Infância e Juventude
Nasci em 15 de agosto de 1948 no bairro de Vila Santa Terezinha na histórica São João Del Rei, MG, pela qual tenho verdadeira paixão. Na pia batismal da matriz Dom Bosco, recebi o nome de Sebastião Milagre da Costa, filho caçula de Pedro Sebastião da Costa e Maria Rosa da Costa, são meus irmãos: Nilza, Antônio Pedro, e Maria Trindade ( falecida).
Sou negro, profissão desenhista, representante do Clube dos Sócios da Rádio Aparecida, católico praticante sem ranço religioso, devoto de Nossa Senhora Aparecida, a qual rezo o terço diariamente.
Minha mãe - Dona Rosa - enxugou a face de diversas pessoas, foi uma Verônica que passou na face da terra, a qual considero uma dádiva de Deus a mim. Muito religiosa, era devota do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, cuja mania era viver com o rosário nas mãos ressequidas das inúmeras lavagens de trouxas de roupas, que sustentava a casa em virtude de viuvez precoce. Éramos pobres, mas era uma pobreza sem miséria, tínhamos a couve fresquinha na horta, o leite com angu após o almoço, a lingüiça cheirosa na "chapa" do fogão a lenha... Nosso maior tesouro era um rádio Abc que ficava em cima da cristaleira - que era um xodó - que nos transmitia a consagração a Sra. Aparecida às 15 horas diariamente na voz do saudoso Padre Vítor Coelho. Ouvíamos também a novela "Jerônimo, o herói do sertão", o humorismo do Zé Trindade no programa "Balança mais não cai" na rádio Mayrink Veiga ou Nacional.
Ir à lenha - buscar lenha no mato - era um hábito normal entre nós que tínhamos fogão à lenha - mais tarde chegou o fogão a gás - eram verdadeiros piqueniques, ocasiões em que além da foice - não o martelo - levávamos um embornal a tiracolo com nacos de broa de fubá, e uma garrafinha do guaraná Aviador cheia de café e alguns gibis. Este mesmo embornal na volta da lenha vinha abarrotados de frutos silvestres como: pitangas, guabirobas...misturados ao farelo de broa de...
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Nasci em 15 de agosto de 1948 no bairro de Vila Santa Terezinha na histórica São João Del Rei, MG, pela qual tenho verdadeira paixão. Na pia batismal da matriz Dom Bosco, recebi o nome de Sebastião Milagre da Costa, filho caçula de Pedro Sebastião da Costa e Maria Rosa da Costa, são meus irmãos: Nilza, Antônio Pedro, e Maria Trindade ( falecida).
Sou negro, profissão desenhista, representante do Clube dos Sócios da Rádio Aparecida, católico praticante sem ranço religioso, devoto de Nossa Senhora Aparecida, a qual rezo o terço diariamente.
Minha mãe - Dona Rosa - enxugou a face de diversas pessoas, foi uma Verônica que passou na face da terra, a qual considero uma dádiva de Deus a mim. Muito religiosa, era devota do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, cuja mania era viver com o rosário nas mãos ressequidas das inúmeras lavagens de trouxas de roupas, que sustentava a casa em virtude de viuvez precoce. Éramos pobres, mas era uma pobreza sem miséria, tínhamos a couve fresquinha na horta, o leite com angu após o almoço, a lingüiça cheirosa na "chapa" do fogão a lenha... Nosso maior tesouro era um rádio Abc que ficava em cima da cristaleira - que era um xodó - que nos transmitia a consagração a Sra. Aparecida às 15 horas diariamente na voz do saudoso Padre Vítor Coelho. Ouvíamos também a novela "Jerônimo, o herói do sertão", o humorismo do Zé Trindade no programa "Balança mais não cai" na rádio Mayrink Veiga ou Nacional.
