P/1 – Boa tarde, Aldo! Tudo bem?
R – Boa tarde! Tudo bem.
P/1 – Então, vamos começar a sua entrevista: eu vou pedir pra você se identificar com seu nome, local e data de nascimento.
R – Sou Aldo Vital Queiroz, estou em Salvador, Bahia, no bairro de Pirajá, unidade nordeste da Vedacit. Nascido no dia seis de dezembro de 1984.
P/1 – E qual o nome dos seus pais, Aldo?
R – Meu pai se chama Clodoaldo Ribeiro Queiroz; a minha mãe, Glacymary Vital Santos. Ou Glacemeire.
P/1 – Você tem irmãos?
R – Eu tenho irmãos por parte de pai.
P/1 – E onde fica você nessa ‘escadinha’? Você é o mais velho, mais novo, do meio?
R – Eu sou o caçula.
P/1 – E qual atividade dos seus pais, Aldo?
R – Minha mãe era funcionária pública e meu pai era empreiteiro. Ambos falecidos.
P/1 – Aldo, você se lembra da casa onde você passou a sua infância, como ela era?
R – Sim, sim. Muito! Essa casa ainda é viva em mim. Era uma casa típica de classe média, mas meu pai, empreiteiro, né, a casa estava sempre em transformação. Ele sempre estava mudando a posição das paredes, querendo fazer sobreposição [para] tornar a casa maior. Ela estava, sempre, em constante construção.
P/1 – E você se lembra de como era o dia a dia de vocês? Tinha família por perto? O que você gostava de brincar? Me conta um pouco sobre como era.
R – A minha casa tinha varanda e quintal. Como meus pais trabalhavam o dia todo, a minha vó morava com a gente. Então, eu ficava com minha vó. Eu ia pra escola e, quando voltava, fazia logo as atividades e, depois, era o dia de travessura dentro de casa, no quintal, nas partes que estava construindo, pentelhando lá os pedreiros, atrapalhando o serviço deles. Mas, sempre muito levado, muito ativo. (risos)
P/1 – E do que você gostava mais de brincar, Aldo?
R – Então, eu sempre falo pras pessoas que tenho espírito...
Continuar leituraP/1 – Boa tarde, Aldo! Tudo bem?
R – Boa tarde! Tudo bem.
P/1 – Então, vamos começar a sua entrevista: eu vou pedir pra você se identificar com seu nome, local e data de nascimento.
R – Sou Aldo Vital Queiroz, estou em Salvador, Bahia, no bairro de Pirajá, unidade nordeste da Vedacit. Nascido no dia seis de dezembro de 1984.
P/1 – E qual o nome dos seus pais, Aldo?
R – Meu pai se chama Clodoaldo Ribeiro Queiroz; a minha mãe, Glacymary Vital Santos. Ou Glacemeire.
P/1 – Você tem irmãos?
R – Eu tenho irmãos por parte de pai.
P/1 – E onde fica você nessa ‘escadinha’? Você é o mais velho, mais novo, do meio?
R – Eu sou o caçula.
P/1 – E qual atividade dos seus pais, Aldo?
R – Minha mãe era funcionária pública e meu pai era empreiteiro. Ambos falecidos.
P/1 – Aldo, você se lembra da casa onde você passou a sua infância, como ela era?
R – Sim, sim. Muito! Essa casa ainda é viva em mim. Era uma casa típica de classe média, mas meu pai, empreiteiro, né, a casa estava sempre em transformação. Ele sempre estava mudando a posição das paredes, querendo fazer sobreposição [para] tornar a casa maior. Ela estava, sempre, em constante construção.
P/1 – E você se lembra de como era o dia a dia de vocês? Tinha família por perto? O que você gostava de brincar? Me conta um pouco sobre como era.
R – A minha casa tinha varanda e quintal. Como meus pais trabalhavam o dia todo, a minha vó morava com a gente. Então, eu ficava com minha vó. Eu ia pra escola e, quando voltava, fazia logo as atividades e, depois, era o dia de travessura dentro de casa, no quintal, nas partes que estava construindo, pentelhando lá os pedreiros, atrapalhando o serviço deles. Mas, sempre muito levado, muito ativo. (risos)
P/1 – E do que você gostava mais de brincar, Aldo?
R – Então, eu sempre falo pras pessoas que tenho espírito aventureiro. Então, eu nunca gostava daquelas brincadeiras comuns, de todo mundo: brincar de carro, essas coisas, boneca. Me davam carro, eu desmontava, montava com a roda, tentava adaptar um carro no outro, tentava adaptar um boneco no outro, mas o que eu gostava mesmo era de estar nas árvores do quintal, tirando manga, pinha, goiaba. Gostava muito da rua, de ir pra rua. Quando tinha uma brecha, que eu ia pra rua, era a maior felicidade do mundo, mas dentro de casa, era sempre estar fazendo alguma traquinagem, tipo aquele negócio do [desenho] “O Fantástico Mundo de Bobby”, né? Sempre imaginando uma aventura dentro de casa. Essa era (risos) a minha especialidade.
