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Por: Museu da Pessoa,

Um elo para o fantástico

Esta história contém:

Um elo para o fantástico

P/1 – Primeiro, senhor Cristino, obrigada por ter vindo. Eu queria começar pedindo para o senhor falar para a gente o seu nome completo, o local e a data de nascimento.

R – Bom, meu nome é Cristino Pessôa dos Santos, nascido no dia 28 de julho de 1939, na cidade de Moreno, a 25 quilômetros da cidade do Recife.

P/1 – E o nome dos seus pais, senhor Cristino?

R – O nome do meu pai é Cosme Herculano dos Santos, e Luiza Pessôa dos Santos. Meu pai nasceu em Moreno e minha mãe nasceu em Glória do Goitá.

P/1 – Pernambuco também?

R – Pernambuco.

P/1 – E o que os seus pais faziam?

R – Bom, minha mãe nós a consideramos como doméstica, agora, meu pai trabalhava na fábrica de Moreno, Societé Cotonière Belge Brésilienne, fábrica de tecido na qual ele era serrador. Era uma fábrica de domínio inglês a qual já trouxe, em 1911, para Moreno, Pernambuco, coisas do Primeiro Mundo. Porque nós já tínhamos, naquela data, refeitório da fábrica, creche, água encanada, nenhuma das casas da fábrica eram feitas de palha, cobertas de palha, porque tinha uma fábrica de tijolos e telha, então condições humanas já naquele tempo. A cidade de Moreno se destacava naquela época por ser rodeada de eucalipto, porque a fábrica fazia o aproveitamento do eucalipto para mover a caldeira e perfumar a cidade. Então, vejamos, foi aí o meu início de vida. Muito bem.

P/1 – O senhor tem irmãos, senhor Cristino?

R – Tenho. Todos... Todos não, nós só estamos em três que estão vivos, nós éramos em oito.

P/1 – O senhor é o mais velho, o mais novo...

R – Eu sou o penúltimo.

P/1 – O penúltimo?

R – O penúltimo.

P/1 – Como foi sua infância lá em Moreno, como era a sua casa?

R – Nós morávamos numa casa mais humilde, e uma senhora foi sorteada com uma das casas novas da Vila Nova. Não podendo pagar − porque tinha um aluguel...

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Dados de acervo

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Projeto Um Trem de História

Registro e Disseminação dos Saberes e Ofícios da Rede Ferroviária do Nordeste

Módulo Pernambuco

Depoimento de Cristino Pessôa dos Santos

Entrevistado por Fernanda Prado e Claudia Fonseca

Recife, 14/04/2010

Realização Museu da Pessoa

Código: MRFP_HV017

Transcrito por Ana Cristina Benvindo

Revisado por Ligia Furlan

P/1 – Primeiro, senhor Cristino, obrigada por ter vindo. Eu queria começar pedindo para o senhor falar para a gente o seu nome completo, o local e a data de nascimento.

R – Bom, meu nome é Cristino Pessôa dos Santos, nascido no dia 28 de julho de 1939, na cidade de Moreno, a 25 quilômetros da cidade do Recife.

P/1 – E o nome dos seus pais, senhor Cristino?

R – O nome do meu pai é Cosme Herculano dos Santos, e Luiza Pessôa dos Santos. Meu pai nasceu em Moreno e minha mãe nasceu em Glória do Goitá.

P/1 – Pernambuco também?

R – Pernambuco.

P/1 – E o que os seus pais faziam?

R – Bom, minha mãe nós a consideramos como doméstica, agora, meu pai trabalhava na fábrica de Moreno, Societé Cotonière Belge Brésilienne, fábrica de tecido na qual ele era serrador. Era uma fábrica de domínio inglês a qual já trouxe, em 1911, para Moreno, Pernambuco, coisas do Primeiro Mundo. Porque nós já tínhamos, naquela data, refeitório da fábrica, creche, água encanada, nenhuma das casas da fábrica eram feitas de palha, cobertas de palha, porque tinha uma fábrica de tijolos e telha, então condições humanas já naquele tempo. A cidade de Moreno se destacava naquela época por ser rodeada de eucalipto, porque a fábrica fazia o aproveitamento do eucalipto para mover a caldeira e perfumar a cidade. Então, vejamos, foi aí o meu início de vida. Muito bem.

P/1 – O senhor tem irmãos, senhor Cristino?

R – Tenho. Todos... Todos não, nós só estamos em três que estão vivos, nós éramos em oito.

P/1 – O senhor é o mais velho, o mais novo...

R – Eu sou o penúltimo.

P/1 – O...

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