Ir à lenha - buscar lenha no mato - era um hábito normal entre nós que tínhamos fogão à lenha - mais tarde chegou o fogão a gás - eram verdadeiros piqueniques, ocasiões em que além da foice - não o martelo - levávamos um embornal a tiracolo com nacos de broa de fubá, e uma garrafinha do guaraná Aviador cheia de café e alguns gibis. Este mesmo embornal na volta da lenha vinha abarrotados de frutos silvestres como: pitangas, guabirobas...misturados ao farelo de broa de fubá. Lembro-me muito bem, no sopé de uma desta morraria, tem uma encosta suave, da qual se avistava, nos fundos da minha casinha, a silhueta da minha inesquecível mãezinha. Ali era meu palco, onde transcorria uma cena cheia de lirismo; eu gritando a plenos pulmões, acenando com as mãos e ela retribuindo os meus acenos. Desculpe-me, meu querido Ataulfo Alves, eu também era feliz e não sabia.
Num flash back recordo os banhos no piscoso ribeirão Água Limpa - hoje puro esgoto. Torcendo os calções de banho, minha mãe riscava minha pele para descobrir índices de ter tomado banho.
O meu Grupo Tomé Postes Del Rei onde aprendi o Be-a-bá, com antigas mestras: Dona Vanda Chaves, Dona Suzette é a minha primeira professorinha Dona Célia Senna 1954.
Os piques, os jogos de tampinha nas calçadas, os jogos de fincos após as chuvas, as renhidas peladas com bola de meia em meio a pedregulhos na Manoel Fortes. Jogos nos quais, as contusões mais comuns eram unhas arrancadas que eram amarradas com pedaços de flanela umedecidos em mercurocromo e a volta imediata ao jogo, era questão de honra dos Garrinchas, Didas... nomes dos nossos ídolos futebolistas da época, que gostávamos de imitar. De um lado vascainos completados por botafoguenses ou... do lado oposto flamenguistas - meu lado - mesclado com botafoguenses... peladas que sempre terminavam com uma vidraça, ou o pior, cristaleira com copos, licoreiras quebradas da vizinha. Nestes momentos as pedras que serviam de traves, eram testemunhas oculares da fúria dos vizinhos contra as janelas, portas entrefechadas, nas quais se escondiam o autor involuntário da façanha. Infelizmente só restaram saudades dos meus amigos; o eco da voz de barítono do Zé da Dona Paulina cantando "Roberta" do Peppino de Capri, do Tupã o cachorro que buscava gravetos na boca, atirado pelo seu dono, o Lino, fato que aos olhos de uma inocente criança que acreditava em assombrações, era assombroso.
Soam-me ainda aos ouvidos o dobrar dos sinos dominicais da minha capelinha de Santa Terezinha, chamando os fiéis para a missa matinal. Ao término da mesma, a gurizada corria em direção à sacristia para disputar o único jogo de camisas de listras horizontais pretas e brancas - que pareciam galinhas carijós. Baseando-se neste detalhe, fomos apelidados de carijós do Seu Mariano. Ficam aqui registrados os meus profundos agradecimentos à ordem salesiana que foram os meus educadores morais. Continuando, domingo à tarde tínhamos as seguintes alternativas; ou voltamos para o oratório e ouvíamos inertes a narrativa do padre Teófilo a respeito dos heróis bíblicos: Moisés, Davi e Golias... ou íamos a matinê das duas horas no Cine Glória, Artur Azevedo...Nestas vesperais cinematográficas, trocávamos gibis como Cavaleiro Negro, Zorro, Roy Roger... Lá dentro a gritaria, barulhos de tiros, relinchos de cavalos, desenrolava a batalha do "bem contra o mal" na minha concepção infantil. De um lado "mocinhos" bem vestidos: John Wayne, General Custer... no lado contrário; um povo estranho de caras pintadas: Cavalo Doido, Touro Sentado brandindo lanças, machadinhas. Mais tarde graças a Deus, vim a reparar este preconceito - que foi induzido - que esta nação de selvagens tinham nobreza, palavra, que lutavam pela liberdade contra heróis de barro, que eram meus irmãos. À noite geralmente tinha uma quermesse no Bonfim, no Matosinhos, São Cristóvão... um parquinho de diversão em frente ao campo do meu inesquecível Athetic - que saudade daquela linha Miquelzinho, Batistinha, Casale, Wilson e Tarcísio - ocasiões em que ouvíamos os sucessos da Angêla Maria nos serviços de alto-falante "Trovador de Toledo" e também o patético "Coração de Luto" na voz do Teixerinha.
