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Personagem: Vanda Machado
Por: Museu da Pessoa, 5 de outubro de 2007

Gosto muito de ser Vanda

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Gosto muito de ser Vanda

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Eu gosto muito de ser Vanda Machado, e resolvi omitir o último nome, que é Silva. Eu gosto de Vanda Machado, é o nome do meu pai. Eu nasci em São Felipe há 65 anos, portanto, em 15 de abril de 1942. Sou ariana, filha de Oxum e Ogum. Sou a primeira de cinco filhas, matriarca. Meus pais morreram aos 35 anos cada um, e, daí em diante, me tornei a matriarca, criando a mim mesma primeiro, já que também era menina, e criava minhas irmãs. Isso é o início de tudo.

Nasci em São Felipe, é uma cidade que fica no Recôncavo do Sul, cidade fumageira. É uma cidade pequena. Às vezes, eu gosto de lá, às vezes, não gosto, mas é significativo para mim pensar em São Felipe. Lá eu tive uma infância pequena, porque a minha infância durou pouco, e, nessa infância pequena, foi muito importante a presença do meu pai. Meu pai continua sendo meu ídolo, ele era músico, ele fazia teatro, ele cantava, ele dançava, ele esculpia, pintava, e as melhores lembranças da infância são as que estão relacionadas a meu pai, às festas, às festas do lugar, às festas de São Felipe, às procissões, ao tempo que eu passava no engenho. Eu tive uns padrinhos muito queridos, e durante as férias eu ia para o engenho. É uma lembrança muito querida de Nicolau Barbosa e Iaiá Pinheiro, eles eram donos de uma fazenda linda, de engenho de açúcar, casa de farinha. As lembranças estão cheias de banho de fonte, caminho para fonte, do leite cru bebido de manhã cedo às vezes de má vontade e do carinho do meu padrinho, do cheiro da farinha, do cheiro do rio, do cheiro da mata, às vezes, do cheiro de mato queimado, cheiro de crianças negras, que era minha oportunidade de encontrar porque, perto de mim, só tinha minhas quatro irmãs mesmo. E as crianças lá no engenho eram maravilhosas. Brincar no rio era minha fascinação.

A casa de engenho, a casa de farinha, essas lembranças, elas foram me acompanhando e me dando caminho. Mais adiante, quando eu...

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