Cleide de Moraes Carneiro

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  • Brasil / Iguape
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  • Educadora

sobre

Cleide de Moraes Carneiro nasceu em 11 de agosto de 1949, em Iguape, São Paulo. Nasceu em Iguape, mas a família é do bairro do Peropava. Seu pai foi embora para São Paulo e acabou trabalhando numa cooperativa, como comprador de produtos cerealistas. Depois, montou um depósito e virou distribuidor. Comprava banana em Iguape e revendia no Mercado Municipal de São Paulo. Inicialmente, moraram na Mooca. Depois, mudaram- se para a Vila Formosa, onde ficaram até 1974. Seu pai era um homem muito rigoroso, e por isso Cleide se casou com 17 anos. Seu marido era 21 anos mais velho do que ela e tinha dez filhos, no entanto, ela não viu isto como obstáculo. Quando se casou, largou tudo, saiu de São Paulo e foi morar em Iguape. Desde pequena Cleide teve o costume de trabalhar com moda e vendas. Por isso, quando ela e seu marido abriram uma loja de roupas, não tiveram dificuldades. Ela viajava a grandes centros, observava a moda de lá e trazia peças de roupa para Iguape. Logo que chegava, ligava para suas clientes e vendia tudo. Depois, o casal resolveu mudar o foco de trabalho para materiais de construção. Apesar de ter estranhado, ela ficava mais na parte administrativa e seu marido na gestão do comércio. O problema é que um mês após inaugurarem a loja, ele faleceu de um ataque cardíaco fulminante. A partir de então, Cleide teve que dar continuidade a todo aquele trabalho sozinha, pois havia muito material no estoque; afinal, era uma loja recém-inaugurada. Ela era muito jovem quando ficou viúva. Acabou herdando os filhos dele e uma loja de um ramo que mal conhecia. Nesse contexto, trabalhava no comércio dia e noite, até a exaustão, pensando nos filhos que iriam entrar ou que já estavam na faculdade. Passada essa fase, Cleide começou a fazer macramê iguais aos que sua avó fazia, arte vinda da bisavó que aprendeu na senzala. Mostrou seu trabalho para a esposa do prefeito da cidade, que se interessou e pediu para que ela fosse dar aulas para um grupo de mulheres carentes. Cleide passou a trabalhar no C.R.A.S (Coordenadoria Regional de Assistência Social), num projeto atrás de outro. Hoje ela trabalha com 115 detentas e orgulha- se muito da ajuda e da troca que tem com aquelas moças. "Você precisa ver as cartas que elas me mandam. Isso para mim é gratificante. Já valeu a pena".

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