Junto com minha puberdade inicia-se a Década Explosiva - anos 60 - que notabilizou no século como a época das descobertas, os arrojos - descida do homem na lua - tempo dos protestos políticos. São João Del Rei era uma espécie de Atlântida onde soprava o Favônio - vento da felicidade - para mim. Era o tempo do romantismo, onde orquestras de: Ray Conniff, Billy Vaughn, Franck Poucel... com suas músicas testemunharam o puro namoro no portão, as blusas amarradas no ombro, a vespa, casais de namorados passeando na pracinha de mãos dadas. A locomotiva da "Jovem Guarda" seguia a todo vapor nos trilhos do modismo, com seus vagões abarrotados de gírias: "papo firme", "barra limpa" conduzida pelo maquinista Roberto Carlos - o rei do iê-iê-iê - e seus principesco: Wanderléia, Celly Campello e eu fazíamos parte do seu séquito (sem ser mala). Os bailinhos eram ao som de The Bee Gee, Os Incríveis, The Jordans... regados a cuba libre - eu não bebia - nos quais dançava com os rostos próximos curtindo "Reflections of my life", Daydrean, The Millionaire...músicas que cruzaram a linha do tempo. Mais tarde fui convocado para as fileiras do glorioso 11º regimento Tiradentes - atualmente Montanha - fui licenciado e por circunstâncias contrárias à minha vontade - falta de emprego - eu disse adeus. Eu disse adeus: a minha terra, a minha gente, ao meu amor, o meu maior tesouro, vim em busca do Eldorado tão sonhado, São Paulo. Era o dia 21 de junho de 1971, dia do migrante, e eu me tornei um. Como me doeu, Deus
DIÁRIO DE VIAGEM DE UM AUTO-EXILADO
Viver longe de Del Rei, é viver Exilado...
(Meu amigo Sr. José Moreira)
Partir é como morrer
( O Autor )
Gênero: Poesia
Pseudônimo: Steve Biko (in memorian)
Lembro-me ainda daquela noite fria, onde pairava no ar uma tristeza infinita.
Jovem inexperto, com sentidos tragados pelos sonhos efêmeros, e cheio de ilusão.
Iria migrar em busca do Eldorado tão sonhado; São Paulo uma incógnita.
Abraçada a mim banhada em prantos angelicais, mamãe falava-me com reflexão.
II
- Vá, eu ficarei rezando para que você seja feliz, Deus ouvirá minha oração.
- Se vencer foi você, se fracassar fui a culpada que fraquejei na fé divina.
- Entregou-me um escapulário de Nossa Senhora do Carmo falou-me com emoção.
- Recorra-o quando a tristeza viver a lhe assaltar, peguei-o e sumi na neblina.
III
Já na estrada, eu sentia a névoa da saudade fria.
Ansiado queria gritar para as pessoas que amava mamãe meu encanto.
E tentava justapor minha prece plangente a dela em casa, Ave Maria...
Somente fluíam sons guturais flébeis do fundo da alma, enclausurada pelo pranto.
IV
O condutor do veículo apático a dor filial que eu sentia corria pela amplidão afora.
E penetrava na nebulosa noite, igual a uma gargântua que ia engolindo-nos com frieza.
Distanciando-me cada vez mais do esplendor da minha aurora.
