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Por: Museu da Pessoa, 27 de julho de 2013

Um carpinteiro no garimpo

Esta história contém:

Um carpinteiro no garimpo

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Eu nasci no município de Gurupá.

Papai era Raimundo Castro da Fonseca e a mamãe, Alzira Castro.

Eles foram nascidos e criados aqui.

A mamãe nascida num igarapé com o nome Marauaru, lá de cima.

O papai aqui em baixo, mas no igarapé Arumã, fica aqui perto da Boca do Paru.

As famílias foram se entrosando, eles se conheceram, depois casaram.

Foram morar pra lá, pro Marauaru.

Ele trabalhava primeiro com o padrinho dele, trabalhava com gado.

Aí depois que eles casaram, ele foi pra lá, se mudou pra lá pro terrenos dos pais dela.

O padrinho Liberato tinha essa fazenda Boa Esperança, ele chamava Liberato Borralho.

Ele tinha essa fazenda lá na Boca do Xingu, de nome Boa Esperança, e ele arrumava um pessoal pra trabalhar, trabalhava uma semana, trabalhava um mês, saía e tal.

Aí se mudaram pra lá.

Quando eles foram tinham três filhos, quatro com aquele que faleceu.

Tinha dois homens e duas meninas, mas uma faleceu, aí foi só com os três: dois homens e uma menina.

Aí pra lá, nasceu eu, o Vicente, Luís, Maria, Antônio e Jovelino.

Depois que nós viemos de lá pra cá, nasceu mais dois, a Alcina e a Elvira.

Ele trabalhou 14 anos com ele.

A casa era lá na várzea, casa de madeira.

Ele trabalhava com o gado, tinha o curral perto da casa, tinha a maromba pros turnos do inverno.

Quando eu ainda era menino eu comecei a aprender a montar.

Eu ia pro campo com ele e trabalhava no curral.

Quando eu era menor ficava na porteira do chiqueiro lá dos bezerros, pra tirar leite.

Depois que eu cresci mais eu aprendi a tirar leite também.

Aí tirava leite e ia pro campo, ir buscar o gado, levar gado do campo pra eles fazer o manejo deles.

A gente prende ele de tarde, solta de manhã, bota ele lá pro campo, aí quando dá três horas vai buscar e prende de novo.

De manhã tira o leite, solta,... Continuar leitura

Dados de acervo

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Projeto Correios 350 Anos Aproximando PessoasDepoimento de Raimundo Nonato CastroEntrevistado por Karen WorcmanAlmeirim, Pará, 27 de Julho de 2013Realização Museu da PessoaHVC_064_Raimundo Donato CastroTranscrito por Iara GobboMW TranscriçõesHistória de vida:P/1 – Vamos começar de novo a nossa história. Aí o senhor vai começar de novo me falando de novo, seu nome completo, e a cidade e quando que o senhor nasceu. Então seu nome completo, qual é?R – Raimundo Nonato Castro.P/1 – E a cidade que o senhor nasceu?R – Eu nasci no município de Gurupá.P/1 – Em que data?R – Eu nasci 1933.P/1 – E aí então o senhor me conta um pouco. Diz o nome do seu pai e da sua mãe?R – Papai era Raimundo Castro da Fonseca e a mamãe é Alzira Castro.P/1 – Eles eram de Gurupá?R – Não. Eles eram daqui.P/1 – Mas o senhor me disse que o senhor nasceu dentro de uma fazenda. Como é que foi isso?R – É o seguinte, eles foram nascidos e criados aqui. A mamãe nascida num igarapé com o nome Marauaru, lá de cima. O papai aqui em baixo, mas no igarapé Arumã, fica aqui perto da Boca do Paru, que a mamãe ficava mais lá dentro. E aqui nasceram, aí depois casaram. P/1 – O senhor sabe como eles se conheceram?R – É assim, se entrosando as famílias, eles se conheceram, depois casaram, aí eles moravam aí. Foram morar pra lá, pro Marauaru. Aí ficaram. Ele trabalhava primeiro com o padrinho dele, perto da Sansão aí em Botafogo, por aí, e trabalhava com gado ainda. P/1 – Ele foi trabalhar com gado?R – Trabalhava com gado. Aí depois que eles casaram, ele foi pra lá, se mudou pra lá pro terreno dos pais dela, do vô, e eles moraram pra lá. A roça tinha o compadre dele, seu Manoel Gomes, tinha a concorrência lá pra Gurupá e conhecimento com o padrinho Liberato e padrinho Liberato tinha essa fazenda Boa Esperança.P/1 – Era um padre? Chamava Padre Liberato?R – Não, padrinho. Eu chamo padrinho, que ele chamava Liberato Borralho. Ele... Continuar leitura

Título: Um carpinteiro no garimpo

Data: 27 de julho de 2013

Local de produção: Brasil / Pará / Almeirim

Transcritor: Iara Gobbo
Entrevistador: Karen Worcman
Autor: Museu da Pessoa

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