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Por: Museu da Pessoa, 31 de julho de 2007

Uma artista do Jequi

Esta história contém:

Uma artista do Jequi

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Oh, pelo que minha mãe conta, a gente tem descendência das três raças: do negro, do índio e do branco. Porque aqui tinha os índios botocudos, né? E a gente vê na família pessoas da pele bem negra e dos cabelos muito lisos, assim, iguais aos seus, de olhos puxadinhos que nem índio. Tem várias pessoas na família assim! Eu nasci nessa rua aqui, Rua Coronel Inácio Murta. Sou filha de Odília Borges Nogueira e Tarcísio Santana Marques. O meu pai era sapateiro e minha mãe era doméstica, lavava roupa pras famílias.

Tem um canto de roda que minha mãe cantava quando a gente passava roupa. Eu numa mesa e ela em outra, e chegava uma certa hora que me sentia cansada e um pouco… Não sei se era preguiça! A gente ficava esmorecida de ficar em pé o dia todo passando roupa. E naquele tempo não era ferro elétrico, era ferro à brasa que você tinha que estar tocando com o fole pra o ferro esquentar. E aí eu falava com ela assim: “Oh, mãe, eu vou parar um pouquinho”. Ela: “Oh, minha filha, a gente não vai parar não porque senão a gente não dá conta de passar a roupa toda pra entregar. Vamos cantar porque cantando o tempo passa e o trabalho rende”. E ela gostava de cantar esse canto de roda que chama Saudade de Taperoá. É assim:

Eu tenho saudade de Taperoá/

Oi leva eu beleza, leva eu pra lá/

Leva eu, beleza, leva eu pra lá/

Agora me deu saudade/

Não posso dizer de quem/

Está longe desta terra quem meu coração quer bem/

Está longe desta terra quem meu coração quer bem/

Era um dos cantos que ela gostava de cantar, além de outras modinhas. Mas essa ela gostava muito de cantar. Eu via a minha mãe trabalhar também com cerâmica, não pra vender. Geralmente ela gostava de fazer os presépios. Na ocasião de Natal, o pessoal já encomendava: “Odília, eu quero um presepinho”, e ela fazia e dava pras pessoas que moravam aqui nessa rua. E fazia outras figuras também. Então eu comecei...

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