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Hugueta Sendacz
- data ou período de nascimento: 16/10/1926
- gênero: Feminino
- cor / raça: Branca
- local de nascimento: Polónia / Lodz
- local de moradia atual: Brasil / São Paulo / São Paulo
- religião: Judaísmo
- profissão: Regente de coral
sobre
Hugueta - Agar, em hebraico - conserva na memória, como imagem mais antiga, ela própria correndo no quintal de uma pensão, recém chegada, com os pais, da Polônia natal. Vieram fugidos da crise de 1929 e do antissemitismo. Aqui radicou-se, sem jamais abandonar o Bom Retiro que a acolheu. Sofreu a amargura dos parentes sacrificados na Guerra. Fundou a Casa do Povo, recriou um Coral de músicas Yiddish e sonha com paz - local e mundial.
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Hugueta: regente da sua história
Personagem: Hugueta SendaczAutor: Museu da Pessoa
30 anos do coral
Apresentação comemorativa dos 30 anos do Coral, em 15 de dezembro. Quando terminou, dona Hugueta foi presenteada com um buquê de flores, na Casa do Povo.
Primeira foto
Primeira fotografia de dona Hugueta. A mãe de dona Hugueta, filha única, tinha uma ampliação da foto que ficava em cima da sua cama. Quando dona Hugeuta ficou maior, quando começou a ficar adolescente, pedia pra mãe tirar a foto pelada da parede, por vergonha. E a mãe sempre se negava a tirar. Hoje, a ampliação está guardada no baú da sua casa.
"Parece intelectual!"
Como quase todos os imigrantes da época, o navio parava em Santos, pegava-se o trem no cais que vinha para a estação da Luz. Seus pais, imagina, devem ter tirado a foto para enviar à família na Polônia, tendo os avós e tios na Polônia. Dona Hugueta gosta bastante dessa foto: destaca a pose, as pernas cruzadas: “parece intelectual”!
Formatura de piano
Formatura de piano de dona Hugueta no Conservatório Dramático e Musical. Hugueta conta que não teve a entrega do canudo, como acontece nas formaturas. Mas aconteceu o baile no Palácio Trocadeiro, nos fundos do Palácio Municipal. Ela recorda-se dos fundos coloridos de vidro, por onde saíam as luzes, “o lugar mais chique na época”. Seu pai dançou com ela a valsa.
De ficar arrepiada
Foto de fotógrafo, que dona Hugueta diz ficar arrepiada quando a vê: a foto foi encontrada no meio das fotos que o marido dela tinha. “Como se explica?” Dona Hugueta disse que chegou a perguntar para a mãe se algum dia ela tinha dado a ele alguma foto e ela disse que não. Perguntou ao marido e ele também não sabia que tinha a foto. Descobriu nos materiais do marido, quando juntaram os trapos. “Acho que fomos predestinados um para o outro. Entre o céu e a terra existe mais coisa que a filosofia nos explica. Pra mim, isso não existe explicação.”
Criação de figurino
Quando dona Hugueta trabalhava na Confecção Agar Modas, estava desenhando figurinos. Ela trabalhava na parte de criação.
Loja de confecção
Dona Hugueta na loja da Confecção.
Jardim da Luz
Hugueta diz que foi a mulher mais fotografada do mundo. Seu fotógrafo era seu marido. Na Rua Prates, recorda-se que o jardim não era com duas pistas, como hoje. “O roseiral vinha pra dentro de casa. Nós vivíamos no Jardim da Luz”.
Formatura do segundo grau
Hugueta lembra-se que se formou no Colégio Stafforld, só para meninas, onde hoje é o Museu da Energia.
La pequeña
Dona Hugueta é a que está no centro. Era chamada “La pequeña” pelo maestro, o Vaslav Velchek, que veio ao Brasil na época da foto, sendo o fundador da Escola de balé. Hugueta recorda-se de sempre ser a mais baixinha.
Algo em comum
O coral fez o curta-metragem, Algo em comum: um menino negro corre desesperadamente pelas ruas da metrópole. Um coral de velhos judeus ensaia músicas do holocausto: barbárie e encontro. “Uma comparação entre as crianças de rua do Brasil e as crianças do holocausto”. É um curta-metragem com as duas imagens. Na foto, dona Hugueta está ao lado de uma criança que representou o grupo de crianças de rua. O curta foi filmado durante as oficinas culturais da Três Rios, no MIS. “Fugindo, ele sai correndo e escuta o coral ensaiando em ídiche.”
