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Personagem: Janaina Reis
Por: Museu da Pessoa,

Um caminho entre a maquiagem e a meditação

Esta história contém:

Um caminho entre a maquiagem e a meditação

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Eu sentei e conversei com a minha mãe. Acho que foi a primeira vez que a gente sentou e conversou sobre tudo isso. Ai, vou ficar emocionada. Foi a primeira vez em que eu vi minha mãe com olhos de filha. Eu comecei a entender o tanto que minha mãe abriu mão de muita coisa para ter aqueles momentos comigo. Para ela foi muito difícil. Eu não entendia muito bem, até então eu achava que ela era culpada e que ela não me quis, porque era isso que eles me contavam, que ela não me queria, que ela me abandonou, que meu pai me pegou para cuidar de mim, porque ela me deixava largada com uma vizinha que me maltratava… Então sempre foram histórias muito duras. Quando eu tinha 15 anos que sentei e foram minhas primeiras férias compridas, vamos dizer assim, que eu passei com a minha mãe.... Porque eu sempre a via nos finais de semana, passei acho que dois ou três meses com ela. E aí, eu resolvi sentar e conversar com ela. Eu fui questionar o porquê daquilo tudo e a gente conseguiu conversar. Eu lembro que foi em uma madrugada. Minha mãe passava roupa, estava passando roupa, e a gente passou uma madrugada inteira conversando. Minha mãe passando roupa na cozinha… E foi muito libertador conversar com ela sobre tudo isso. Eu demorei um tempo para aceitar a história dentro de mim e para entender que minha mãe não era culpada, para entender que o único culpado naquela história realmente era meu pai e que meu pai infelizmente não era uma pessoa boa, enfim. Isso causou muita mágoa na minha mãe, em mim, nos meus irmãos… Eu tento até hoje não culpá-lo, e não é fácil, mas acho que essa mágoa de… Porque foi uma parte muito importante de mim que me foi tirada. Inclusive o direito de ter o nome da minha mãe na minha certidão. Eu acho isso muito… É triste, na verdade isso é triste. Fui fazer Administração de empresas. Então eu fui trabalhar com meu pai. Saí do interior de Minas, e fui para o interior do Rio,...

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Dados de acervo

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FALTA POR A REVISADA

P/1 – Janaina, bom dia.

R – Bom dia.

P/1 – Você poderia por favor começar com seu nome, seu local de nascimento… Seu nome completo, o local e a data de nascimento.

R – Meu nome é Janaina da Silva Reis, mas geralmente eu uso só Janaina Reis. Nasci em São Paulo, em uma cidadezinha do interior, chamada São José do Rio Pardo, no dia 9 de novembro de 1973.

P/1 – Qual é o nome dos seus pais e o que eles faziam?

R – Bom, o nome dos meus pais é complicado (risos), porque a minha mãe biológica é Iracema dos Santos, mas quando eu tinha dois anos, meu pai me levou para morar com ele. Nessa confusão, vamos dizer assim, porque até hoje a história não é muito bem contada, ele me registrou no nome da esposa dele, então na minha certidão de nascimento eu tenho Luiz Sérgio da Silva Reis - ele é empresário também - e a Maria Silvia Reis que é a esposa dele, que é minha mãe nos documentos. Ela me criou, eu a chamo de mãe também, e ela é dona de casa.

P/1 – E o nome da sua mãe biológica...

R – É Iracema dos Santos.

P/1 – Ah, tá bom. E você sabe de onde veio a família, qual é a origem?

R – Da minha mãe biológica, eles moram no interior de São Paulo, em São José do Rio Pardo. Eu tenho minha bisavó, mãe da minha avó, que é imigrante italiana, Fortunata Matavelli. Da parte do meu pai, é uma mistura danada, porque eu sou bisneta de português com índio. E aí, da parte da mãe que me criou, eles também são do interior, mas do interior de Minas.

P/1 – E você tem irmãos?

R – Muitos (risos).

P/1 – Quantos são e quais os nomes?

R – São muitos (risos). Vamos lá. Eu brinco que acho que sou a única pessoa no mundo que sou filha única, mas tenho acho que oito irmãos se não me engano. Vamos fazer as contas. Porque do meu pai com a minha mãe biológica só tem eu. Por parte de mãe, eu tenho a Kelly, o Douglas, a Carolina. Por parte de pai com essa mãe que me...

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