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Por: Museu da Pessoa, 9 de agosto de 2013

Uma educadora destemida

Esta história contém:

Uma educadora destemida

Vídeo

Eu nasci no Rio de Janeiro, na época era Estado da Guanabara, em 27 de janeiro de 1937. Meu pai é Ignácio Martins de Araújo e Maria de Jesus Amorim de Araújo. Meu pai era militar e minha mãe era doméstica. Nós éramos seis filhos, eu sou a terceira na ordem de nascimento. Minha mãe, apesar de ser muito simples porque era filha de fazendeiros no interior e naquela época filha de fazendeiro só estudava piano, bordado e essas coisas, mas ela era de uma sabedoria! Eu aprendi muita coisa com ela e com o meu pai também. Era a forma que ele nos educava, apesar de dizerem que militar é rígido, meu pai, apesar de ser militar de cavalaria, era do Rio Grande do Sul, uma pessoa muito atenciosa, muito humilde, uma pessoa muito amiga dos filhos. Tudo que era pra fazer em criança eu fiz, tudo que era pra fazer em adolescência eu fiz. Era uma alegria muito grande meus irmãos e nós nos dávamos muito bem porque um castigo que a gente recebia era se nós brigássemos e ele sempre dizia: “Irmãos têm que ser amigos, irmãos têm que ser companheiros. Então vocês não podem brigar”, então quando nós brigávamos todo mundo ficava de castigo. Nós somos até hoje muito amigos. Eu lembro que era muito alegre, seis crianças, meu pai, minha mãe, minha avó e uma tia que morava com a gente. A mesa de casa eram 15 pessoas. Então nós fomos sempre incentivados a estudar. Ele acompanhava os nossos estudos, eu me lembro que ele chegava em casa do quartel, imagine, cansado ele chegava e antes dele ir tomar banho, jantar, sentava conosco na mesa, eu, meus dois irmãos, que eram mais velhos, e conversava conosco, tirava as nossas dúvidas.

Cresci em São Cristóvão, que tinha fama de ser o bairro imperial então é daqueles bairros muito tradicionais no Rio de Janeiro. Tinha os colégios, meu primeiro colégio era na rua onde eu morava, eu não esqueço Dona Darcy, era a nossa diretora da escola. Quando meus irmãos iam pra escola eu queria ir, eu me...

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Formatura de ginásio

Helena Martins de Araújo (sétima aluna da direita para a esquerda) na festa de formatura do ginásio no colégio Nossa Senhora de Lourdes.

período: Ano 1952
local: Brasil / Sergipe / Aracaju
crédito: Foto Mendonça
tipo: Fotografia

Retrato

Helena Martins Araújo aos 16 anos.

local: Brasil / Rio De Janeiro / Rio De Janeiro
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Passeio com colegas de faculdade

Helena Martins de Araújo e grupo de colegas da Faculdade de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro em passeio pela cidade.

período: Ano 1968
local: Brasil / Rio De Janeiro / Rio De Janeiro
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Formatura do curso de psicopedagogia

Helena Martins de Araújo recebendo o certificado de conclusão do curso de psicopedagogia, que fez como bolsista da UPU. O certificado foi entregue pelo diretor do Institut National des Cadres Administratifs.

período: Ano 1976
local: França / Paris
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Curso de instrutores da América Latina

Helena Martins de Araújo e instrutores de treinamento dos Correios de vários países, no curso de Instrutores da America Latina da UPU.

período: Ano 1990
local: Argentina / Buenos Aires
tipo: Fotografia

Dados de acervo

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Correios – 350 anos aproximando pessoas

Depoimento de Helena Martins de Araújo

Entrevistada por Stela Tredice

Rio de Janeiro, 9 de agosto de 2013

HVC077_Helena Martins de Araújo

Realização Museu da Pessoa

Transcrito por Claudia Lucena

MW Transcrições

P/1 – Então eu queria que você começasse falando o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – O meu nome é Helena Martins de Araújo, eu nasci no Rio de Janeiro, na época era Estado da Guanabara, né, em 27 de janeiro de 1937.

P/1 – E o nome dos seus pais, Helena.

R – Meu pai é Ignácio, né, Ignácio Martins de Araújo e Maria de Jesus Amorim de Araújo.

P/1 – O que os seus pais faziam?

R – Bom, meu pai era militar, o meu pai era militar e minha mãe era das lides domésticas, né, ela só cuidava porque nós éramos seis filhos, eu sou a terceira, né, na ordem de nascimento, então ela não tinha tempo de fazer mais nada, né. Mas era uma pessoa, assim, apesar de ser muito simples, né, que era filha de fazendeiros no interior e naquela época filha de fazendeiro só estudava piano, bordado e essas coisas, né, mas ela era de uma sabedoria, sabe, que eu aprendi muita coisa com ela, né, muita coisa mesmo, né, então, e o meu pai também. Então eu tive, assim, uma infância maravilhosa, sabe, eu tinha um pai, eu tava até conversando com o rapaz que me trouxe que meu pai não era de bater na gente, ele não educava com agressividade, ele ensinava. E uma lição que eu nunca esqueci foi quando ele me deu uma lição sobre compromisso, nós éramos crianças, na época ainda se brincava muito no Rio de Janeiro, na rua, né, e chegava visita em casa a gente queria ir brincar lá fora, e a gente dormia cedo porque a gente acordava cedo, né, a escola era cedo, e meu pai, a visita conversando e ele dizia, a gente dizia assim: “Pai, posso brincar lá fora?”, ele olhava pra gente e dizia assim: “Que horas são?”, dizia: “Oito horas”, “ E a que horas você...

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Título: Uma educadora destemida

Data: 9 de agosto de 2013

Local de produção: Brasil / São Paulo / São Paulo

Transcritor: Claudia Lucena
Entrevistador: Stela Tredice
Autor: Museu da Pessoa

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