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Luakam Anambé (Maria do Socorro Borges)

- data ou período de nascimento: 30/07/1968
- gênero: Feminino
- cor / raça: Indígena
- local de nascimento: Brasil / Rio De Janeiro / Rio De Janeiro
- local de moradia atual: Brasil / Pará / Viseu
- grau de escolaridade: Ensino Fundamental Incompleto
- religião: Tradições indigenas
- profissão: Artesã
sobre
Luakam, que significa "noite que brilha", é do povo Anambé, que fica às margens do Rio Moju, no estado do Pará. Nasceu em Viseu, em 1968. Descendente de indígena e africano, teve muitos irmãos. Começou a trabalhar ainda menina, aos 7 anos. Foi vítima de abusos e de um casamento forçado aos 14 anos. Após a separação, decidiu trabalhar como costureira, migrou para o Rio de Janeiro e, enfrentando preconceitos por ser uma mulher indígena, trabalhou para algumas confecções. Junto com a chegada de sua neta, criou as Bonecas Anaty. Durante a pandemia, Luakam utilizou as redes sociais para superar o momento difícil e crescer o seu negócio. É também Diretora da Associação Indígena Aldeia Maracanã.
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“O meu limite é o céu”
Personagem: Luakam Anambé (Maria do Socorro Borges)Autor: Museu da Pessoa

Noite especial
data (ou período): Ano 2013 Imagem de:Luakam Anambé (Maria do Socorro Borges)

De mundo a fora
data (ou período): Ano 2016 Imagem de:Luakam Anambé (Maria do Socorro Borges)

Realização de um sonho
data (ou período): Ano 2015 Imagem de:Luakam Anambé (Maria do Socorro Borges)

Originalidade e origens
data (ou período): Ano 2016 Imagem de:Luakam Anambé (Maria do Socorro Borges)

Essência natural
data (ou período): Ano 2017 Imagem de:Luakam Anambé (Maria do Socorro Borges)

Se protegendo de um possível perigo
data (ou período): Ano 2017 Imagem de:Luakam Anambé (Maria do Socorro Borges)

Árvore do descanso
data (ou período): Ano 2017 Imagem de:Luakam Anambé (Maria do Socorro Borges)

Colheita de buriti
data (ou período): Ano 2017 Imagem de:Luakam Anambé (Maria do Socorro Borges)

Solidariedade
data (ou período): Ano 2020 Imagem de:Luakam Anambé (Maria do Socorro Borges)

Arte Papa Xibé na mídia
data (ou período): Ano 2020 Imagem de:Luakam Anambé (Maria do Socorro Borges)

Luto como uma indígena
data (ou período): Ano 3 Imagem de:Luakam Anambé (Maria do Socorro Borges)

Noite especial
Encontro com uma comunidade paraense no Rio de Janeiro. Esse dia Luakam foi dar uma palestra sobre como os indígenas se sentem no contexto urbano, na Caixa Econômica Federal, e levou um susto com a quantidade de alunos que iriam ouvir sua fala, era em torno de cem pessoas. Quando ela contou que era de Viseu, Pará, esse grupo de pessoas da foto se manifestaram, falando que também são paraenses. Nesse momento Luakam se sentiu em casa, bem reforçada, pensou: "Eu não estou sozinha aqui, eles estão aqui do meu lado". Foi um encontro tão maravilhoso que esse grupo continua frequentando a sua casa, eles gostam de cozinhar todos juntos.

Coletividade
O pai de Luakam cria galinha caipira em seu quintal e geralmente quando ela chega na casa de seu pai ele pede para ela preparar galinha caipira, um prato típico paraense, para comerem. No dia dessa foto Luakam estava preparando o almoço. Para ela, esta foto representa a coletividade, porque há um costume de cozinhar com a participação de todos.

De mundo a fora
Essa bandeira é do Município de Viseu, Pará, cidade onde Luakam nasceu. As bonecas estão junto à bandeira porque elas dão muito orgulho para os conterrâneos. Uma foto muito importante para Luakam e seu povo, porque os conterrâneos sabem que Viseu está no mundo através das Bonecas Anaty.

Re-encontros
Encontro com os índios Anambé. O senhor, de bermuda rosa, é o ancião da tribo, ele ainda fala o dialeto Anambé. Através dele que a tribo, os outros Anambés, assim como Luakam, estão recuperando a língua-mãe do povo Anambé. Também é através dele que os historiadores e professores estão fazendo esse resgate. Os outros rapazes da foto são netos do ancião. Foto importante porque foi o primeiro encontro de Luakam com o ancião da aldeia. Um grande encontro nas margens do Rio Cairari.

Realização de um sonho
Foto tirada no dia do encontro com o subprefeito de Nilópolis, no dia em que ela e quase toda sua família desfilaram na Escola de Samba Beija Flor. Essa foto é importante para Luakam porque é a única foto que tem da família reunida, além de representar a realização de um sonho, porque quando Luakam ainda morava no Pará ela tinha dois sonhos na vida: o primeiro era um dia ir ao Rio de Janeiro e assistir ao show clássico de final de ano do Roberto Carlos em Copacabana; o segundo era ir ao Sambódromo da Marquês de Sapucaí para ver a Escola de Samba Beija Flor desfilar. No dia que essa foto foi tirada a família foi convidada pelo subprefeito para desfilar na Beija Flor. Eles não só assistiram o desfile, como também desfilaram em destaque. O tema do desfile era “Iracema, a Virgem dos Lábios de Mel”, em 2016. O desfile para ela foi muito emocionante, assim como o pré-desfile, ela inclusive ficava se beliscando para ter certeza se estava vivendo aquilo tudo mesmo.