P/1 – Alguém contava histórias quando você era criança, Aldo?
R – Minha vó contava algumas histórias e tinha uma senhora, Dona Helena, na minha rua, [que] ela contava muitas histórias. Ela foi uma das primeiras moradoras do bairro - sempre estava na minha casa, muito amiga da minha vó - e contava as histórias de quando veio morar no bairro, a história da construção da minha casa, de quem foi a minha casa, de quem eram meus pais. Ela sempre tinha essa parte folclórica também, que Itapuã (bairro em Salvador) era uma fazenda, né? Então, ela trouxe muito e eu conheço muito da identidade do bairro, através dessas histórias.
P/1 – Você tinha algum sonho de infância, Aldo?
R – Eu sonhava em ser médico, sabe? Eu queria ser médico. (risos) Sempre gostei dessas coisas, de anatomia, de cuidar do outro, dessas coisas assim.
P/1 – Vamos conversar, então, um pouquinho, a respeito da sua vida escolar, Aldo: qual a primeira lembrança que você tem, de ir pra escola?
R – Minha mãe sempre foi muito disciplinadora e a lembrança mais forte que eu tenho de ir pra escola é o momento de montar a mochila de ir pra escola, sabe? E hoje eu carrego isso muito comigo, né, de você ter cada coisa no seu lugar. Então, aquela parte, ela me chamava: “Qual é a aula que você tem, nesse dia? Vamos montar os livros”. E ir de mão dada até a escola com ela era algo, pra mim, que era muito importante. No dia que ela não ia, parecia que eu não fui pra escola.
P/1 – E a escola era perto da sua casa, Aldo?
R – Era bem perto, uns duzentos metros.
P/1 – E dentro da escola, você se lembra de algum momento importante, algo que te marcou até hoje?
R – Amizades. Hoje, eu tenho um grupo de amigos que é desde essa fase aí: maternal, primeira série, ensino médio. Eu fiz bons laços, lá. A gente, até hoje, tem essa união. Não se vê com tanta periodicidade, mas é como se a gente se visse todos os dias. Somos feitos irmãos, mesmo.
P/1 – E nessa primeira fase de estudos, no ensino fundamental, tinha alguma matéria que você gostasse mais ou algum professor que teria te marcado, por algum motivo?
R – Tinha. (risos) Sempre gostei muito de Ciências, dessa parte, Biologia, Química. Sempre gostei muito disso. Aí tinha uma professora, Tânia, ela já, até, faleceu e ela sempre fez as aulas dela parecendo que era real, né? A gente sempre viajou aquele mundo ali, então era tudo muito presente e fantástico. Não perdia essa.
P/1 – E, de resto, na escola, outras atividades, festas? Você tem alguma lembrança desse tipo de atividade na escola?
R – (risos) A gente sempre tem as lembranças boas. Principalmente, onde eu estudei, fazia muita gincana, né? E essas gincanas despertaram, principalmente em mim… A gente fazia, batia na porta das pessoas, pra coletar alimento, agasalho, já, desde a infância, então eu acho que isso, hoje, eu consigo fazer alguns trabalhos, assim, porque já foi despertado lá atrás. Então, as festas eram boas, mas a gente adorava as gincanas, entre nós, da escola e, às vezes, convidava outras escolas pra participarem da gincana, não só de conhecimento, mas também da parte lúdica. Então, isso eu tenho muito forte em mim.
P/1 – E o ensino médio, Aldo, você fez na mesma escola ou mudou pra outra?
R – Então, o ensino médio, eu tive que mudar de bairro, né? Porque com o falecimento dos meus pais, que foi uma coisa bem em sequência, aí eu tive que morar com meus tios em outro bairro. E aí eu fui estudar, como a gente fala aqui, no Centro da cidade, na Escola de Engenharia, que é que me deu essa base de formação técnica. A Escola de Engenharia Eletro-Mecânica da Bahia (Eeemba). Aí já é outro lugar, outras pessoas e vivência.
P/1 – Então, você já fez o ensino médio como ensino técnico também?
R – Foi.
P/1 – E me conta como foi essa experiência, essa mudança de bairro, esse recomeçar e também numa escola técnica. Como foi essa experiência pra você?
R – Como a minha mãe sempre me criou com muita informação, sempre perguntar quando tiver dúvida, nunca tentar fazer as coisas sozinho ou de qualquer jeito, no início, era um tanto quanto assustador, porque você fica um pouco acanhado, mas eu sempre fui de um bom relacionamento interpessoal com as pessoas. Mas quando você sai do seu bairro e vai pro Centro da cidade, você começa a conviver com a violência urbana, né? E isso te assusta: ser assaltado no ir e vir pro ponto de ônibus. Então, você fica um pouco assustado vendo essas coisas acontecendo com as pessoas e podendo acontecer com você. Com relação ao outro bairro, nossa, eu demorei muito pra me adaptar em Cajazeiras. Eu morei demais... Itapuã é [na] beira da praia, praticamente. A minha casa era a cinco minutos da praia. E Cajazeiras é um bairro mais central de Salvador, então tudo é muito distante de lá. Eu não tinha tanta liberdade de estar na rua, porque meus tios não deixavam, principalmente porque era um bairro onde tinha um alto índice de violência e eu era uma pessoa nova naquele lugar, não conhecia. Então, eu ficava um pouco mais dentro de casa. E, pra um garoto (risos) aventureiro, que gosta de estar na rua, que quer sair, que gosta de fazer as coisas, é difícil esse momento. Foi muito difícil.
