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Personagem: Ricardo Franzoi
Por: Museu da Pessoa, 10 de outubro de 2006

Uma vida ao lado dos trabalhadores

Esta história contém:

P1 – Eu queria que você começasse falando seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Ricardo Franzoi, nasci em Porto Alegre, em 14 de outubro de 1952.

P1 – Ricardo, qual é a sua formação?

R – Olha, eu fiz uma faculdade de Administração de Empresas. No final do curso, eu já não estava gostando muito, mas achei que ia fazer um mestrado depois em economia, porque não estava querendo recomeçar. Depois fiz economia política no México, mestrado em economia política.

P1 – Conta pra gente como foi essa opção por economia política e essa experiência no México?

R – Então, a gente estava numa época muito complicada, né, porque teve o golpe de 1964. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul foi uma das mais atingidas pela ditadura, porque saíram muitos professores que eram considerados de esquerda, né? Nem todos eram esquerda, mas alguns, mesmo não sendo esquerda, na época, qualquer coisa que falasse diferente da ditadura, era considerado esquerda. Então, houve uma mudança na época muito grande na Universidade, a gente não gostava muito dos professores. Então, a ideia era buscar alguma coisa mais ligada, assim, com marxismo. Foi um pouco isso. Na época eu busquei fazer um mestrado que me desse uma formação um pouco mais ligada aos estudos marxistas. Foi por isso que eu resolvi ir pro México. Mas como eu não tinha dinheiro pra ir pro México, e o Brasil não ia financiar, até porque o México era considerado um país aberto pro terceiro mundo. Todo mundo das ditaduras do cone sul, os professores, estavam indo pra lá: Uruguai, Chile, Colômbia, Argentina. Todo esse pessoal foi pro México. O México era meio que um centro de efervescência. Acabei fazendo um concurso, juntei uma grana, trabalhei fora, no Iraque, na embaixada. E aí passei dois anos no México, por minha conta. Mas um pouco acho que é a tendência de vida que eu procurei. Sempre tive um lado social, sempre procurei...

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Dados de acervo

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Projeto: Memória DIEESE 50 anos

Entrevistado por: Carolina Ruy e Nádia Lopes

Depoimento de: Ricardo Franzoi

Local: São Paulo

Data: 10 de outubro de 2006

Realização: Instituto Museu da Pessoa

Código: Dieese_TM021

Transcrito por: Lúcia Nascimento

Revisado por: Nayara Marfim

P1 – Eu queria que você começasse falando seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Ricardo Franzoi, nasci em Porto Alegre, em 14 de outubro de 1952.

P1 – Ricardo, qual é a sua formação?

R – Olha, eu fiz uma faculdade de Administração de Empresas. No final do curso, eu já não estava gostando muito, mas achei que ia fazer um mestrado depois em economia, porque não estava querendo recomeçar. Depois fiz economia política no México, mestrado em economia política.

P1 – Conta pra gente como foi essa opção por economia política e essa experiência no México?

R – Então, a gente estava numa época muito complicada, né, porque teve o golpe de 1964. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul foi uma das mais atingidas pela ditadura, porque saíram muitos professores que eram considerados de esquerda, né? Nem todos eram esquerda, mas alguns, mesmo não sendo esquerda, na época, qualquer coisa que falasse diferente da ditadura, era considerado esquerda. Então, houve uma mudança na época muito grande na Universidade, a gente não gostava muito dos professores. Então, a ideia era buscar alguma coisa mais ligada, assim, com marxismo. Foi um pouco isso. Na época eu busquei fazer um mestrado que me desse uma formação um pouco mais ligada aos estudos marxistas. Foi por isso que eu resolvi ir pro México. Mas como eu não tinha dinheiro pra ir pro México, e o Brasil não ia financiar, até porque o México era considerado um país aberto pro terceiro mundo. Todo mundo das ditaduras do cone sul, os professores, estavam indo pra lá: Uruguai, Chile, Colômbia, Argentina. Todo esse pessoal foi pro México. O México era meio que um centro de...

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