Eu apertava de encontro ao peito o meu amuleto, pedindo proteção contra a tibieza.
V
-"Ais" não escarneça da dolência que eu sinto, suplicava eu à nostalgia entre lamentos.
- É angustiante deixar para trás: amigos, terra, meu amor, mãe, razão da vida.
- E como uma alma errante, aventurar-se por plagas desconhecidas aos som dos ventos.
- Bordando os caminhos ínvios, com pegadas de lágrimas de sangue para marcar a vinda.
VI
Por detrás do vidro translúcido, molhado pelo orvalho noturno, eu dizia adeus.
A imagem do Cristo Redentor que ia sumindo no horizonte, já em estado de turbação.
Assistia na via-láctea miriades de estrelas metamorfosearam-se em um balé de pirilampos em escarcéus.
Os quais numa metagoge, apiedavam-se do meu sofrer e piscavam com fascinações.
VII
Eu quimerizava caçá-los e fazer uma diadema para cingir-lhe sua fronte.
Eu considerava-a, dádiva singela do meu coração, e uma deusa inextinguível também.
Jurava, que um dia eu retornaria ao meu perdido horizonte.
E diria: - Mãe você não afrouxou na sua crença, VENCEMOS, sou um homem de bem
Fim
Minha Família
Casei-me com a Nair Moreira dos Santos, filha da Dona Laudelina Eduarda dos Santos - conhecida como D. Lode - famosa festeira das gongadas, contradanças das quadrilhas no bairro do Lava-pés em Del Rei.
Conheci minha esposa, Nair, num baile do Cruzeiro São - Joanense - do qual eu era jogador - estava ao lado de sua mãe, foi amor à primeira vista. O que mais me chamou atenção foi o cabelo curto tipo Elis Regina, e o jeito meio tímido. Namoramos 4 anos acho eu, e casamos em 1974 na Matriz Dom Bosco e desta união nasceram Patrícia Fernanda e Kelly Alessandra. A primeira é estudante na Unifieo de Osasco, onde faz Comércio Exterior; a segunda pretende fazer farmácia. Comparo a minha esposa Nair, à mulher do apóstolo Pedro, a qual nos momentos de tempestade, segurou o leme do barco, sempre de olho na bússola, sem deixá-lo se perder nos mares da vida. Católica fervorosa com participação ativa na Pastoral da Saúde, Grupo de oração de rua, Ministra extraordinária da eucaristia ...aqui na Comunidade Cristo Rei. Amore mio "Os Brutos também amam".
Gosto de:
O silêncio do interior das igrejas, cantar dos passaros, pôr-do-sol, barulho da chuva caindo no telhado...
Biografia Literária
Como você percebeu sou metido a poeta, hobby este que me proporcionou diversas premiações, dentre elas: Guarulhos, São Caetano do Sul - mapa cultural - Jundiaí, Barueri, Salto... também participei de arrastões culturais, exposições literárias, já expus na biblioteca da Lapa (SP), e ministrei uma palestra sobre negritude, ao lado do meu irmão Antônio, na E.E. de 1º e 2º Graus Prof. Sebastião de S. Bueno na Vila Medeiros (SP).
Publicações
Fui colunista em diversos jornais da região onde eu moro, Gazeta do Oeste, Jornal Grande Cidade, tenho também artigos esporádicos na Agenda Agente Acontece, O Mercenário, O Bandeirante, Antologias de cidades brasileiras... e um compêndio "Eis o grande desafio, ser ou não ser negro". Atualmente colaboro no jornal Atividade Físicas com pensamentos e máximas sobre pedestrianismo. Exemplos: Coluna Receita da Cuca Fresca. Atividade física é um dos complementos do bem-estar ( corpo, alma e espirito ) ao lado da meditação e oração. Por isso, exercite, ore e medite. Comecei a correr em 1985, dei uma pequena parada, retornando em 30 de outubro de 1993. Há também uma pequena anotação no meu diário de corrida, dia 23/04/94; corrida da Via Anhanguera até a porteira da fazenda gastei 18 minutos. TC Tiro Certo significa corrida forçada.