P/1 – Você costumava frequentar a praia, antes de se mudar?
R – Eu costumava ir todos os dias. (risos) Inclusive, eu apanhava, porque minha mãe dizia pra não ir. E aí, você sabe, a turminha ia [e] quando eu olhava, a vizinha dizia: “Seu filho está na praia”. Chegava em casa, minha mãe puxava minha orelha, me repreendia. Aí já viu! (risos)
P/1 – E voltando pro seu ensino técnico, o que você acha que isso te influenciou? Abriu a sua cabeça em que sentido? O que mudou, pra você, fazer esse ensino médio mais técnico?
R – Na verdade, não foi por opção. Eu tenho que falar pra vocês. Porque, assim: eu sempre quis ser médico, mas, naquela época, as condições financeiras não permitiam e não era Enem, era vestibular, e a gente estudava... E o acesso à Medicina era mais difícil, né? Tinha menos faculdades e, geralmente, quem predominava, era a classe alta, né? As pessoas que tinham poder aquisitivo maior estavam sempre tomando as vagas. E, na época, fazendo o ensino médio, quando eu entrei lá, a escola perguntava pra você optar por um curso de especialização na área técnica. E, como eu tinha, já, esse “feeling” de criança, de desmontar meus brinquedos e montar de forma correta ou, grosseiramente falando, criar membros entre bonecos, botar o braço de um, o braço no outro. Eu olhei pra Eletrônica e disse: “Não, eu vou fazer Eletrônica, porque acho que isso tem a ver comigo. É algo que eu gosto. Não é minha paixão, mas é algo que consigo, sim, desenvolver a minha carreira e ir além”.
P/1 – Esse curso técnico, você fazia, por exemplo, num período o médio e no outro o técnico? Ou isso já era integrado?
R – Então, o ensino médio era de manhã e o curso técnico era à noite. Tinha a opção de fazer integrado, mas o nível da escola era muito alto, muito forte. Tinha que estudar bastante. E, por ouvir de alguns colegas que estavam tendo dificuldades no ensino médio, aí eu optei e digo: “Não. De manhã eu faço o ensino [médio], vou pra casa, tenho tempo de descansar, estudar e voltar à noite, pra fazer o técnico”.
P/1 – Certo. E a sua vida social, nesse período de adolescência: o que mudou, o que você gostava de fazer quando você tinha o tempo livre nos estudos?
R – Ah, eu sempre joguei futebol. Minha paixão era jogar futebol, onde tinha. Acho que hoje eu posso dizer que as pessoas falam: “Você deveria se candidatar a vereador”, (risos) porque onde eu vou em Salvador, tem alguém que me conhece. Então, é muito desse "hobby" de jogar futebol. É uma coisa que eu sou apaixonado. Jogar futebol, nossa! (risos) Apesar que já ganhou outro "hobby" hoje, mas futebol, naquela época, tomava a predominância. Eu sempre gostei também das baladinhas, onde tinha brecha, se a condição permitia, no momento, eu estava lá. Não perdia, não.
P/1 – E uma coisa que eu não te perguntei antes, sobre a sua família, Aldo: sua família é de Salvador mesmo ou seus pais vieram de alguma outra cidade, de algum outro estado?
R – Meu pai veio de Conceição do Almeida (BA) e a minha mãe de Jequié (BA).
P/1 – E você sabe por que eles vieram pra capital?
R – Então, meu pai, muito pela questão de trabalho, começou a trabalhar muito cedo com essa coisa de obra, abrir estrada, essas coisas e depois montou a empresa dele, aí se fixou em Salvador. A minha mãe, quando a menina sai do interior, vem procurar trabalho na capital, né? E aí ela tinha terminado o curso de Magistério - datilografia, ela era muito boa - e aí ela veio tentar sorte na capital e conseguiu passar num concursozinho da prefeitura.
P/1 – Certo. E voltando, então, pro seu ensino médio: assim que você finalizou, o que foi fazer?
