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Por: Museu da Pessoa, 14 de julho de 2016

Rodeado de lendas e tradições caiçaras

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Rodeado de lendas e tradições caiçaras

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Adriano Leite da Silva, eu nasci na cidade de Ilhabela. Trinta de janeiro de 1968. A família da minha mãe, na verdade, eles eram todos de Ubatuba, inclusive lá em Ubatuba, tem a Praia dos Tenórios. Por volta de 1730, eles tiveram que vir pra cá assumir a fazenda da Praia da Fome, que era uma fazenda de engorda de negros, todos os escravos que vinham para Ilha, iam diretamente para baia de Castelhanos, né, lá eles eram vendidos, em Castelhanos tinham três fazendas super importantes de escravos nessa época, a Fazenda do Vicenzo, a Fazenda do Ribeirão e a Fazenda do Engenho Velho e lá, os escravos eram vendidos, os senhores de engenho da ilha iam até a Praia de Castelhanos, no Ribeirão, comprar e os negros que vinham muito velhos ou doentes eram deportados de canoa a remo para Praia da Fome, porque lá era a fazenda de subsistência, onde eles iam se recuperar pra poder voltar para Castelhanos e serem vendidos. Então, nessa época, a família da minha mãe veio assumir, né, o meu bisavô, meu tataravô e aí, se formou a família da minha mãe na Praia da Fome. E a família do meu pai, a gente não sabe muito bem, mas são portugueses, né, a família do meu pai e gerou o Saco do Sombrio desde os primórdios, a família do meu pai.

Meu pai era pescador, ele era dono de dois barcos, inclusive, ele tinha um barco que se chamava Nossa Senhora do Rosário, que era super bem conhecido na ilha. Ele pescava, tinha cerco junto com a família dele, com todos os irmãos, porque era uma família grande, a família do meu pai e o meu avô tinha um cerco, onde todos os irmãos trabalhavam, né? O cerco, ele chegou aqui na Ilha em 1920 com a migração dos japoneses, porque é de origem japonesa o cerco e ficou sendo uma origem tradicional da Ilha, o cerco, né? Porque a gente usou muito, o cerco foi muito importante na área econômica da ilha, inclusive, a pescaria artesanal, na época. E a minha mãe era do lar, a minha mãe trabalhava na roça.

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Família

Dados da imagem Adriano e família

Local:
Brasil / Ilhabela - Sp

Imagem de:
Adriano Leite da Silva

História:
Rodeado de lendas e tradições caiçaras

Tipo:
Fotografia

Adriano e família

Confecção de máscaras

Dados da imagem Com os alunos, na confecção de máscaras de animais nativos da floresta de Ilhabela

Local:
Brasil / Ilhabela - Sp

Imagem de:
Adriano Leite da Silva

História:
Rodeado de lendas e tradições caiçaras

Tipo:
Fotografia

Com os alunos, na confecção de máscaras de animais nativos da floresta de Ilhabela

Preparado para o teatro

Dados da imagem Adriano com um chapéu, representando uma árvore.

Local:
Brasil / Ilhabela - Sp

Imagem de:
Adriano Leite da Silva

História:
Rodeado de lendas e tradições caiçaras

Tipo:
Fotografia

Adriano com um chapéu, representando uma árvore.

Passando a tradição

Dados da imagem Adriano apresentando as histórias tradicionais de Ilhabela

Local:
Brasil / Ilhabela - Sp

Imagem de:
Adriano Leite da Silva

História:
Rodeado de lendas e tradições caiçaras

Tipo:
Fotografia

Adriano apresentando as histórias tradicionais de Ilhabela

Formação de professores

Dados da imagem Adriano em atividade de formação de professores

Local:
Brasil / Ilhabela - Sp

Imagem de:
Adriano Leite da Silva

História:
Rodeado de lendas e tradições caiçaras

Tipo:
Fotografia

Adriano em atividade de formação de professores

Preparando a concertada

Dados da imagem Preparando para a comemoração do levantamento do mastro a São Benedito.

Local:
Brasil / Ilhabela - Sp

Imagem de:
Adriano Leite da Silva

História:
Rodeado de lendas e tradições caiçaras

Tipo:
Fotografia

Preparando para a comemoração do levantamento do mastro a São Benedito.

Dados de acervo

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P/1 – Adriano, bom dia.

R – Bom dia.

P/1 – Eu, primeiro, gostaria de agradecer de você ter aceitado o convite para essa entrevista. E pra gente começar, eu queria que você falasse pra gente o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – Adriano Leite da Silva, eu nasci na cidade de Ilhabela.

P/1 – Em que dia?

R – Trinta de janeiro de 1968.

P/1 – A Adriano, fala pra gente o nome dos seus pais.

R – Nome da minha mãe é Elvira Tenório da Silva e o do meu pai é Joaquim Leite da Silva.

P/1 – Agora, eu vou querer que você fale pra gente também, o nome dos seus avós por parte da mãe e da parte do pai.

R – O nome da minha avó por parte de mãe é Maria Alexandria Bittencourt e o nome do meu avô é João Tenório dos Santos. Da minha avó da parte do meu pai é Madalena e o meu avô parte de pai João Benedito de Lara.

P/1 – Fala pra gente um pouco da origem dessa sua família.

R – Então, da família da minha mãe, na verdade, eles eram todos de Ubatuba (SP), inclusive lá em Ubatuba, tem a Praia dos Tenórios. E por volta de 1730, eles tiveram que vir pra cá assumir a fazenda da Praia da Fome, que era uma fazenda de engorda de negros, todos os escravos que vinham para Ilha, iam diretamente para baia de Castelhanos, né, lá eles eram vendidos, em Castelhanos tinham três fazendas super importantes de escravos nessa época, que era a Fazenda do Vicenzo, a Fazenda da… esqueço…

P/1 – Não tem problema, se lembrar, lembrou, se não lembrar…

R – Mas ele corta tudo, lá, né?

P/1 – É, depois, a gente corta, junta, não se preocupa. O importante é ir contando. Então, os escravos…

R – Espera aí, deixa eu lembrar o nome das fazendas que eu acho importante falar. Então, a Fazenda do Vicenzo, a Fazenda do Ribeirão e a Fazenda do Engenho Velho e lá, os escravos eram vendidos, os senhores de engenho da Ilha iam até a Praia de Castelhanos, no Ribeirão, comprar e os negros que vinham muito velhos...

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