Eu foi o responsável pela primeira corrida Pedestre - Basta de Violência - Aqui no meu Bairro em 1995.
Corridas que já participei
São Silvestre - corrida da minha vida, a qual já corri 6 vezes - Barueri, Suzano, São Caetano do Sul... Meu grande sonho é correr a corrida da Unimed de São João Del Rei, e também subir correndo os degraus do Edifício Banespa em São Paulo.
Sempre estou participando de passeios ciclísticos nas cidades de : Santana de Parnaíba , Cajamar...
Voltando a Literatura
Queres saber por que escrevo?
Escrevo para exorcizar os fantasmas da saudade que sinto de Del Rei, fantasmas estes que me atormentam nas horas mortas com apitos da Maria Fumaça, os repiques de sinos. Sopra-me também nas narinas o doce aroma do cafezinho mineiro seguindo ao pé da letra a frase do escritor Maiakovsk, que diz "Cante sua aldeia e ela será universal". Também escrevo porque tenho a alma cheia de África mítica, onde estão enterrados minhas raízes das quais muito me orgulho.
Meus temas prediletos são Africanologia, evocação à terra natal, infância, com abuso de retórica seguido de um estilo megalegórico.
KILIMANJARO, CENOTÁFIO DO IWINS
Pseudônimo. O Fênix Categoria. Poesia
I
Templo das neves eternas no continente africano.
Testemunha amordaçada, das iniquidades contra este solo.
Bálsamo para a alma do nômade, no parâmo tanzaniano.
Antigo altar de sacrifícios a "Ruwa", o Deus do Fogo.
II
Ressurgi o Kilimanjaro, entre os cirros-estratos gigantes,
Tênues raios de Sol, banham-o ao romper do dia.
E débis filetes de lágrimas, escorrem do seu cocuruto coruscante.
Brotando assim, o líquido divino, nesta transmudação de casta magia.
III
Num ascese de veneração, rufam horríssonos tambores.
A mensagem, ecoa pelas: savanas e estepes em tom selvagem.
"Ngoge Ngai está chorando" saudando a novos albrores.
É um momento de magnificência espiritual na paisagem.
IV
Cabelo tingido de ocre, embrulhado numa túnica rubente.
Um guerreiro Massai, ouve os sons e contempla o monte.
Agita no ar sua temível azagaia e pede a Olorum humildemente,
Boa caça, e que ele abençoe a sua brava gente.
V
Por detrás de uma névoa vulcânica transparente,
Numa miscelância de ritmos de agogôs, adôs...num clímax elegíaco,
Uma legião de Orixás abandonam o Panteão Negro, bem lentamente,
Os quais, pernoitarem em vigília, transformando-o num cenotáfio patético.
VI
Choraram pêlos Iwins dos prêtos velhos em obsedantes vozes:
Pai João de Angola, Beatriz do Gongo, Pai Mazwembe...
Arrancados do cólon da Mãe África pêlos algozes.
Marcados em brasa na alma, e na carne para o hecatombe.
VII
Oxumaré irá ligar Oxixalá e Odudua, com seu pranto colorido.
Ogum levará para os homens: o fogo, a forja e a verdade.
E a terra dos baobás, redescobrirá o júbilo num suave vagido.
E sôfrega ficará a mercê de uma aurora de paz e liberdade.
FIM
Glossário
Ngoge Ngai Casa de Deus
Albrores (pl) Aqui no sentido de aurora
Iwins Espíritos
Oxixalá Céu
Odudua Terra
Oxumaré Arco Íris
Vagido Aqui no sentido de choro de criança recém nascida
Cenotáfio Túmulos Vazios
Dados do Kilimanjaro (ou Quillimanjaro)
O monte Kilimanjaro é vulcânico, tem neve, situado a 300 Km ao Sul da linha do Equador.