R – Então, assim que eu terminei o ensino médio, comecei a trabalhar numa empresa de eletrônica, de impressoras fiscais, na parte de eletrônica e gostava muito do que eu fazia, mas me faltava algo ainda, né? E eu recebia pensão dos meus pais. E, de repente, meu tio virou pra mim e falou: “Você tem que entrar logo numa graduação superior, senão vai perder esse benefício”. E aí eu fiz alguns vestibulares e, por cargas d'água, principalmente por gostar do futebol, eu passei pra Educação Física. Fazia Eletrônica e fui fazer Educação Física. (risos) E a empresa que eu trabalhava, de eletrônica, fechou. No melhor momento da empresa, ela fechou. E aí eu estava fazendo esse curso de Educação Física, porque alguém falou pra mim: “Faça, pelo menos você prolonga o benefício”. Continuei cursando. Até que vieram umas matérias do curso de Educação Física: fisiologia do exercício, anatomia humana, fisiologia humana e bioquímica. Aquilo ali, nossa, eu fiquei encantado! Me tornei monitor (risos) da faculdade, do laboratório. No primeiro semestre, eu me tornei logo monitor, porque eu já sabia falar os músculos, os ossos todos do corpo humano. Aquilo ficou intrínseco em mim. E conseguia fazer, ajudar no laboratório, tinha uma facilidade de fazer as coisas, manusear as coisas do laboratório. Então, aí foi um outro trabalhozinho que eu consegui na faculdade. Estava dando pra manter, até que um colega me chamou, Carlos Felipe Albuquerque, conhecido como Chokito, (risos) me chamou: “Tem uma vaga pra estagiário lá na academia. Você não quer, não?”. Academia Paulo Meyra, aqui em Salvador, na área nobre, na Ondina. Falei: “Bora. Fico aqui no laboratório, na faculdade, e vou pra academia. Então, foi uma experiência fantástica que eu tive na minha vida, onde eu pude ter contato com pessoas de outra classe social e que quebrou alguns tabus em mim, de achar que a pessoa que tem uma condição melhor é melhor do que a gente. Não, ela é igual a gente e ela trata a gente da mesma forma. Além do conhecimento, né? Eu pude me desenvolver bastante como pessoa e como estudante.
P/1 – E você chegou a finalizar essa faculdade, Aldo? Ou parou por algum motivo?
R – Aí, o que acontece? A Justiça embargou o benefício, aí entram umas questões familiares, tipo, mau uso do benefício. A faculdade era muito cara e o que eu ganhava não dava pra manter. Na época, não tinha Fies. E aí, dentro dessa academia que eu trabalhei, tinha um professor lá, Ermírio, e ele falou pra mim: “Consigo uma bolsa pra você pra cursar Química”. Falei: “Tá bom, vamos lá”. Como estudar nunca foi problema pra mim, eu sempre gostei de estudar, mas nunca tive caderno… As pessoas anotavam, eu só prestava atenção na aula. No ensino médio, eu não tinha caderno. Só levava caneta e papel, (risos) e estava tudo certo. Pedia o papel na hora, na verdade, e mantinha as notas muito boas. Aí, nesse curso de Química, já com aquela alusão da Bioquímica da faculdade, das coisas, eu me descobri lá e aí virou profissão, mesmo.
P/1 – E quanto tempo... No início [da entrevista], você tinha falado que esse era tecnólogo, né? Esse Química foi tecnólogo, que você fez?
R – Era. Isso. Eu comecei com curso técnico e aí, por ter notas boas dentro do curso, fiz parte desse curso técnico, depois migrei pro tecnólogo.
P/1 – E como foi essa experiência pra você, de fazer esse tecnólogo em Química?
R – Então, as pessoas sempre têm, que eu também não sei porquê até hoje, a ligeira impressão que Química é um bicho de sete cabeças: “É difícil e complexo”, mas não. Acho que em tudo que a gente olha ao nosso redor tem Química, na composição de tudo. Talvez seja porque, nas escolas, a forma como é ministrado ou qualquer outro viés que é criado sobre isso. O curso é encantador, não é complexo. Basta estudar e você adquirir a média necessária, mas eu falo pra Química não de você fazer um curso pra atingir uma média, pra conseguir uma graduação, que talvez, aqui fora, você vai ter uma remuneração boa. O meu curso de Química, rapaz, teve uma vivência, assim, muito prática, onde transformou a minha vida. Eu tive um olhar diferente pra tudo. Coisas que a gente nem imaginava, assim, eu falo: “Pô, o que eu estou estudando está presente aqui, tudo”. Então, a Química me mudou legal.
P/1 – E você acabou, então, entrando profissionalmente pro ramo da Química a partir disso?
R – Sim. Eu comecei a trabalhar pelo curso, mas como inspetor de qualidade sênior. E aí a gente fazia a parte técnica, que é você, numa linha de produção, num processo produtivo, fazer as verificações, se tudo está ocorrendo conforme planejado, né? Tem as suas receitas e, na parte química, a gente tem que checar se está tudo, os parâmetros estão todos dentro do que está especificado, nem mais, nem menos, né? Pra gente manter o controle e a empresa performar.
P/1 – Então, desde aí, você já estava trabalhando com controle de qualidade da composição dos produtos?
R – Sim.
P/1 – Qual foi essa sua primeira experiência? Onde foi? Quanto tempo você ficou?
