Sonhei que eu estava em um bar/restaurante com mesas na calçada, na companhia de familiares. O bar e a cidade passaram a ser invadidos por criaturas terroríficas e primitivas, que emitiam grunhidos e pegavam comida das mesas, além de achacar as pessoas com comentários, gestos e brincadeiras. Minha irmã anuncia que tinha visto na TV que estava chegando ao sul uma tempestade, mas que não parecia que iria chover. Olho para o céu e vejo imensas nuvens carregadas, mas com ar cômico, aproximando-se com o mesmo movimento de animais quadrúpedes caminhando. Sou tomada pelo sentimento de desamparo e de que a região estava sendo invadida por uma espécie de “caravana do mal”. Logo isso se confirma e vejo essas criaturas passando em motos e carros, invadindo a região. Nisso lembro que deixei minha bolsa no lado de dentro do restaurante. Ao chegar lá, vejo uma dessas criaturas, disfarçada de mulher gorda, pulando rapidinho para sentar em sua cadeira. Sou tomada pela sensação de ter sido roubada e logo vejo minha carteira aberta, caída no chão. Rapidamente a pego e percebo que meu cartão de crédito do Itaú não estava ali. Fico angustiada, subo na mesa e começo a gritar que estavam assaltando as pessoas no bar, que tinham roubado meu cartão do Itaú. Sentia a necessidade de gritar e avisar todo mundo sobre o que estava acontecendo para que também se dessem conta de que poderiam estar sendo assaltadas. Então sou tomada por um sentimento de urgência em avisar a central para cancelar o cartão. Aí me angustio mais ainda ao pensar na possibilidade de terem roubado o celular e eu não conseguir ligar para a central a ponto de não ser pesada por compras feitas pelo ladrão. Abro a bolsa e ao ver que o celular ainda estava ali consigo, enfim, me tranquilizar, pois conseguiria ligar para a central e cancelar o cartão.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
Associei o fato de estar no bar com outras pessoas ao desejo de...
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Sonhei que eu estava em um bar/restaurante com mesas na calçada, na companhia de familiares. O bar e a cidade passaram a ser invadidos por criaturas terroríficas e primitivas, que emitiam grunhidos e pegavam comida das mesas, além de achacar as pessoas com comentários, gestos e brincadeiras. Minha irmã anuncia que tinha visto na TV que estava chegando ao sul uma tempestade, mas que não parecia que iria chover. Olho para o céu e vejo imensas nuvens carregadas, mas com ar cômico, aproximando-se com o mesmo movimento de animais quadrúpedes caminhando. Sou tomada pelo sentimento de desamparo e de que a região estava sendo invadida por uma espécie de “caravana do mal”. Logo isso se confirma e vejo essas criaturas passando em motos e carros, invadindo a região. Nisso lembro que deixei minha bolsa no lado de dentro do restaurante. Ao chegar lá, vejo uma dessas criaturas, disfarçada de mulher gorda, pulando rapidinho para sentar em sua cadeira. Sou tomada pela sensação de ter sido roubada e logo vejo minha carteira aberta, caída no chão. Rapidamente a pego e percebo que meu cartão de crédito do Itaú não estava ali. Fico angustiada, subo na mesa e começo a gritar que estavam assaltando as pessoas no bar, que tinham roubado meu cartão do Itaú. Sentia a necessidade de gritar e avisar todo mundo sobre o que estava acontecendo para que também se dessem conta de que poderiam estar sendo assaltadas. Então sou tomada por um sentimento de urgência em avisar a central para cancelar o cartão. Aí me angustio mais ainda ao pensar na possibilidade de terem roubado o celular e eu não conseguir ligar para a central a ponto de não ser pesada por compras feitas pelo ladrão. Abro a bolsa e ao ver que o celular ainda estava ali consigo, enfim, me tranquilizar, pois conseguiria ligar para a central e cancelar o cartão.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
Associei o fato de estar no bar com outras pessoas ao desejo de voltar à vida normal com convivência social em espaços públicos. Logo, no entanto, esse laço é rompido por uma invasão de seres primitivos e ameaçadores, que associei ao vírus, o qual, embora um ser primitivo, vem causando um grande estrago. A questão da notícia tempestade na TV associei ao que aconteceu no dia anterior, as denúncias e acusações entre o Moro e o Bolsonaro. O fato de não ser tão verdadeira a notícia, afinal não havia chovido nada, apenas havia nuvens cômicas no ar, associei à falta de confiança na nossa imprensa, vide Globo, e no sentimento que fiquei no dia anterior de que toda essa história já havia sido orquestrada com a ajuda da mídia para mais um golpe e para o Moro, que também não é confiável, voltar como candidato nas próximas eleições. Tinha ido dormir muito desmotivada e desesperançosa com o futuro do nosso país, pensando no quanto estamos à deriva em meio a uma pandemia e com um (des)governo deixando o país afundado num caos cada vez maior. Pensei que esses sentimentos vieram à tona no sonho. A sensação de ser roubada também tive durante o dia: de estar sendo roubada na liberdade, nas coisas boas da vida, como a convivência, no direito de acesso à verdade, seja em relação às informações sobre o vírus, ou sobre a situação política do nosso país. Sensação de estar à mercê não apenas do vírus maligno primitivo, mas também de governantes com o mesmo perfil - primitivo e do mal. Não à toa o Itaú entra na história... além de representar objetos de valor que estão sendo perdidos, representa essa entidade poderosa chamada dinheiro/lucro/banco, que parece pairar acima de tudo que estamos vivendo, pois o Itaú estava lá, firme e forte, para ser comunicado sobre o roubo do cartão. Enfim, associei o sonho com a situação da pandemia pelo coronavírus, aliada à situação política que estamos vivendo no Brasil, e que torna mais intensa a angústia e o sentimento de desamparo. Associei o fato de estar gritando para avisar sobre a ameaça de roubo tanto com a situação política do país (fiquei indignada no dia anterior quando soube que o Moro havia negociado uma pensão com o presidente ao assumir o cargo) quanto em relação ao fato de as pessoas não estarem respeitando o isolamento social e, assim, correrem o risco de terem coisas de valor roubadas. Fiz outras associações também, mas relacionadas a questões e conflitos pessoais. Acordei sobressaltada pelo sonho, muito vivido, e logo lembrei sobre esta pesquisa. Pensei que poderia ser um material interessante e, antes que esquecesse os detalhes, vim escrever o relato.
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