Sônia Dalva, natural de Timóteo/MG, se mudou para o bairro Palmital em 1983 para trabalhar como doméstica. Ela conta que houve muitas mudanças no local e nas pessoas que ali conviviam. Dona Dalva relata lembranças do bairro sem muitas casas, e com muita mata; a ausência de ônibus; as ruas de terra; no entanto, o local tinha festas tradicionais de rua, quadrilhas, fogueira nas ruas e pessoas mais unidas. Porém o bairro cresceu desordenadamente, o que causou um medo constante nos antigos moradores, devido ao aumento da criminalidade no local. Saudades de um tempo que não volta mais é o que Dona Dalva relata. Em sua percepção, a união e a solidariedade das pessoas foi se esvaindo com o passar do tempo, sem esperanças de grandes mudanças nos dias de hoje.
Texto a partir do relato de Sônia Dalva em entrevista realizada em setembro de 2017
Foto: Festa de carnaval que acontecia no bairro Palmital
Fonte: Acervo de Elias Santos