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Por: Escola Pantaleão Thomaz, 24 de novembro de 2018

O bode traiçoeiro

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O bode traiçoeiro

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Dona Chica sempre morou em Coxilha, quando era pequena ela e seus irmãos brincavam de gata cega, roda cotia e balançavam-se nos cipós. Naquele tempo não havia conflitos entre os irmãos. Chica era muito sapeca e nunca estava sem fazer alguma brincadeira. Na fazenda onde moravam existia um bode muito bravo e ela muito levada resolveu mexer com ele. O animal furioso partiu com tudo pra cima dela, a pequena menina desesperada saiu correndo até uma velha cerca de lasca de pinheiro, inesperadamente o bode bateu com tanta força que a velha cerca se despedaçou. Mais uma pernada até laranjeira e o bicho atrás. O pai de longe avistou aquela correria e disse pra menina que depois eles conversariam. Ela e uma irmã morrendo de medo continuaram o serviço de tratar os bichos enquanto o pai fazia buraco e socava os palanques para erguer uma nova cerca. Ao chegar em casa ela levou uma surra de “soitera” que fez uns três cortes nas costas, ainda seu pai mandava a mãe por salmoura para que ardesse mais ainda e ela nunca mais aprontasse travessuras. Como sua família sempre foi muito religiosa conheceu seu marido na igreja, ele foi pedir permissão a seu pai para namorarem e então começaram o romance. No dia do casamento houve um velório e então tiveram que realizar a cerimônia na igreja do hospital, foi muito bonito, seu vestido tinha uma cauda de onze metros e os doentes assistiram a cerimônia. Eles estão casados há 38 anos e tem dois filhos, um agricultor e uma advogada. Seu primeiro emprego foi na casa de sua tia, ela trabalhava em troca de material escolar, mas logo ela voltou para casa, pois seu pai precisava de ajuda nas tarefas. Ela sempre gostou de trabalhar na roça e até hoje cultiva algumas coisas em sua casa. Além disso, se envolveu bastante na luta do movimento quilombola, viajou a muitos lugares atrás de melhores condições ao povo de sua comunidade.

Palavras-chave: quilombola, bode, soitera, coxilha-rs

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