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Personagem: Miriam Leirias
Por: Museu da Pessoa, 18 de maio de 2017

Em muitas ações, todas as lutas, mas cuidando da ancestralidade

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Em muitas ações, todas as lutas, mas cuidando da ancestralidade

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Nasci em Natal, Rio Grande do Norte, num dia de São Elesbão, 27 de outubro, do ano de 1944. Por conta disso, se fosse feita a vontade de meu pai, muito provavelmente eu me chamaria Elesbina e não Míriam, nome bíblico a que se associam histórias lindíssimas de sobrevivência, e de salvar também - num contexto de encantamento. Por sorte, minha mãe estava atenta e fez prevalecer sua vontade: Miriam.

Meus pais, ao se casarem, carregaram filhos - ele, um casal; ela, uma filha - para a nova família porque eram ambos viúvos. E tiveram oito filhos. Ele, para aquele tempo, já era velho - 53 anos - e ela, praticamente uma jovem, quase da idade da filha dele. Quando eu nasci, meu pai já tinha 68 anos.

Meu pai tinha orgulho daquela família, acho que justamente por essa diferença de idade entre ele e minha mãe, e cuidava muito da gente. Às vezes saía com três crianças, cantarolando, o que era muito bom. Porém, existia também a questão da distância que se formava, porque ele não conversava, não contava histórias, era muito exigente, até repressivo, demonstrando enorme pressa em ensinar tudo, tudo, tudo para a gente. Tínhamos que praticamente aprender todas as tarefas de casa, desde acender o fogo - era carvão, na época - tirar a mesa com esmero, até se comportar e falar direito. Ele se incumbia de alfabetizar os filhos, cuidar da saúde - numa base naturalista, à base de ervas, chás - e da alimentação, controlando o consumo de carne e direcionando para legumes e folhas. Mas tudo isso com muita severidade, muita pressa - ele parecia saber que não dispunha de tanto tempo - debaixo de muita pressão e nervosismo. Minha mãe costumava dizer: “O meu velho é muito importuno”. Eu, diante dessa situação, mesmo sendo pequena, já era meio que insubordinada, o que era simplesmente inadmissível.

Teve um dia em que eu pensei: “Porque esse homem não morre?”. Eu acho que isso repercutiu em mim depois.

Meu pai...

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