R – Essa minha experiência foi na Xerox do Brasil. Mas, era uma empresa multinacional, de capital japonês e americano, a Fuji Xerox, e lá, primeiro, eu trabalhei de 2007 até 2012, aí eu saí da empresa e depois eu retornei, de 2015 a 2017. Foi quando a empresa encerrou as atividades.
P/1 – Certo. E como foi a sua entrada na Vedacit? Foi logo na sequência?
R – Foi logo. Passou acho que um mês, mais ou menos, e aí eu entrei na Vedacit. O que acontece? No melhor momento da empresa, da Xerox, ela fechou aqui, né? A corporação tinha decidido fechar a empresa na Holanda e, quando ela foi executar isso, o governo holandês, lá da província onde era, disse: “Não. Pra você fechar a empresa aqui, você tem que dar um plano de reestruturação de, pelo menos, um ano e meio”. Aí eles entraram com medidas judiciais e não houve o fechamento da Holanda e, nesse um ano de reabilitação da Holanda, acabou a isenção fiscal aqui e aí não conseguiu se renovar, né? Foi um momento de chegada do governador atual e não conseguiu renovar isso e aí fica inviável: você tem empresas na Europa e uma empresa única na América do Sul, que depende basicamente de toda a matéria-prima que vem de fora do país. Aí o custo fica muito alto. Então, à queima-roupa, eles chegaram e fecharam a unidade, tipo: outubro, novembro eles avisaram a gente e dezembro fechou. Em janeiro, eu entrei na Vedacit, graças a Deus! E foi uma coisa assim, tipo, aquele momento ali é Deus mesmo que tira assim: “Calma, sua história continua”, porque eu vi a vaga no Vagas.com, num “site” gratuito, me inscrevi, fui chamado pra entrevista e, na época, era pro controle de qualidade. Fiz a primeira entrevista com uma funcionária do RH que tinha aqui, a Elaine. Aí, depois, a gestora da área, Denise, veio de São Paulo (SP), me entrevistou, gostou bastante, avançamos no processo e eu iniciei na Vedacit no dia 7 de janeiro de 2019.
P/1 – No início do ano, né?
R – (risos) Bem isso.
(27:17) P/1 – E o que você achou, quando você entrou? Como foram os seus meses iniciais de trabalho?
R – Então, quando eu iniciei na Vedacit, assim, pra mim foi bem impactante. Por quê? Eu já vinha de uma empresa multinacional, americana, com capital japonês. Uma empresa toda automatizada, robusta e robótica. E aí, quando você entra na Vedacit, entra pra uma empresa familiar, de pessoas. Então, tem diferença no todo, esteja na estrutura física, mas também no lidar com as pessoas. E isso, assim, me marcou bastante.
P/1 – E, atualmente, você é líder de produção. Queria que você comentasse um pouco como isso funciona, qual sua atividade.
R – Então, hoje, eu sou líder de produção, a gente faz a gestão das pessoas da área produtiva e a gestão também da performance das linhas e dos produtos. Ao longo do dia, a nossa atividade, mesmo, padronizada, a gente inicia o dia recebendo as pessoas, depois faz reuniões com elas, nos postos de trabalho, pra falar como vai ser o dia, das coisas de segurança, do Ssma, essa é uma fala forte da gente, que é falar de segurança. Não adianta performar e não ter segurança. E outras a gente abre pra eles falarem [sobre] as necessidades da linha, situações de manutenção. Então, hoje, a atividade do líder de produção da Vedacit é muito fazer a parte da gestão, como fazer o nosso produto Vedacit.
P/1 – E qual o trajeto que você fez, profissional, do momento em que você entrou, até chegar a líder de produção? Conta um pouco pra gente como foi isso.
R – É, então, quando eu entrei na Vedacit, no laboratório, era técnico de laboratório, cuidava da área de avarias e devoluções. E a gente pôde fazer um trabalho, também, não só na área de avarias e devoluções pra melhoria dos indicadores, controlar melhor esses quantitativos e qualitativos, mas também buscar soluções, porque nenhuma empresa quer gerar avaria, danificar o seu produto. Então eu vi muita oportunidade de melhoria interna que a gente ________, porque a cultura japonesa, o que ela pôde me marcar foi isso: eles fazem mais com menos, né? E hoje a Vedacit tem o link, também preza fazer mais com menos. Então, eu sempre fui muito daquilo da gente reutilizar as coisas que tem, da gente tentar fazer com os materiais, os recursos internos, pra poder desenvolver um bom trabalho. E desenvolvi um bom trabalho na parte do laboratório e na parte de avarias. A Vedacit, ao contrário de outras empresas, quando ela tem as oportunidades, ela olha primeiro pro público interno e depois, se ela não achar, abre a vaga para o público externo. Então, quando ela abriu essa vaga pra líder de produção, eu conversei com algumas pessoas que me espelharam, são espelhos, pra mim, profissionais, tipo o Eduardo mesmo, que é o coordenador de São Paulo, eu conversei muito com ele e foi uma das pessoas que disse assim: “Vai lá, entra. Acho que você está pronto”. E aí eu participei do processo, um processo seletivo muito bom, muito igual pra todos. Eu gostei muito e pude ter êxito, ter vitória e estou aqui, na produção, tentando ser tão bom quanto esse cara.
