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Personagem: Mário Pereira
Por: Museu da Pessoa, 8 de janeiro de 1999

Meu Santos de 35

Esta história contém:

Meu Santos de 35

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P/1 – O nome do pai do senhor?

R – José Pereira.

P/1 – A data de nascimento dele?.

R – A dele não sei. Eu sei que meu pai veio de Portugal, sob a tutela do irmão mais velho, do tio Joaquim.

P/2 – E a cidade dele, o senhor se lembra?

R – Ah, essa cidade... Escrevia as cartas pra lá, pro meu pai. Porque meu pai era analfabeto, mal sabia assinar o nome, mas tinha uma capacidade de fazer, negócio de... Tinha dois bancos de carpinteiro, fazia gaiola com torre de matriz, uma no meio. Eu tenho gaiola ainda, dessas aí que eu to falando, (riso) Representa a cúpula de igreja que tem aquela torre. Ele fazia a gaiola com isso aí e mais em volta ele pegava bambu, cortava bambu, punha pra secar, ele mesmo fazia as varetas todas, tudo isso.

P/1 – A profissão dele qual que era?

R - Bom, a profissão dele... Ele era o seguinte: ele foi estivador, ele era estivador e tinha um bar ao mesmo tempo. Trabalhava noite e dia. Na estiva ele trabalhava carregando saco, “lombando” saco de 60 quilos. Eu tenho a fotografia dele aí.

P/1 – E ele era proprietário do bar aqui também?

R – Ele era proprietário. Ele tinha, aliás, ele tinha 105 da Salviano Silveira e o 81. Oitenta e um era o bar na frente e, nos fundos, a residência.

P/2 – O senhor lembra o nome do bar?

R – Ah, isso eu não me lembro.

P/2 – E a cidade dele?

R – A cidade dele era, eu escrevia as cartas pra ele, era Beco do Cuibem, Funchal, Ilha da Madeira. Funchal, Portugal.

P/1 – Era ilhéu então. Meu sogro é da Ilha da Madeira. Funchal então.

R – Beco do Cuibem era a rua lá. Numa ocasião, numa excursão que eu fiz, eu fui por intermédio da Casa Faro e fui procurar esse negócio. E num supermercado que tinha lá eu perguntava, perguntava, mas que nada! Demoliram tudo lá. Destruíram a rua toda, alargaram, porque tudo tem o progresso, né? É como aqui em São Paulo, essas...

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Dados de acervo

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P/1 – O nome do pai do senhor?

R – José Pereira.

P/1 – A data de nascimento dele?.

R – A dele não sei. Eu sei que meu pai veio de Portugal, sob a tutela do irmão mais velho, do tio Joaquim.

P/2 – E a cidade dele, o senhor se lembra?

R – Ah, essa cidade... Escrevia as cartas pra lá, pro meu pai. Porque meu pai era analfabeto, mal sabia assinar o nome, mas tinha uma capacidade de fazer, negócio de... Tinha dois bancos de carpinteiro, fazia gaiola com torre de matriz, uma no meio. Eu tenho gaiola ainda, dessas aí que eu to falando, (riso) Representa a cúpula de igreja que tem aquela torre. Ele fazia a gaiola com isso aí e mais em volta ele pegava bambu, cortava bambu, punha pra secar, ele mesmo fazia as varetas todas, tudo isso.

P/1 – A profissão dele qual que era?

R - Bom, a profissão dele... Ele era o seguinte: ele foi estivador, ele era estivador e tinha um bar ao mesmo tempo. Trabalhava noite e dia. Na estiva ele trabalhava carregando saco, “lombando” saco de 60 quilos. Eu tenho a fotografia dele aí.

P/1 – E ele era proprietário do bar aqui também?

R – Ele era proprietário. Ele tinha, aliás, ele tinha 105 da Salviano Silveira e o 81. Oitenta e um era o bar na frente e, nos fundos, a residência.

P/2 – O senhor lembra o nome do bar?

R – Ah, isso eu não me lembro.

P/2 – E a cidade dele?

R – A cidade dele era, eu escrevia as cartas pra ele, era Beco do Cuibem, Funchal, Ilha da Madeira. Funchal, Portugal.

P/1 – Era ilhéu então. Meu sogro é da Ilha da Madeira. Funchal então.

R – Beco do Cuibem era a rua lá. Numa ocasião, numa excursão que eu fiz, eu fui por intermédio da Casa Faro e fui procurar esse negócio. E num supermercado que tinha lá eu perguntava, perguntava, mas que nada! Demoliram tudo lá. Destruíram a rua toda, alargaram, porque tudo tem o progresso, né? É como aqui em São Paulo, essas coisas.

P/1 – E é muito bonita a Ilha, né?

R – É, a Ilha da Madeira. Então, eu fui no...

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