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Personagem: Miguel Bahiense
Por: Museu da Pessoa, 11 de outubro de 2016

Um elo entre sociedade e indústria

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Um elo entre sociedade e indústria

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Me chamo Miguel Bahiense, eu sou natural de Salvador e nasci em dezenove de agosto de 1972. Meu pai se chama Agapito de Campos Bahiense e a minha mãe, Benita Pinheiro Bahiense. Minha família é da Bahia, não à toa, o sobrenome Bahiense, eles vieram do interior da Bahia. Ambos cresceram na cidade de Jequié e o meu pai aos dezenove anos se mudou para a capital, para Salvador, e foi trabalhar na Petrobrás, onde desenvolveu seu trabalho por quarenta e quatro longos anos. Essa é história aí dos meus pais chegando à capital baiana.

A minha mãe é uma pessoa muito especial, ela tem o mérito de ser chamada de “mãe” por muitas das pessoas que eu conheci em vida, de familiares, amigos. Tem uma história muito marcante, porque a família da minha mãe tem uma descendência europeia, e o meu avô tinha preconceitos racistas, inclusive. O nome da minha mãe é Benita porque se fosse homem, meu avô chamaria de Benito, em homenagem ao Mussolini e como nasceu mulher e naquela época não se sabia o sexo antes do nascimento, ela se chamou então, Benita. Então, a família é 100% loira de olhos azuis, embora na Bahia, e minha mãe se apaixonou por meu pai, Agapito, que é negro. E o meu avô não aceitava a relação deles, o casamento, especialmente pela cor de pele do meu pai, que tem uma origem índia dentro da família dos meus avós paternos. No entanto, o meu avô materno morreu nos braços do meu pai, dizendo que ele foi o maior homem que ele conheceu em vida e que ele se arrependia muito dos preconceitos que teve no começo da vida dele. Então, é uma história de família muito legal, porque o reconhecimento, ainda que tardio, chegou, mas enfim, tudo aconteceu de uma forma muito bonita, e a família da minha mãe se rendeu e entendeu que não se pode ter esse tipo de comportamento perante as pessoas, especialmente num lugar como a Bahia, que por essência, é negra.

Tive uma infância muito feliz, uma infância que eu nasci, praticamente, numa...

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