É o repositor das nascentes dos rios do Leste Africano, tem 5895 metros. O povo Wachaggas o cultua como a morada do Deus "Ruwa" e foi escalado pelo Alemão Hans Weyer em 1889 (também pelo brasileiro Mozart Catão). Serviu de inspiração para o filme, "As Neves do Kilimanjaro".
Louvores
Hobby
Fazer palavras cruzadas, pedalar, nadar, hidroginástica, relaxamento, MI (Meditação Transcendental), massagem , acumputura cuidar de 6 gatos e 2 cachorros, ouvir rádio e jogar xadrez com André - namorado de minha filha Kelly.
Estamos tentando formar - Eu e minha amiga professora de Xadrez Daniela - uma equipe de xadrez em Santana de Parnaíba.
Considero-me um "rato de biblioteca"- 12 anos de "ratão" da biblioteca da Lapa - também fui rato da biblioteca municipal de Barueri 10 anos - Em ambas já li desde Os Sermões do Padre Arlindo Vieira, Eduardo Galeano, Toni Morrison, Hemingway, passando por Camus, Zola, Thoreau, Aldous Huxley... No momento que presto este depoimento estou lendo "A montanha Mágica - 06/06/2000 - de Thomas Mann e terminei de ler 5 volumes da série RAMSÉS de Christian Jacq.
Estou tentando formar um grupo de leitores da Biblioteca da Lapa, com intuítode zelar pelo seu acervo Literário, Patrimônio, além de um Sarau Literário.
No ano 2000 fui candidato a vereador peloPMDB, partido o qual tenho afinidades.
Gosto muito de Carnaval - sádio - no qual participo saindo em blocos.
Meus livros de cabeceira são: O mundo de Sofia, de Jostein Gaarder, Geminal de Zola, Platão Diálogos.
Associado do instituto cultural Itaú, onde retiro vídeos de documentários, copias de poesias.
Freqüentar o teatro popular do SESI.
Visitar exposições, tais como: O ouro e o mundo do Banco Real, em 17/10/95.
Projeto memória - Castro Alves.
Vítimas esquecidas do Nazismo em 16/06/2000 na linda Jundiai.
Tenho a credencial que me permite a entrada no Teatro municipal de São Paulo.
Desculpe-me, "Quem fica parado é Poste".
Gosto de manter intercâmbio cultural com as pessoas, independente de raça, credo, nacionalidade.
Cinema
Cinéfilo de carteirinha há 45 anos, fã de Sofia Lorem também há 45 anos, Robert de Niro, dos diretores Billy Wilder, Tornatore.
A minha trindade cinematográfica se compõe de: Cinema Paradiso, Paisagem na Neblina e Crepúsculos dos Deuses.
Tenho uma videoteca caseira, na qual fazem parte filmes como Cabo do Medo, Cidadão Kane, Apocalipse Now, Spartacus, o incrivel exército de Brancaleone...
Música
Ouvinte apaixonado do programa "Prysma" na rádio Boa Nova de Guarulhos, também na rádio Scala e da Rádio USP principalmente o Programa Alquimia na rádio USP.
Adoro música New Age onde eu encontro equilíbrio e bem-estar, colocando-me com meu Eu Superior. Sou fã do Kitaro - o papa da New Age e da rainha Enya, e admiro ainda a música celta, Blues, orquestras, MPB, na qual sou fã de Geraldo Vandré, Maria Bethânia, Zizi Possi... Eu elegi a música "O que é, O que é" do Gonzaguinha na voz da Zizi Possi, a música do século a qual considero um hino à vida.
Meu disco de cabeceira é "Airport love Theme" de Vicente Bell. A música do céu é "Magie d amour" de Jean Pierre Posit que me liga com Deus, cosmos e a natureza.