P/1 – E como você ficou sabendo do projeto “Ano Novo, Casa Nova”, Aldo?
R – A Vedacit, dentre as muitas coisas bacanas que ela tem, é essa parte de estar sempre envolvendo os colaboradores, multiplicando as informações, tornando vivo tudo aquilo que ela está fazendo e esse projeto foi divulgado pra gente através de reuniões, dos murais, da intranet e é um projeto que está alinhado também com o propósito da Vedacit, né? Então, isso é fantástico, né? Tem uma fala do executivo Luiz que: “A gente trabalha, não só enche baldinhos com produtos”. Naqueles baldinhos vão sonhos e oportunidades de melhorar a condição de habitação de pessoas de classes diversas. E esse programa vem também pra oportunizar as pessoas da Vedacit, né? Dentro da Vedacit também, eles foram muito felizes em criar esse programa e descobrir que também tem muitas pessoas que têm uma casa, um lar que precisa desse cuidado, dessa atenção. Muito naquilo de transformar a vida de milhões de pessoas. Fazer da sua casa, a nossa casa. Eu acho isso fantástico! Assim como a cultura Vedacit é algo que também me encantou muito, os quatro comportamentos.
P/1 – E quais são esses quatro comportamentos?
R – (risos) Só não vale dar branco agora. (risos) Que a gente tem que agir como dono do negócio, ser como o dono do negócio; agir com colaboração; entregar o extra... Está vendo, deu branco! (risos) Não, isso eu sei de cor, pô! Não pode falhar, não. Então: dono do negócio, entregar o extra, agir com colaboração e abertura pra inovação. Abertura pra inovar.
P/1 – Certo. Você tem uma pessoa da sua equipe, o Henrique, que foi contemplado pelo projeto, né? Me conta como foi isso. Qual sua participação nessa entrada dele no projeto?
R – Então, o Henrique era auxiliar de produção, um menino muito bom, muito esforçado e, desde que eu me tornei líder de produção, a gente se tornou muito próximo, né? Ele sempre, ali, buscando mais, sempre com aquela ambição boa, de crescer, de se tornar operador, chamando a responsabilidade pra ele e a gente sempre com boas conversas, com bons diálogos. A gente tem os “flashes” mensais, que a gente sempre trazia as informações do projeto “Ano Novo, Casa Nova”. O coordenador atual, Vanderson, sempre faz muita questão, assim, de trazer todas as diretrizes, todas as campanhas pro nosso público estar ciente. Quando a gente falou desse projeto e que era pras pessoas se inscreverem, a gente não percebeu, assim, tanta adesão das pessoas. A princípio não houve aquele alvoroço: “Vamos se inscrever, tal”. E aí, alguns amigos dele, próximos, o pessoal falou: “A gente pode indicar outra pessoa?”, “Pode”. Aí, conversando, eles falaram: “Vamos indicar a casa de Henrique”. Eu digo: “Pode indicar”. E aí eles fizeram, eu também fiz a minha indicação e, quando ele soube, ficou muito feliz, muito mesmo. Eu acho que eu fui, depois dos familiares dele, a primeira pessoa a saber. Ele me mandou a fotinha do informativo. “Não estou acreditando!”. Eu digo: “Rapaz, acredite! Velho, acredite!”. E aí o pessoal, rapidamente, que é um trabalho, assim, muito organizado, muito otimizado... Então, não teve você receber uma carta e demorar um tempo. As comunicações foram acontecendo logo e hoje a reforma está acontecendo. Ele fala assim: “Meu velho, 2020 eu só tenho a agradecer, à Deus e à Vedacit”. Ele tem uma filhinha pequena, ele fala: “Velho, eu estou muito feliz!”.
P/1 – E como é que você, pessoalmente, enxerga essa importância de uma residência salubre na vida das pessoas, em geral, de uma família?
R – No nosso dia a dia, fala-se pouco da importância da casa salubre. Ainda não associam… A medicina não fala tanto que o mofo, o fungo, essas coisas são responsáveis até por baixar sua imunidade, pra você desenvolver problemas respiratórios. Eu acho que falta os veículos sociais, as mídias sociais falarem mais disso, porque acho que isso potencializaria muito mais, né? Mas eu vejo assim: até a gente, quando chega, vai fazer trabalho solidário, qualquer coisa, você percebe a laje da casa toda de limo, mofado, os cantos da parede, aí você olha, as pessoas estão fungando. Aquilo é muito impactante e, na condição, principalmente, de estar trabalhando na Vedacit, você fica naquela condição de querer ajudar todo mundo, não consegue e você fala assim... Nossa, eu cheguei ao ponto de estar em determinado lugar e dizer assim: “Meu Deus, não vai dar pra _____ parede aqui, resolveria a situação dessa família” e isso é muito impactante. Eu acho que até quem não tem noção dessa realidade da construção civil, o simples fato da pessoa chegar e ver a casa do outro, a parede do outro toda mofada, acho que aquilo impacta demais.
