Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Por: Museu da Pessoa, 22 de maio de 2014

Uma mulher Pókemon

Esta história contém:

Uma mulher Pókemon

Vídeo

Meu nome é Penélope Jolie Silva de Oliveira. Eu nasci na Maternidade São Paulo, em São Paulo mesmo, dia 24 de junho de 1977, ao meio dia e meia. Meu pai é baiano, é da Bahia, e minha mãe é cearense. Meus avós maternos são do Ceará e paternos da Bahia. Eu só conheci na verdade os avós maternos, paternos eu não conheci, porque meu pai diz que minha avó era uma escrava, que meu avô a domou e casou com ela e assim foi construindo a família deles. E agora, por parte da minha mãe, minha avó era servente de escola, escolar, e meu avô era aposentado já quando eu o conheci. Meu pai veio pra São Paulo tentar a vida, conheceu minha mãe muito nova, com 17 anos, e casou com ela. Minha mãe veio com meus avós. Atrás de melhorar de vida também, porque todo mundo acha que São Paulo é um local onde as pessoas vão mudar a vida e vão crescer e vão desenvolver e ter tudo realizado sobre questão de sonhos e status. Meu pai era motorista de ônibus. Era caminhoneiro e depois virou motorista de ônibus. Minha mãe era dona de casa, a vida inteira. Eu sou a terceira dos filhos dele. Somos em cinco. Éramos em cinco. Minha irmã depois de mim morreu. Eu sou a do meio, são dois mais velhos, eu e duas mais novas. Moravamos na Vila Rica, Água Preta, Vila Nova Cachoeirinha, toda aquela região ali da zona norte, eles sempre moraram por ali. A casa era bem simples, era um barraco... Depois, com o tempo, meu pai alugou uma casa maior. E foi, levou a gente, tirou da favela, que era uma favela na verdade, uma comunidade na favela. Morei até os quinze anos.

Não tinha brincadeira na favela. Eu inventei brincadeira quando eu saí de lá porque na verdade morar na favela é meio complicado: você tinha que ter horário pra sair, horário pra chegar, tem que pedir licença pra sair, o pessoal tem que te conhecer. Era complicado, o pessoal ficava armado, se drogava, se não conhecesse te dava um tiro na sua cara, te matava. É meio difícil, você...

Continuar leitura

Dados de acervo

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

Simplesmente Patrícia
Vídeo Texto
Capacitando quem mais precisa
Vídeo Texto
A Odisseia de Amara
Vídeo Texto

Amara Moira

A Odisseia de Amara
Em busca da transcestralidade
Vídeo Texto

Essa história faz parte de coleções

fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.