Originalidade e origens
Toda vez que Luakam volta para a sua cidade natal ela faz uma sessão de fotos. Nesse dia ela, um amigo jornalista (à frente), sua sobrinha e seu amigo Joey, fotógrafo (atrás), estavam vindo da roça quando tiraram essa foto. Luakam carregava um fruto específico de Viseu chamado Inajá, que também é usado de modo medicinal.

Essência natural
Esta é a verdadeira Anaty, neta de Luakam, sua inspiração para a criação das Bonecas Anaty. No momento da foto estavam se preparando para dançar carimbó, uma dança típica do Pará. Todo mês a tribo se encontra no Rio de Janeiro para mostrar a cultura paraense para as pessoas de fora. Luakam tem uma relação muito forte com a neta. É um amor infinito. Anaty é uma menina carismática, inteligente, educada, e a cada dia que passa Luakam a admira mais.

Proteção
Essa foto foi tirada no igarapé. Luakam colocou a sua mão dentro d'água para pedir licença à mãe d'água para se banhar. Luakam está com um cocar, pois estava prestes a fazer uma oferenda ao Curupira, outro ser encantado. Esta oferenda consiste em oferecer o cocar em troca de bons fluídos, de paz, proteção, já que acreditam que o Curupira é o rei da mata e dos ancestrais, os grandes guerreiros que se foram.

Se protegendo de um possível perigo
Esta foto registra o momento em que Luakam estava indo para a roça. Carregava folhas dentro do panero e estava com um facão na mão para se proteger de um possível encontro com cobras.

Árvore do descanso
Sempre que Luakam faz este caminho ela para debaixo dessa árvore grande, uma pitombeira, para tomar água, descansar e apreciar a beleza que Deus oferece. Nesse dia ela foi para a roça buscar massa para fazer beiju.

Pesca
Luakam estava pescando o almoço de sua família. Ela estava balançando o pé para os peixes nadarem para o outro lado, onde estava uma rede. Luakam estava carregando uma croatá, em português significa bacia, para colocar os peixes.

Colheita de buriti
Nesta foto Luakam estava colhendo alguns buritis, primos do açaí, para fazer um suco.

Encantaria
Esta foto foi tirada durante uma viagem que Luakam fez para a aldeia Anambé. Antes de chegar no destino final parou em Mocajuba, um braço do Rio Amazonas, para tomar um Tacacá e ao chegar na margem do rio de Mocajuba ela foi agraciada pela recepção de vários botos-cor-de-rosa do Rio Amazonas. Este foi o seu primeiro contato com botos. Esta foto foi tirada durante uma viagem que Luakam fez para a aldeia Anambé. Antes de chegar no destino final parou numa cidade para tomar um Tacacá e ao chegar na margem do rio de Mocajuba ela foi agraciada pela recepção de vários botos-cor-de-rosa do Rio Amazonas. Este foi o seu primeiro contato com botos. Há uma lenda no Pará de que o boto é encantado, então esse dia foi muito emocionante para Luakam. Ela também ficou impressionada com a inteligência dos botos. Um parente indígena entrou dentro d'água e fingiu que estava se afogando, então este boto veio rapidinho e entrou debaixo do braço dele e tentou levá-lo para a superfície.

Solidariedade
Nesta foto Luakam estava participando do projeto social que ela criou, chamado “Maria Vicentina”. Estava distribuindo cestas básicas no bairro de Piçarreira. Este nome é em homenagem à sua mãe, Maria, e à sua avó, parteira e uma pessoa muito solidária, Vicentina. As duas já faleceram.

Arte Papa Xibé na mídia
No dia em que esta foto foi tirada Luakam estava fazendo uma matéria para a Rede Record mostrando o seu dia de trabalho, costurando para a sua marca de roupas e bolsas Arte Papa Xibé, que significa, em Português, farinha com água, uma mistura clássica que mata a fome do caboclo paraense. Quando Luakam chegou no Rio de Janeiro veio com um objetivo: queria crescer para montar uma casa de costura em sua cidade, Viseu, Pará, para gerar emprego para as mulheres que não tem renda, para isso criou a sua marca Arte Papa Xibé, com peças exclusivas e com traços indígenas.

Amor
Luakam e Anaty, sua neta, apresentando um casal de bonecas Anambé. O menino é o Guerreiro Mayauê Anambé e a menina é a Anaty Anambé. Esta foto foi postada nas redes sociais da marca para divulgação. Para Luakam a base da relação entre ela e sua neta é o amor.

Emoção
Última foto que Luakam tirou de sua mãe, antes dela falecer. Estavam no aniversário de sua bisneta. Luakam fica emocionada ao ver essa foto. Na foto sua mãe está acompanhada das duas irmãs de Luakam, a Fátima, com blusa amarela, Suzete e a pequena Maria Cecília, sobrinha da Suzete.

Luto como uma indígena
O dia tão esperado de tomar a primeira dose da vacina contra o Covid-19 chegou. Os indígenas da Aldeia Maracanã tiveram que lutar para conseguirem se vacinar, pois as vacinas foram desviadas, então após entrarem na justiça, conseguiram.

Representatividade
Nesta foto Luakam estava acompanhada da Presidente da Associação Indígena da Aldeia Maracanã, a professora Marise (Pararipe). Luakam tem o hábito de receber indígenas em sua casa para falarem sobre as Bonecas Anaty. Juntos, gravam vídeos para divulgarem na internet. Nesse dia elas gravaram um vídeo para mostrar para o povo que as bonecas são legalizadas e que os indígenas estão de acordo e se sentem representados por elas. As bonecas da foto representam as etnias (esq. para dir.) Anambé, Krahô, Kamaiurá e Caiapó.
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Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”), nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.