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Por: Museu da Pessoa, 17 de abril de 2004

Tudo começou com serenatas de amor

Esta história contém:

Tudo começou com serenatas de amor

P/1 – Pacífico, bom dia.

R – Bom dia.

P/1 – Eu queria começar a entrevista perguntando o seu nome completo, data e local de nascimento.

R – Ó, eu sou, meu nome é Pacífico Mascarenhas. Eu nasci no dia 21 de maio de 1935 em Belo Horizonte.

P/1 – E Pacífico, você sempre viveu em Belo Horizonte?

R – Sempre. Eu sempre vivi ali na região da Savassi ali, que eu nasci ali no bairro dos funcionários. E ali eu convivi no bairro muito tempo.

P/1 – E como é que a música entra na sua vida? Quando que isso acontece?

R – Bom, aconteceu, que ali na Savassi nós tínhamos uma turma muito grande. Então a gente fazia serenata. A gente fazia serenata todo fim-de-semana. E nessas serenatas eu descobri que estava faltando música de coisas que a gente queria falar com as namoradas. Por exemplo, se eu tivesse coragem de dizer que te amo e tal. Então eu ia fazendo essa letra. Outras letras assim, por exemplo, explicando que não sou culpado de ter enfim apaixonado. Fui fazendo letras de acordo não só no meu caso, mas como dos diversos amigos, o que é que acontecia com eles. O que é que eles queriam dizer para as namoradas. A gente se reunia lá na Savassi, em um bar que tinha lá. O Bar do Pinto, ali na rua, ali na Praça Diogo Vasconcelos mesmo. E de noite a gente saía fazendo serenata pela rua, né? Pelo bairro todo, fazendo para as namoradas e aí que começou. Eu virei compositor nesse momento de necessidade da fazer letra. Eu já gostava de tocar piano, violão. Então daí foi um pulo só para começar a fazer isso.

P/1 – Isso nos anos, na década de 1940?

R – Não. Isso foi bem depois, foi na década de, no final de 1958. Aliás final de 1950. 1958, 1956, talvez antes. Porque nessa época... É foi antes de 1956. Foi isso mesmo, nesse período. Nessa época até, eu conheci o João Gilberto lá em Diamantina. Ele não era nem cantor ainda. Não era conhecido. Ele não tinha nem gravado disco....

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Retrato Pacífico Mascarenhas

Dados da imagem Retrato de Pacífico Mascarenhas.

Período:
Ano 2004

Local:
Brasil / Minas Gerais / Belo Horizonte

Imagem de:
Pacífico Mascarenhas

História:
Tudo começou com serenatas de amor

Crédito:
Associação dos Amigos do Museu do Clube da Esquina

Tipo:
Fotografia

Retrato de Pacífico Mascarenhas.

Ao som do Sambacana

Dados da imagem Pacífico Mascarenhas, Marcos de Castro (piano), Bituca, Gileno Tiso e Sérgio Sales no ensaio do grupo Sambacana no Sítio Embirassu.

Período:
Ano 1964

Local:
Brasil / Minas Gerais / Contagem

Imagem de:
Pacífico Mascarenhas

História:
Tudo começou com serenatas de amor

Crédito:
Pacífico Mascarenhas

Tipo:
Fotografia

Pacífico Mascarenhas, Marcos de Castro (piano), Bituca, Gileno Tiso e Sérgio Sales no ensaio do grupo Sambacana no Sítio Embirassu.

Fazendo samba

Dados da imagem Sérgio Sales, Gileno Tiso, Bituca e Marcos de Castro durante ensaio do grupo Sambacana no Sítio Embirassu.

Período:
Ano 1964

Local:
Brasil / Minas Gerais / Contagem

Imagem de:
Pacífico Mascarenhas

História:
Tudo começou com serenatas de amor

Crédito:
Pacífico Mascarenhas

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
música, banda, samba, grupo, violão, ensaio

Sérgio Sales, Gileno Tiso, Bituca e Marcos de Castro durante ensaio do grupo Sambacana no Sítio Embirassu.