P/1 – Como é que você vê a atuação da Vedacit nesses projetos sociais, pro futuro? Você acha que vai haver uma ampliação?
R – Eu acho que sim. A Vedacit é uma empresa de gente boa e ela não é só no “slogan” uma empresa de gente boa. A gente vê inúmeros trabalhos acontecendo e deixando vários “links” pra outros mais virem, né? E as pessoas que estão à frente, principalmente pela base familiar que a empresa tem, que preza muito esse cuidado, não são como outras empresas robóticas, que você tem pessoas entre setores que ‘malmente’ se conhecem ou se falam. Basicamente, aqui você interage com todo mundo, as pessoas te conhecem, você tem um respeito e é porta aberta pra todo mundo. Então eu acho, sim, que a Vedacit deve ampliar esses trabalhos, fazer parcerias aí com ONGs e continuar avançando nisso, porque é algo, muito, da cultura da empresa.
P/1 – Certo. E, voltando, então, pra sua vida pessoal, você falou que você está cursando uma faculdade agora. Então, conta um pouco quando você começou, de onde veio essa ideia de voltar aos estudos.
R – É, então, eu quero, sempre, estar aprendendo, sabe? E desde que eu me tornei líder, falei assim: eu digo... Quando eu olhei pra liderança e digo: “Tá, e aí? Sou líder, e agora? Vamos estudar, vamos procurar um curso porque, por mais que você aprenda as atividades diárias, chega um momento que você vai ficar osmótico. Então, vamos estudar, vamos buscar inovação, aprendizado pra gente fazer trabalhos cada dia melhores e, claro, sempre almejando crescimento. Hoje, na cadeira de liderança; amanhã, quem sabe, na cadeira de coordenação? E, futuramente, na cadeira de gerente”. Então, sempre se desafiando, e estudar é muito daquilo que eu sempre ouvia em casa: “Não espera a oportunidade aparecer, pra se preparar. Esteja preparado, que a oportunidade virá”.
P/1 – E há quanto tempo você já está fazendo e qual o curso?
R – O curso é Processos Gerenciais, na Universidade Católica de Salvador (Ucsal). Eu estou agora no terceiro semestre, praticamente um ano e meio. O curso dura três anos, mas com a pandemia vai acabar durando um pouco mais.
P/1 – Você está fazendo remoto?
R – É. O curso é semipresencial, desde que eu me inscrevi, mas ele está só remoto.
P/1 – Está certo. Então, a gente vai pras últimas perguntas: primeiramente, quais são seus sonhos pro futuro, Aldo?
R – O primeiro sonho é pessoal: é formar minha família, meus filhos, mesmo. A ideia é ter dois. (risos) Mas aí Papai do Céu que vai decidir, não sou eu. Quero, sim, chegar num cargo de coordenação e gerência, mas, ao mesmo tempo, eu quero ter o meu empreendimento. Não quero viver só do meu trabalho, eu quero ter um empreendimento. Eu morro de vontade de ter uma farmácia. Às vezes, eu fico fazendo um cursozinho ou outro ali no Sebrae, pra ver se a gente consegue se estruturar lá pra frente e, com organização, a gente conseguir ter esse sonho realizado. E o outro sonho que eu tenho, daqui pra frente: eu quero viajar, conhecer o mundo, todos os lugares possíveis (risos) e impossíveis.
P/1 – O que é mais importante pra você, hoje em dia? Não precisa ser uma coisa só.
R – (risos) O importante, pra mim, hoje em dia, é estar em família, sabe? Em alguma parte, na minha vida, isso ficou ausente e eu prezo muito isso. Eu prezo estar em família, eu prezo ser família. Eu costumo dizer que sou, porque somos. Não serei ninguém sozinho, nunca.
P/1 – Então, vamos pra última pergunta: como foi pra você contar sua história hoje, pra gente, Aldo?
R – Resumão? (risos)
P/1 – (risos) Como você se sentiu? Conta pra gente.
R – A gente fica nervoso, porque está sendo gravado, aí eu não sei se eu estou no quadro certo. (risos) Se eu estou falando alguma coisa certo, se eu estou falando errado, mas eu acho que o fato… Desde quando a Grazielle falou comigo, algum filme passou na minha cabeça. Eu disse: “Nunca parei pra contar a minha vida pra ninguém, pras pessoas. Geralmente, a minha vida, quem sabe, é quem está no convívio, comigo. Como será contar a minha vida pra pessoas que eu não conheço?”. Foi essa a sensação. E uma das coisas que me deixou à vontade, meu amigo Genivaldo, foi você. Você está aí nesse diálogo comigo, sorrindo. Isso me deixou muito tranquilo pra falar abertamente quem é Aldo.
