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Por: Museu da Pessoa, 8 de maio de 2018

Registrando Histórias Tradicionais

Esta história contém:

Registrando Histórias Tradicionais

Eu lembro do dia que eu entrei nesse cinema da família, tinha um telão que me fez ficar super emocionada, eu devia ter uns seis anos, sete anos e tal, a família tinha vindo pra cá e se fixou em Viamão e aí, tinha a história do cinema, que eles gostavam muito de cinema, minha mãe e os meus tios foram criados nesse cinema, moravam numa casa com árvores, então eu tenho muita essa memória da minha mãe contando as histórias deles, a minha vó matava galinha, sabe, essa vida bem rural, numa cidadezinha pequena que é Viamão, que é do lado de Porto Alegre, já foi capital do estado anos atrás. Eu sempre tive essa visão deles naqueles córregos de água, tomando banho e subindo na árvore, essa infância da minha mãe ali, naquele lugar. Aí meu avô morreu muito cedo com 45 anos, ele era dentista, e o consultório dele era no cinema. Minha vó ficou com seis filhos e pirou, pirou totalmente, foi para um hospital psiquiátrico, porque arrancou os dentes com os instrumentos do meu avô.

A gente não tinha dinheiro para velejar, mas sabe aquelas coisas que acontecem? A gente rapou a poupança, comprou duas pranchas, duas velas, era material usado, afinal era tudo muito caro na época. E passamos a velejar todos os dias, corríamos campeonato, nunca fui muito atleta, era mais o gostar mesmo. Começamos a andar nessa turma da vela, ia muito no Jangadeiros também, que era um clube perto do lugar onde a gente velejava. Depois passamos a velejar de 470 que é um barco maior que a gente ganhou de um patrocinador. Na época, a gente entrou na PUC, fui fazer minha vida também de faculdade foi bem confusa, mas a gente entrou na PUC e aí, era muito diferente, nessa turma do clube, muito direitista, todos tinham votado no Collor e a gente cheio de opinião, fazendo Jornalismo, não combinava, era um choque. Porque geralmente, essa turma de vela é muito fechada assim, pessoal que nasceu no clube, vive naquele clube e vai morrer naquele clube.

Eu estudei a vida...

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Projeto Pessoas

Depoimento de Tatiana Toffoli Soares

Entrevistada por Karen Worcman e Rosana Miziara

São Paulo, 08/05/2018

Realização Museu da Pessoa

PCSH_HV673_Tatiana Toffoli Soares

Transcrito por Mariana Wolff

MW Transcrições

R – Estava bem na época certa, a época de escalar. Tudo ele escalava, aí você ia cozinhar, quando via, o moleque estava em cima de não sei o que, atrás do armário, subia escada, você tinha que tirar a escada…

P/2 – Essa foto tá ótima, você tá com um sorriso ótimo!

R – Frederico e Lara. A Lara agora tá… isso faz tempo, isso aqui foi quando…

P/1 – Eles estão com quantos anos, agora?

R – Agora, a Lara vai fazer 15 amanhã e o Frederico tem 11. Esse aqui foi no Prêmio… o Baré ganhou um prêmio no Telas, festival de telas, revelação e…

P/2 – Que ano, isso?

R – Isso foi 2016.

P/2 – Agora, mais recente.

R – Recente, é…

P/1 – Onde foi?

R – Foi no Ibirapuera, é um festival chamado Telas que é um festival de audiovisual. Aqui é no Telas também. E aqui com as duas ceras, com as personagens do filme, quando elas vieram para São Paulo. Isso aqui quando eu fiz um curso de piloto.

P/2 – Esse aqui é quando você fez o curso de piloto?

R – É, exatamente. meu ex-marido era um pouco assim, de repente: “Ultraleve, ultraleve”, aí quando viu, comprou um ultraleve.

P/1 – É ele?

R – Não. Esse é o professor, um alemão. E aí, ele falou: “Você quer fazer o curso?”, eu falei: “Claro, né, vou voar com ele sem saber nada de voo?”, achava que era melhor fazer o curso, mas não é assim, qualquer um vai fazer o curso de piloto, porque até voava bem, sabia voar, porque voar é mão, né, é ritmo. Agora, tem uma coisa que se faz quando você faz o curso que é stolar o avião, que é você baixa a rotação do motor e você sobe o nariz do avião até que ele cai e se ele entrar em parafuso para a direita, você tem que dar pedal para esquerda. Se ele entrar em...

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