Recordista em canções

Dados da imagem Pacífico Mascarenhas no Sítio Embirassu, em ensaio do Sambacana, grupo pelo qual entrou para o livro dos recordes como o disco que possui mais músicas já produzido na história, com um total de 60 canções.

Período:
Ano 1964

Local:
Brasil / Minas Gerais / Contagem

Imagem de:
Pacífico Mascarenhas

História:
Tudo começou com serenatas de amor

Crédito:
Pacífico Mascarenhas

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
música, samba, violão, ensaio

Pacífico Mascarenhas no Sítio Embirassu, em ensaio do Sambacana, grupo pelo qual entrou para o livro dos recordes como o disco que possui mais músicas já produzido na história, com um total de 60 canções.

Não deixe o samba morrer

Dados da imagem Grupo Sambacana em sítio do pai de Pacífico Mascarenhas. Em pé: Alfredo Buzelin, Roberto Guimarães, Milton Miranda, Wagner Tiso, Pacífico. Abaixo: Celinho do Piston e Milton.

Período:
Ano 1964

Local:
Brasil / Minas Gerais / Contagem

Imagem de:
Pacífico Mascarenhas

História:
Tudo começou com serenatas de amor

Crédito:
Pacífico Mascarenhas

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
música, banda, samba, milton nascimento, grupo, violino, carro antigo, violão

Grupo Sambacana em sítio do pai de Pacífico Mascarenhas. Em pé: Alfredo Buzelin, Roberto Guimarães, Milton Miranda, Wagner Tiso, Pacífico. Abaixo: Celinho do Piston e Milton.

Grupo Sambacana

Dados da imagem Grupo Sambacana

Período:
Ano 1965

Local:
Brasil / Rio De Janeiro / Rio De Janeiro

Imagem de:
Pacífico Mascarenhas

História:
Tudo começou com serenatas de amor

Crédito:
Pacífico Mascarenhas

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
música, banda, samba, grupo, amigos

Grupo Sambacana

Capa do LP "Muito pra frente"

Dados da imagem Capa do LP do grupo

Período:
Ano 1965

Imagem de:
Pacífico Mascarenhas

História:
Tudo começou com serenatas de amor

Crédito:
Pacífico Mascarenhas

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
música, banda, samba, grupo, lp

Capa do LP do grupo "Muito pra frente", lançado em 1965 no Brasil.

Verso do LP "Muito pra frente"

Dados da imagem Verso do LP do grupo

Período:
Ano 1965

Imagem de:
Pacífico Mascarenhas

História:
Tudo começou com serenatas de amor

Crédito:
Pacífico Mascarenhas

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
música, banda, samba, grupo, lp

Verso do LP do grupo "Muito pra frente", lançado em 1965 no Brasil.

Ao som do Sambacana

Dados da imagem Gileno Tiso, Bituca, Marcos de Castro e Sérgio Sales reunidos no local de ensaio em contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.

Local:
Brasil / Minas Gerais / Contagem

Imagem de:
Pacífico Mascarenhas

História:
Tudo começou com serenatas de amor

Crédito:
Acervo Pessoal

Gileno Tiso, Bituca, Marcos de Castro e Sérgio Sales reunidos no local de ensaio em contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.

Ao som do Sambacana

Dados da imagem Gileno Tiso, Bituca, Marcos de Castro e Sérgio Sales reunidos no local de ensaio em contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.

Local:
Brasil / Minas Gerais / Contagem

Imagem de:
Pacífico Mascarenhas

História:
Tudo começou com serenatas de amor

Crédito:
Acervo Pessoal

Tipo:
Fotografia

Gileno Tiso, Bituca, Marcos de Castro e Sérgio Sales reunidos no local de ensaio em contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.

Ao som do Sambacana

Dados da imagem Sérgio Sales, Bituca, Gileno Tiso, Marcos de Castro no sítio Embirassu em contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.

Local:
Brasil / Minas Gerais / Contagem

Imagem de:
Pacífico Mascarenhas

História:
Tudo começou com serenatas de amor

Crédito:
Acervo Pessoal

Tipo:
Fotografia

Sérgio Sales, Bituca, Gileno Tiso, Marcos de Castro no sítio Embirassu em contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.