Participação Artística
Em 06/03/94 participei da peça Teatral " Paixão de Cristo " em Santana de Parnaíba. Fiz uma ponta numa novela do SBT ( da qual não lembro o nome)
Curso de Difusão Cultural
As raízes Africanas na Cultura Brasileira (USP)
No caminho com Jostein. (C.CE. Authos Pagano)
1º Curso de formação política. (Fund. Pedroso Horta)
O que é Política? (Jornal da Tarde/Univ. de Brasília, ensino a distância)
Curso à distância da Bíblia: igreja Luterana e Católica.
Mania
Ler uma página do Dicionário Aurélio diariamente e marcar datas dos acontecimentos de minha vida.
Ex-membro
Partido Verde, diversos movimentos ecológicos dentre eles - Mata Atlântica, Mov. Negro Luter King, Pastoral Multirracial Escrava Anastácia, CVV, Comum. Eclesial de Base, algumas associações literárias. Fui assessor do Dep. do Negro do PMDB...
Alguns Autoconceitos
Ocluso - a falsidade.
Qualidade - Sinceridade.
Paisagem - Montanhas mineiras (sem bairrismo).
Segredo - Medo da solidão.
Defeitos - n defeitos, o pior infelizmente é não saber perdoar.
Piada - Que o Brasil é uma democracia racial.
Olhos - Onde denoto minhas emoções.
Ingratidão - Não perdôo.
Família - Ponto de apoio.
Talismã - Escapulário de Nossa Senhora do Carmo.
Chocante - Assassinato do Índio Galdino
Saudades - De Del Rei.
Personalidades
Sincero, Altruísta, Nativista, Questionador, Crítico, Sentimental, Nervoso, Não Machista...
Utopia
Fazer o caminho de São Tiago de Compostela(ESP), visitar o monte Kilimanjaro na África.
Meus Pensamentos preferidos
"É preciso viver, não apenas existir". (Plutarco)
"Do rio que tudo arrasta
Se diz violento
Mas ninguém diz violentas
As margens que o comprime.
(Bertold Brecht)
Coleções
Numismática, Telecartofilia, Filatelia, Cartofilia, Calendários, Canecos, Latinhas de bebidas, Pensamentos.
Raridade: Numismática, uma moeda do Duque de Caxias, valor 2000 rs ano 1936.
As moedas comemorativas aos 100 anos de abolição da escravatura.
Cartoflia. Seis postais de São João Del Rei, em 1941.
Calendário. Um calendário que ganhei do meu sobrinho Ronaldo - deficiente físico - autografado por ele, antes de morrer.
Seleções do Readers Digest encadernada em couro, desde sua primeira publicação em fevereiro de 1942 até 1958.
Primeiro número da revista Chico Bento
Pensamentos
Deus que adoro é platônico - atuante - não o aristotélico - que é contemplativo.
Quando fraquejo na fé?
Quando vejo na TV a fome na África e seca no Nordeste. Eu pergunto, por que meu Deus? E não encontro resposta.
Quando fico Indignado
Nas execuções do hino mais bonito do mundo nas solenidades esportivas, alguns atletas brasileiros, olhando para trás, coçando o nariz. Isto denota falta de amor à pátria.
Quando vejo alguém maltratar algum animal.
" Maltratar animais é demonstrar covardia e ignorância "
(Vitor Hugo)
Emoção
Quando ouço o hino mais bonito do mundo, ou vejo a bandeira do Brasil tremular no mastro fico emocionado .
Denomino-me nacionalista - não xenófobo, ferrenho defensor da Amazônia. Meu lema é "Brasil acima de tudo".
Quando no dia 07/07/95, visitei na Pinacoteca do Estado de São Paulo, a mostra - 58 esculturas em Bronze do Escultor Francês Auguste Rodin, fiquei frente à frente com a escultura O Pensador, não resisti, toquei nela e fui advertido pela segurança.
