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Personagem: Orlando Bruno
Por: Museu da Pessoa, 19 de dezembro de 2013

Corinthiano de coração

Esta história contém:

Corinthiano de coração

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Eu nasci dia 17 de setembro de 1927, estou hoje com quase 87 anos. Nasci na Rua Clélia, Lapa, São Paulo. O nome do meu pai é Salvador Arturo Bruno, e minha mãe Tomazina Nicoletti Bruno. Eu ouvi ele falar que ele gostou muito da minha mãe e acabou casando com ela, mas era em Guariba, estado de São Paulo, interior de São Paulo. Depois eles vieram morar em São Paulo, na Rua Clélia, que era barro em cima de barro. O meu pai conseguiu um emprego na Companhia Vidraria Santa Marina, que é o fabricante de pirex, colorex. Hoje essa companhia abriu falência e fechou. Como o meu pai era funcionário dessa companhia, ele ganhou uma casa para morar e eu vivi lá. Então eu com seis anos, eu fui morar na Avenida Santa Marina, cuja moradia era propriedade da fábrica. Depois fomos crescendo, eu fui estudar, estudei até o primário, fiz o primário completo, depois mesmo estudando, com nove anos eu comecei a trabalhar para ajudar o meu pai. Eu pesava arroz e feijão no armazém, era o meu trabalho, era um trabalho leve e assim foi até os 14 anos. Quando eu completei 14 anos, minha mãe me inscreveu numa firma que chamava Zevozari. Zevozari era uma firma mecânica, produzia coisas mecânicas e eu aprendi o meu ofício. Então, eu fui trabalhando, trabalhei nove anos nessa firma, depois arrumei uma outra firma para trabalhar aqui no Matarazzo. Eu passei na Avenida Santa Marina a minha juventude até casar.

Eu comecei a jogar futebol com sete anos no Juvenil Santa Marina. E eu aprendi a jogar futebol e eu tinha queda para coisa, eu era bom de bola (risos). O SPR era da Estrada de Ferro Santos–Jundiaí, era SPR Atlético Clube. Eu jogava no Santa Marina quatro vezes por semana, jogava sábado de manhã, sábado à tarde, domingo de manhã e domingo à tarde, eu vivia para o futebol. Então, eu fui convidado para treinar no SPR, mas eu tinha só 16 anos. O SPR contratou um treinador chamado Caetano de Domenico, era um italiano, ele veio da Itália para o Brasil e...

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Projeto A Gente na Copa – História de Gente que Faz o País do Futebol

Depoimento de Orlando Bruno

Entrevistado por Rosali Henriques

São Paulo, 19/12/2013

Realização Museu da Pessoa

PCSH_HV_444_Orlando Bruno

Transcrito por Mariana Wolff

P/1 – Seu Orlando, eu queria começar a entrevista perguntando seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – Eu nasci dia 17 de setembro de 1927, estou hoje com quase 87 anos.

P/1 – O senhor nasceu na cidade de São Paulo?

R – Nasci na Rua Clélia, Lapa. Que mais? São Paulo.

P/1 – E o nome dos seus pais?

R – O nome do meu pai é Salvador Arturo Bruno, era o meu pai e minha mãe Tomazina Nicoletti Bruno.

P/1 – O senhor sabe como os seus pais se conheceram?

R – Não. O meu pai, eu ouvi ele falar que ele gostou muito da minha mãe e acabou casando com ela, mas era em Guariba, estado de São Paulo, interior de São Paulo. Depois eles vieram morar para São Paulo e foram morar na Rua Clélia, cuja rua era barro em cima de barro, tinha muito barro. (risos) Então, o meu pai conseguiu um emprego na Companhia Vidraria Santa Marina, que é o fabricante de pirex, colorex, é o que eles fazem hoje. Hoje essa companhia abriu falência, fechou! Então, como o meu pai era funcionário dessa companhia, ele ganhou uma casa para morar, meu pai ganhou uma casa para morar, não só o meu pai, como todos os funcionários da Santa Marina só começavam a trabalhar lá quando era registrado como funcionário e eu vivi lá. Quando o meu pai veio para São Paulo, que eu nasci na Rua Clélia, eu com seis anos, eu fui morar na Avenida Santa Marina, cuja moradia era da fábrica, era propriedade da fábrica. Depois fomos crescendo, eu fui estudar, estudei até o primário, fiz o primário completo, depois mesmo estudando, com nove anos eu comecei a trabalhar para ajudar o meu pai. Eu pesava arroz e feijão no armazém, era o meu trabalho, era um trabalho leve e assim foi até os 14 anos. Quando eu completei 14 anos,...

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