Pacífico com o violão

Dados da imagem Pacífico Mascarenhas com o violão no ensaio do grupo Sambacana no sítio.

Local:
Brasil / Minas Gerais / Contagem

Imagem de:
Pacífico Mascarenhas

História:
Tudo começou com serenatas de amor

Crédito:
Acervo Pessoal

Tipo:
Fotografia

Pacífico Mascarenhas com o violão no ensaio do grupo Sambacana no sítio.

Ensaio do Grupo Sambacana

Dados da imagem Sérgio Sales (violão), Gileno Tiso (bateria), Bituca (contra-baixo), Marcos de Castro (piano), Pacífico Mascarenhas (composição) no sítio Embirassu.

Local:
Brasil / Minas Gerais / Contagem

Imagem de:
Pacífico Mascarenhas

História:
Tudo começou com serenatas de amor

Crédito:
Acervo Pessoal

Tipo:
Fotografia

Sérgio Sales (violão), Gileno Tiso (bateria), Bituca (contra-baixo), Marcos de Castro (piano), Pacífico Mascarenhas (composição) no sítio Embirassu.

Ensaio do Grupo Sambacana

Dados da imagem Pacífico Mascarenhas (composição), Marcos de Castro (piano e voz), Bituca (contra-baixo e voz), Gileno Tiso (bateria e voz), Sérgio Sales (violão e voz) no sítio Embirassu.

Local:
Brasil / Minas Gerais / Contagem

Imagem de:
Pacífico Mascarenhas

História:
Tudo começou com serenatas de amor

Crédito:
Acervo Pessoal

Tipo:
Fotografia

Pacífico Mascarenhas (composição), Marcos de Castro (piano e voz), Bituca (contra-baixo e voz), Gileno Tiso (bateria e voz), Sérgio Sales (violão e voz) no sítio Embirassu.

Dados de acervo

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Projeto: Museu Clube da Esquina

Depoimento: Pacífico Mascarenhas

Entrevistado por: José Santos e Pablo Dawney

Local: Belo Horizonte, 17 de abril de 2004

Realização: Instituto Museu da Pessoa

Entrevista: 002

Transcrito por: Maria da Conceição Amaral da Silva

P/1 – Pacífico, bom dia.

R – Bom dia.

P/1 – Eu queria começar a entrevista perguntando o seu nome completo, data e local de nascimento.

R – Ó, eu sou, meu nome é Pacífico Mascarenhas. Eu nasci no dia 21 de maio de 1935 em Belo Horizonte.

P/1 – E Pacífico, você sempre viveu em Belo Horizonte?

R – Sempre. Eu sempre vivi ali na região da Savassi ali, que eu nasci ali no bairro dos funcionários. E ali eu convivi no bairro muito tempo.

P/1 – E como é que a música entra na sua vida? Quando que isso acontece?

R – Bom, aconteceu, que ali na Savassi nós tínhamos uma turma muito grande. Então a gente fazia serenata. A gente fazia serenata todo fim-de-semana. E nessas serenatas eu descobri que estava faltando música de coisas que a gente queria falar com as namoradas. Por exemplo, se eu tivesse coragem de dizer que te amo e tal. Então eu ia fazendo essa letra. Outras letras assim, por exemplo, explicando que não sou culpado de ter enfim apaixonado. Fui fazendo letras de acordo não só no meu caso, mas como dos diversos amigos, o que é que acontecia com eles. O que é que eles queriam dizer para as namoradas. A gente se reunia lá na Savassi, em um bar que tinha lá. O Bar do Pinto, ali na rua, ali na Praça Diogo Vasconcelos mesmo. E de noite a gente saía fazendo serenata pela rua, né? Pelo bairro todo, fazendo para as namoradas e aí que começou. Eu virei compositor nesse momento de necessidade da fazer letra. Eu já gostava de tocar piano, violão. Então daí foi um pulo só para começar a fazer isso.

P/1 – Isso nos anos, na década de 1940?

R – Não. Isso foi bem depois, foi na década de, no final de 1958. Aliás final de 1950. 1958, 1956, talvez antes. Porque nessa...

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