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Por: Museu da Pessoa,

A rainha do Repente

Esta história contém:

P/1 – Boa tarde, Mocinha. A gente gostaria de começar a entrevista pedindo a sua identificação, seu nome e local de nascimento. R – É Maria Alexandrina da Silva, Passira, Pernambuco. __________, né? É depois da cantoria, quando eu comecei a cantoria, aí __________ lá em casa __________ Maria: Maria José, Maria Max e Maria Alexandrina. Maria Maior, Maria Menor, e tinha que ter apelido, daí Mocinha. De onde? Passira. P/1 – Você podia dizer um pouco sobre seus pais, o nome e origem deles? R – Meus pais eram de origem camponesa. Meu pai gostava do campo, minha mãe também. Eu só gostava do campo para buscar o que tava pronto. Tá maduro, vou buscar. Então, João Marques da Silva e Alexandrina Maria da Silva. P/1 – Eles trabalhavam em quê? R – Geralmente no campo. Agora, no campo se dividia entre agricultura e a criação de animais. Por aí eu fui surgindo, buscando aquele bezerrinho bonitinho pra mim, aquele carneirinho fofinho, aquele bodinho bonitinho que ninguém podia vender e nem matar. Só preto. O campo pra mim só pra passeio, também. Fui a última deles, né? Tinha que ter um capricho assim para não ir no campo, só buscar. Às vezes não tava nem pronta, eu já ia buscar. Antes da hora. P/1 – Você teve quantos irmãos? R – Somos quatro, três mulheres e um homem. Três Marias e um Severino – que devia ser José, né? P/1 – Mocinha, você consegue se lembrar de como era a sua casa na sua infância? R – Eu me lembro. A minha casa era na beira de um açude na várzea do rio Cotunguba, que banha, inclusive, o vale da Passira, ao lado oposto do Capibaribe. Era uma casa com muitos ________, muita coisa, e aquele açude na frente para eu tomar banho, subir nos pés de árvores... Essa casa foi desfeita devido às cheias. Eram cheias em cima de cheias e ninguém mais aguentava tanta perda de coisa, aí fizeram uma casa na ladeira. Morreu a casa, mas ficou...

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Projeto Mapa Sonoro do Brasil

Depoimento de Mocinha de Passira (Maria Alexandrina da Silva)

Entrevistada por Eduardo Miranda, Arnaldo Xavier, José Santos e Gilmar Santana

08/08/1998

Entrevista nº MSB_HV001

Realização Museu da Pessoa

P/1 – Boa tarde, Mocinha. A gente gostaria de começar a entrevista pedindo a sua identificação, seu nome e local de nascimento.

R – É Maria Alexandrina da Silva, Passira, Pernambuco. __________, né? É depois da cantoria, quando eu comecei a cantoria, aí __________ lá em casa __________ Maria: Maria José, Maria Max e Maria Alexandrina. Maria Maior, Maria Menor, e tinha que ter apelido, daí Mocinha. De onde? Passira.

P/1 – Você podia dizer um pouco sobre seus pais, o nome e origem deles?

R – Meus pais eram de origem camponesa. Meu pai gostava do campo, minha mãe também. Eu só gostava do campo para buscar o que tava pronto. Tá maduro, vou buscar. Então, João Marques da Silva e Alexandrina Maria da Silva.

P/1 – Eles trabalhavam em quê?

R – Geralmente no campo. Agora, no campo se dividia entre agricultura e a criação de animais. Por aí eu fui surgindo, buscando aquele bezerrinho bonitinho pra mim, aquele carneirinho fofinho, aquele bodinho bonitinho que ninguém podia vender e nem matar. Só preto. O campo pra mim só pra passeio, também. Fui a última deles, né? Tinha que ter um capricho assim para não ir no campo, só buscar. Às vezes não tava nem pronta, eu já ia buscar. Antes da hora.

P/1 – Você teve quantos irmãos?

R – Somos quatro, três mulheres e um homem. Três Marias e um Severino – que devia ser José, né?

P/1 – Mocinha, você consegue se lembrar de como era a sua casa na sua infância?

R – Eu me lembro. A minha casa era na beira de um açude na várzea do rio Cotunguba, que banha, inclusive, o vale da Passira, ao lado oposto do Capibaribe. Era uma casa com muitos ________, muita coisa, e aquele açude na frente para eu tomar banho, subir nos pés de árvores......

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