Na adolescência, Keity estudava na escola perto da sua casa e trabalhava como babá. Seus amigos faziam muita bagunça na escola. Ela também começou a fazer coisas erradas, como jogar bomba na sala do diretor, trancar a professora na sala de aula, entre outras. Com tanta bagunça, foi expulsa e nenhuma outra escola a queria como aluna. Esses amigos usavam drogas e Keity começou a usar também. Largou o trabalho de babá, abandonou a escola e, para poder comprar mais drogas, começou a traficar. Ela gostava muito de rap, usava roupas largas, apliques no cabelo e gorrinho. Com algumas amigas, escrevia letras de música e com elas, sonhavam em ser famosas. A partir dos treze anos, já não obedecia mais a mãe e dormia fora de casa. Um dia, ela e três amigos foram buscar drogas em outra cidade e a polícia os pegou com mais de trinta quilos de maconha. Keity apanhou da polícia e foi parar na FEBEM, presa por tráfico de drogas. Nos três primeiros dias de prisão, teve que ficar sentada num canto, para pensar em tudo que havia feito. Na FEBEM, as regras muito duras: andar o tempo todo com as mãos para trás e cabeça abaixada, respeitar os funcionários, os banhos eram coletivos e só aconteciam duas vezes por semana, além de sempre ser vigiada quando usava o banheiro. Se desobedecesse alguma regra ou algum funcionário, apanhava sempre. Durante oito meses, ficou sem ver a sua mãe, pois a FEBEM era longe de casa e ficava caro para ela viajar. Ela escrevia cartas para a mãe, mas não podia contar que apanhava, senão a carta não era enviada. Durante seu tempo que esteve presa, teve que fazer trabalhos escolares. Na biblioteca, encontrou livros escritos por pessoas que haviam passado por lá e que tinham conseguido melhorar de vida depois que saíram. Decidiu então que, depois que saísse, voltaria a estudar e mudaria de vida também. Ela ficou internada na FEBEM durante um ano e dois meses, voltou a estudar, fez faculdade e hoje é professora.
História...
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Na adolescência, Keity estudava na escola perto da sua casa e trabalhava como babá. Seus amigos faziam muita bagunça na escola. Ela também começou a fazer coisas erradas, como jogar bomba na sala do diretor, trancar a professora na sala de aula, entre outras. Com tanta bagunça, foi expulsa e nenhuma outra escola a queria como aluna. Esses amigos usavam drogas e Keity começou a usar também. Largou o trabalho de babá, abandonou a escola e, para poder comprar mais drogas, começou a traficar. Ela gostava muito de rap, usava roupas largas, apliques no cabelo e gorrinho. Com algumas amigas, escrevia letras de música e com elas, sonhavam em ser famosas. A partir dos treze anos, já não obedecia mais a mãe e dormia fora de casa. Um dia, ela e três amigos foram buscar drogas em outra cidade e a polícia os pegou com mais de trinta quilos de maconha. Keity apanhou da polícia e foi parar na FEBEM, presa por tráfico de drogas. Nos três primeiros dias de prisão, teve que ficar sentada num canto, para pensar em tudo que havia feito. Na FEBEM, as regras muito duras: andar o tempo todo com as mãos para trás e cabeça abaixada, respeitar os funcionários, os banhos eram coletivos e só aconteciam duas vezes por semana, além de sempre ser vigiada quando usava o banheiro. Se desobedecesse alguma regra ou algum funcionário, apanhava sempre. Durante oito meses, ficou sem ver a sua mãe, pois a FEBEM era longe de casa e ficava caro para ela viajar. Ela escrevia cartas para a mãe, mas não podia contar que apanhava, senão a carta não era enviada. Durante seu tempo que esteve presa, teve que fazer trabalhos escolares. Na biblioteca, encontrou livros escritos por pessoas que haviam passado por lá e que tinham conseguido melhorar de vida depois que saíram. Decidiu então que, depois que saísse, voltaria a estudar e mudaria de vida também. Ela ficou internada na FEBEM durante um ano e dois meses, voltou a estudar, fez faculdade e hoje é professora.
História escrita pela turma do 3ºano A, Professora Monica Stela Neli, da EMEIEF"Profa. Maria José Rios, para o Projeto Memória Local no ano de 2017.
Santa Cruz do Rio Pardo - SP
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