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Por: Angelo Brás Fernandes Callou, 2 de dezembro de 2021

São Longuinho e Essa Gente

Esta história contém:

São Longuinho e Essa Gente

SÃO LONGUINHO E ESSA GENTE

Por Angelo Brás Fernandes Callou

São Longuinho nunca deixou de atender aos meus pedidos. Quando alguma coisa se perde no meu apartamento, é ele quem me concede a graça do reencontro com os objetos sumidos. Mas, de um tempo para cá, anda lento em acolher demandas, ocupado que deve estar com os extravios do Brasil.

Esta semana foi a vez da autobiografia de Norberto Bobbio (O tempo da memória), que desapareceu como num passe de mágica. Como estava entusiasmado com a narrativa do autor, vasculho com afinco os lugares prováveis e improváveis do esconderijo da obra. Até ao cachorro, perguntei. Mas Kalu só aprecia livros velhos, como foi o caso recente do Programa de desenho, da quarta série ginasial, que ficou em frangalhos. Apelo então para “São Milunguinho” (assim que o chamo, devido à intimidade que tenho com o Santo). Em vão. Sem alternativa, voltei à leitura, apenas iniciada, de Essa gente (Companhia das Letras, 2019, 192 p.), livro recente de Chico Buarque de Hollanda.

Chico Buarque não é meu escritor predileto, mas li tudo o que ele publicou. Como deixar de lê-lo? A literatura de Chico tem um jeito tão buarquiano de capturar o leitor, a palavra certa, no lugar certo, no momento exato, como nas letras de suas canções. Às vezes com frases inesperadas do cotidiano, que nem de longe beiram o supérfluo, em virtude da brasilidade de sua narrativa. Aliás, uma brasilidade que só encontro nas peças e nas crônicas de Nelson Rodrigues. Chico sempre falou por nós, na resistência à ditadura e, agora, no fascismo bolsonarista, continua falando... Essa gente que o diga.

Numa espécie de diário, Essa gente descreve a trajetória do escritor Manuel Duarte em 2019, na cidade do Rio de Janeiro, espécie de epicentro do Brasil das milícias, das drogas, das falcatruas, do sexo adoidado, do descumprimento das leis, das favelas tomadas pela violência policial, das balas perdidas, dos...

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