Estávamos em meio ao medo extremo da contaminação. Mas o tempo era um futuro próximo. O Covid-19 era apenas uma de nossas preocupações, pois havia outras contaminações possíveis. Por conta disso a nossa vida baseava-se em cuidados de higiene extremos, o tempo todo. Máscaras, desinfetantes, não aproximação. No sonho apareço preocupada com o fato de que não estamos mais entrando em contato com nenhum tipo de ""sujeira"". As crianças dessa geração já não tinham anticorpos para atuar sobre doenças muito simples. No sonho me sinto angustiada pelas crianças não brincarem na rua e não interagir umas com as outras. Começo a chorar e pensar que deve existir outras alternativas. No meio da rua começo a gritar e apelar para me escutem. Dizem que se eu não concordo com as medidas tomadas, qual seria minha proposta? Eu não sei, mas digo que precisamos construir uma outra forma de viver coletivamente. E não apenas aceitar que alternativas emergenciais durem a vida toda. Sigo sozinha e chorando no meio da rua. Em seguida vem outro outro, em que sinto medo de vivermos algo parecido com a China, de extremo controle populacional. Novamente vou pro meio da rua e apelo para que me escutem. Mas fico pensando que da mesma forma que não podemos deixar o estado nos controlar, é esse estado que deve garantir nosso direito à vida. Então a pergunta que lanço no sonho é um pouco nesse sentido. Como podemos viver em uma sociedade contaminada sem a proteção do estado, mas ao mesmo tempo sem o seu controle? O sonho é turbulento e acordo muito angustiada.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
É bem explícita a relação. Mas a sensação de não saber o melhor caminho relaciono com as ainda inconclusas pesquisas e de realmente não sabermos como será a vida pós COVID. São tantas as análises e comentários que acabamos lendo que acho que o sonho faz uma mescla de tudo que li ou escutei. E dessa sensação de...
Continuar leitura
Estávamos em meio ao medo extremo da contaminação. Mas o tempo era um futuro próximo. O Covid-19 era apenas uma de nossas preocupações, pois havia outras contaminações possíveis. Por conta disso a nossa vida baseava-se em cuidados de higiene extremos, o tempo todo. Máscaras, desinfetantes, não aproximação. No sonho apareço preocupada com o fato de que não estamos mais entrando em contato com nenhum tipo de ""sujeira"". As crianças dessa geração já não tinham anticorpos para atuar sobre doenças muito simples. No sonho me sinto angustiada pelas crianças não brincarem na rua e não interagir umas com as outras. Começo a chorar e pensar que deve existir outras alternativas. No meio da rua começo a gritar e apelar para me escutem. Dizem que se eu não concordo com as medidas tomadas, qual seria minha proposta? Eu não sei, mas digo que precisamos construir uma outra forma de viver coletivamente. E não apenas aceitar que alternativas emergenciais durem a vida toda. Sigo sozinha e chorando no meio da rua. Em seguida vem outro outro, em que sinto medo de vivermos algo parecido com a China, de extremo controle populacional. Novamente vou pro meio da rua e apelo para que me escutem. Mas fico pensando que da mesma forma que não podemos deixar o estado nos controlar, é esse estado que deve garantir nosso direito à vida. Então a pergunta que lanço no sonho é um pouco nesse sentido. Como podemos viver em uma sociedade contaminada sem a proteção do estado, mas ao mesmo tempo sem o seu controle? O sonho é turbulento e acordo muito angustiada.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
É bem explícita a relação. Mas a sensação de não saber o melhor caminho relaciono com as ainda inconclusas pesquisas e de realmente não sabermos como será a vida pós COVID. São tantas as análises e comentários que acabamos lendo que acho que o sonho faz uma mescla de tudo que li ou escutei. E dessa sensação de necessidade de resolver o problema, pois de fato essa é uma urgência.
Recolher
