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Personagem: José Alaor Bernardes
Por: Museu da Pessoa, 25 de setembro de 2014

História de um bancário

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História de um bancário

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Meu nome é José Alaor Bernardes, nasci em Florianópolis em 6 de abril de 1936. Meu pai é José Manuel Bernardes e minha mãe Edith Almeida Bernardes, nascidos os dois em Florianópolis. Minha mãe foi professora até falecer. Meu pai era militar, fez quatro revoluções: a de 22, a de 24, a de 28 e a de 32. Reformou-se como militar, foi músico, tocava clarineta. Depois, já no final da vida não tocava mais nada; teve uma neurose de guerra em função da revolução. Acabou morrendo por causa do cigarro depois de deixar de fumar, após dois anos. Minha mãe se formou normalista solteira. Casou-se com meu pai e depois teve quatro filhos. A primeira nasceu natimorta, a mais velha Edi Bernardes Lopes, era casada com um mineiro, Geraldo Vale Lopes, que foi professor também, da Universidade de Santa Catarina na área de Odontologia; a minha irmã Edília era casada com um comerciante de Imbituba, Osvaldo Canemil, que era junto com dois irmãos proprietário da empresa Irmãos Canemil. Nós moramos na chamada Vila da Penitenciária, em Florianópolis. Isso foi em 1949, 50. Nós somos descendentes de Portugal, somos todos açorianos em Florianópolis.

Mamãe estava sempre dando aula, ela dava aula de manhã, de tarde, de noite pra poder sustentar os três filhos, ela própria e às vezes a minha avó materna, que também morou várias vezes com a gente. Quem cozinhava era a minha irmã, a minha mãe dificilmente ia pra cozinha porque ela estava sempre ocupada com os livros, sempre. Mas a gente viveu uma vida de muita pobreza, muita pobreza. Ela ganhava pouco, ela era muito perseguida. A gente morava em Blumenau num cortiço, tinha dois quartos só pra nós. Uma vez teve uma baita de uma festa particular e causei um embaraço tremendo pra ela porque uma senhora cozinhou uma feijoada, deixou em cima do fogão, eu fui lá e comi toda linguiça, toda a carne que tinha dentro do feijão. Que loucura! Ela ficou indignada, “Imagina o meu filho fazer...

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