Cena de filme
Cena da filmagem do curta-metragem Algo em comum no MIS. Dona Hugueta ressalta a troca de olhares que tem com o garoto que representa o grupo de crianças que moram na rua.
Levante do Gueto de Varsóvia
Apresentação em comemoração de 72 anos do Levante do Gueto de Varsóvia na Casa do Povo. Todo ano, realizam o coral em lembrança, desde 1944 em São Paulo. Com as famílias, são acendidas também sete velas, cada uma representando os milhões de pessoas que morreram durante o holocausto.
Aniversário de 90 anos
Convite para o aniversário de 90 anos de dona Hugueta na Casa do Povo.
Seu lugar
Dona Hugueta na festa dos 90 anos, apoiada no piano, “seu lugar”, na Casa do Povo. Sua filha Marina gosta muito dessa fotografia.
Família
Com a família, os filhos e noras com os netos, na Casa do Povo.
Família completa
Hugueta com a família toda: filhos, netos, bisnetos, afilhadas, na Casa do Povo.
Nas nuvens
“Nessa foto, estão me jogando pro ar!” Homenagem à dona Hugueta, na festa de 90 anos na Casa do Povo: quando estava lá em cima, perguntaram como ela estava se sentindo. De prontidão, respondeu: “Estou bem! Afinal, estou nas nuvens!”
Casamento
Foto do casamento, em 15 de dezembro de 1946 com José Arron Sendacz. Em off: como gostava muito da cor azul, decidiu casar-se de azul. Todos, recorda-se, ficaram embasbacados, mas a aprovação foi geral. O casamento foi em dois lugares: como não quiseram casar na sinagoga, pois não eram religiosos, casaram na casa do rabino, “que tem o mesmo valor”. A festa era pra ser no Centro de Cultura e Progresso, que foi mãe da Casa do Povo, o IBIC. No entanto, seu pai contratou um buffet pra fazer a festa com todos os convidados servidos à francesa. “Tinha que ser!”, mas o dono do buffet, senhor Max, um judeu alemão, muito quadrado “como todos os alemães”, foi medir o salão e percebeu que só dava 49 centímetros por pessoa, quando o correto, pra ele, seria 50 cm. E se recusou a fazer a festa. Seu pai foi atrás de outro salão, pois queria muito o buffet, conceituado na época. O salão embaixo da sinagoga tinha um salão maior que chegava aos 50 cm, fazendo, então, a festa de casamento no subsolo da sinagoga. Assim foi o casamento. A foto foi tirada na casa da sua cunhada, irmã do José, na Rua Prates.
Casamento II
Foto do casamento, em 15 de dezembro de 1946 com José Arron Sendacz. Em off: como gostava muito da cor azul, decidiu casar-se de azul. Todos, recorda-se, ficaram embasbacados, mas a aprovação foi geral. O casamento foi em dois lugares: como não quiseram casar na sinagoga, pois não eram religiosos, casaram na casa do rabino, “que tem o mesmo valor”. A festa era pra ser no Centro de Cultura e Progresso, que foi mãe da Casa do Povo, o IBIC. No entanto, seu pai contratou um buffet pra fazer a festa com todos os convidados servidos à francesa. “Tinha que ser!”, mas o dono do buffet, senhor Max, um judeu alemão, muito quadrado “como todos os alemães”, foi medir o salão e percebeu que só dava 49 centímetros por pessoa, quando o correto, pra ele, seria 50 cm. E se recusou a fazer a festa. Seu pai foi atrás de outro salão, pois queria muito o buffet, conceituado na época. O salão embaixo da sinagoga tinha um salão maior que chegava aos 50 cm, fazendo, então, a festa de casamento no subsolo da sinagoga. Assim foi o casamento. A foto foi tirada na casa da sua cunhada, irmã do José, na Rua Prates.
Aniversário de 80 anos
Dona Hugueta com os netos na comemoração dos 80 anos, na Casa do Povo.
Apresentação do Coral
Apresentação comemorativa dos 30 anos do Coral, em 15 de dezembro, na Casa do Povo. Quando terminou, dona Hugueta foi presenteada com um buquê de flores.
Reivindicar titularidade
Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”), nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.