10 Máximas para as minhas filhas
Rezar, estudar, ler, exercitar, civismo, persistência, amor aos animais, Sinceridade, amor às origens, estar abertas às novas descobertas e novas amizades. Tenho certeza que serão felizes na vida.
Para Terminar
Meus planos para o futuro são; fazer jornalismo ou biblioteconomia, descobrir a história de minha família através de minha árvore genealógica, ingressar na política, montar uma biblioteca caseira aberta ao público infantil e aprender a tocar Violão e Gaita. Tornar-me um colaborador de algum jornal de São João Del Rei.
Prestar serviços voluntários , tais como gravação de leitura p/ deficientes visuais, leitura e tornar-me um orquidáfio.
Homenagem
Aproveito o ensejo para homenagear meu grande amigo - o escritor san - joanense - tenente reformado Sr. José Augusto Moreira, que foi o meu espelho de conduta e cidadania. Foi também a minha fonte onde mitiguei a minha sede de saber.
Obrigado meu irmão, obrigado meu amigo.
Recado para você
O nosso Nordeste está agonizando, vamos salvá-lo.
Adoção é um ato de amor. Que tal adotar uma criança negra ou deficiente física?
Meu intuito com este depoimento foi mostrar a minha infância em Del Rei, minha cidade natal, esperando que minhas idéias tragam subsídios para uma nova era, às pessoas sequiosas de realidades espirituais e sociais. Tornar-me um referencial do bem para os mais Jovens.O grande Dom Paulo Arns diz; "A Força que temos dentro de nós, supera os desafios que a vida nos propõe constantemente".
Agradecimentos
A você que acessou este site, ao André que digitou para o Museu da Pessoa, às professoras: Helena Garcia e Célia Bernardi do "Plantão Gramatical" da linda cidade de Jundiaí - Fone: 011 7397- 7544 -, aos meu irmãos Nilza e Antônio que me introduziram no maravilhoso mundo da Literatura.
Se você meu amigo ama a Deus, família, pátria se quiser manter um intercâmbio cultural sadio escreva-me, prometo que não deixarei de respondê-lo.
Quem sabe um dia, a gente topa nas esquinas da vida.
Reze por mim, que rezarei por você.
Apêndice
"O tempo dura bastante para aqueles que sabem aproveitá-lo" (Leonardo DaVinci)
21/05/2001
Término do curso de Xadrez elementar no Centro Cultural de Estudos Superiores Authos Pagano Lapa-SP. Onde tornei monitor de jogo de xadrez.
30/05/2001 Rito de passagem
Nascimento da minha primeira neta Sthephannie Lais - Filha da minha filha Patrícia. Fiquei muito feliz em tornar-me avô.
21/06/2001
Participação nos jogos regionais do interior de São Paulo, compondo a equipe de xadrez de Santana de Parnaíba SP.
09/08/2001
Término do curso de artesanato.
01/10/2001
Torna-se servidor público, na Secretaria da Cultura e Turismo de Santana de Parnaíba-SP; lotado na biblioteca Cecília Meireles.
11/11/2001
Participação de uma simultânea de xadrez no clube paulistano(SP) contra o grande mestre internacional Jefferson Pelikian.
20/11/2001
convidado para prestar serviço voluntário no Instituto Brasileiro de Xadrez, como monitor.
25/11/2001
Atua como voluntário em Santana do Parnaíba da associação: Conselho de desenvolvimento Ações e Estudos comunitários - é monitor de Xadrez, e representa seu bairro perante a associação.
09/03/2002
Torna-se voluntário no programa Educacional para Cidadania no governo de São Paulo, "Parceiros do Futuro"
como monitor de jogo de xadrez no colégio Carlos A. Siqueira em Santana do Parnaíba -SP.
(Sebastião Milagre da Costa mandou seu depoimento ao Museu da Pessoa no dia 6 de julho de 2000 através do nosso site da internet)
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