas visitam os avós 2 ou 3 vezes por semana. Seu Jacó faleceu em 1999, meses após a bodas de ouro.
O teatro do acaso
Rosa chegou ao Brasil em 26 de Outubro de 1946 e casou-se em 5 de janeiro do ano seguinte. Seu noivo e futuro marido vivia em São Paulo desde 1935/1936 e já estava "bem de vida". Ela já o conhecia de Opole. Jacó era nove anos mais velho. Certo dia, numa sala da escola, todas suas amigas bagunçavam menos Rosa, a professora pediu para que todas ficassem em silêncio usando Rosa como exemplo e as meninas sugeriram à ela pegar Rosa como nora, e a professora disse ser impossível.
Rosa, uma brasileira
O documento foi obtido quando Rosa já estava naturalizada, Jacó já residia aqui desde 1936, Rosa chegou 10 anos depois e logo casaram e tiveram filhos. Veio através do convite de uma amiga logo após recuperar-se na Suécia ao fim da 2ª Guerra Mundial.
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