P/1 – Que bom que a gente conseguiu te deixar à vontade! Uma última pergunta, vai: existe alguma coisa que eu não te perguntei, que você gostaria de comentar, pra deixar registrado? Sobre qualquer assunto, sobre o que a gente conversou, sobre qualquer trecho da sua vida, qualquer período.
R – Eu acho que a gente pôde abordar bastante coisa, né? Eu acho que vocês poderiam perguntar como foi chegar até onde cheguei sem a orientação dos meus pais. Esse é um assunto, assim, bem forte e eu falei: “Se ele tocar nesse lugar aí, (risos) eu vou tentar me segurar, mas eu falo, não tem problema”. Eu acho que, basicamente, foi isso. (risos)
P/1 – Tá, então conta pra gente, Aldo, como foi, pra você, esse processo de você ter tido a parte da perda dos seus pais cedo e você conseguir se reestruturar e seguir em frente.
R – Hoje eu brigo com os meus amigos quando os vejo tratando mal os seus pais, né? Meu pai eu perdi com sete anos. Meu pai sempre foi muito boêmio, teve alguns relacionamentos e minha mãe foi a última mulher do meu pai. Então, com sete anos eu perdi meu pai. Como eu era criança, eu não tinha muita noção do que era o convívio paterno. A minha mãe se tornou pai e mãe. E, com catorze anos, a minha mãe se foi. Câncer de mama. Demorou a se autodiagnosticar e também o pessoal do interior, normal, pouca instrução, tem muito aquele viés que você só vai ao médico se estiver sentindo algo. Se não estiver sentindo algo, não faz sentido você ir lá. E aí ela sofreu muito com câncer de mama, teve em um dos mamilos, aí depois passou pro outro, tirou um, tirou o outro, sofreu muito com quimioterapia e depois deu metástase. Aí a gente desabou, né? O mundo da gente desaba, é uma ausência que eu tenho até hoje, todo ano dói, Dia das Mães dói, Natal dói. Eu não suporto assistir aquele negócio do Roberto Carlos, porque a lembrança é muito forte. Eu não tenho nada contra ele, só que minha mãe era muito fã dele e me lembra os domingos que ela colocava o som alto, como eu gosto também, de ouvir música e dançar, e ela ficava lá dançando, cantando Roberto Carlos. Então, pra mim é muito forte ainda, isso é algo que eu não consigo, mas ela sempre me criou pro mundo. Minha mãe sempre disse, falava pra mim que ela não estava me criando pra ser filho dela, ela estava me criando pra ser Aldo Vital Queiroz, um cidadão de bem. E eu tenho isso muito em mim, de respeitar as pessoas, de ir e vir, de cabeça erguida, de que, se tropeçar, é parte do aprendizado. Então, todo movimento que eu fiz na vida, até hoje, tudo que eu venho buscando, errando e acertando, é em prol disso, é sempre o melhor, sempre olhando pro céu e dizendo: “Dona Meire, (risos) estou indo no caminho do bem, tá?”. E, nesse processo todo, até hoje, os 36 anos que eu tenho, eu fui acolhido por uma filosofia que se chama Ubuntu e lá eu só consegui enxergar os ensinamentos de minha mãe. Então, o Ubuntu diz que a gente é o que é pelo todo e não... Eu posso ter tudo e não ter nada, mas só faz sentido se eu tiver tudo e tiver todos, então é aquilo que falei pra vocês: “Sou o que sou, porque [nós] somos”. Então, lá, vivenciando isso, eu acho que, de certa forma, é uma forma de eu estar mais próximo da minha mãe. Era uma pessoa que acolhia todo mundo. Ela poderia não ter pra ajudar, mas ela dividia o dela. Então, eu cresci assim, sempre partilhando as coisas. Eu não entendia quando a minha mãe pegava as minhas roupas e dava pro meu primo usar, porque ele ia passar o fim de semana na minha casa. Ela olhava pra mim e dizia: “Você só tem essa? Você veste essa, que ele veste outra sua”. Então, são coisas que me marcaram muito e me tornaram esse cara aqui, (risos) esse “Shrek”.
P/1 – Está certo, então, Aldo. Em nome do Museu da Pessoa, eu te agradeço muito [pelo] seu depoimento, tá? Em nome da Vedacit também. Muito obrigado, Aldo!
R – Muito obrigado [a] vocês! Obrigado a oportunidade, a todo tratamento da equipe de vocês. Eu acho que, desde o primeiro contato lá da Grazielle, até o dia de hoje, estou muito feliz, assim, de estar na Vedacit, de ter entrado numa empresa que é familiar. Passei por muitas robóticas, de alta tecnologia, mas que você não tinha o mínimo de significância, era apenas uma engrenagem plástica que era substituível. E você vir pra uma empresa que tem uma cultura familiar: você tem voz, oportunidades de crescimento, é reconhecido e respeitado, isso - diante do meu momento de vida, a minha filosofia de vida - é gratificante demais. Obrigado!
P/1 – A gente que agradece.
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