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Por: Museu da Pessoa,

Produção

Esta história contém:

Produção

Eu ia lá direto [na Farmácia Santa Catarina], imagina só (risos). Como eu já falei, meu pai ficava ruim da garganta e do ouvido, aí ia lá e o Emiliano receitava, dava uma injeção. A farmácia tinha uns quatro ou cinco funcionários, a irmã dele trabalhava na caixa. Aí tinha até um funcionário que trabalhava aqui que também trabalhava lá. E quando a mãe dele ficou doente eu fiquei uns 15 dias trabalhando na farmácia, eu já trabalhava com ele, né? Aí eu fui pra farmácia pra ficar na caixa porque a irmã dele tinha que olhar a mãe, tudo. A farmácia era grandona. A maioria do povo só ia lá naquela farmácia porque naquela época tinha pouca farmácia, e todo mundo já conhecia o Emiliano. Até hoje, se você falar pras pessoas mais antigas: “Você lembra da farmácia do Emiliano?”. Todo mundo lembra.

[Festa de inauguração da fábrica de São Bernardo doCampo] Primeiro teve uma missa, depois fizeram uma carreata, veio todo mundo, veio até o padre. Aí chegou aqui. Isso aqui fora agora tem cerca, mas antes era de madeira. E aí teve uma festa, foi o dia inteiro festa, churrasco, tudo. ele tinha comprado que era uma fábrica de biscoitos, era uma partezinha pequena. Aí aqui em volta era tudo terra. Aí foi aumentando, foi aumentando.

Comecei a trabalhar como Auxiliar de Embalagem, depois já fui pegando as manhas porque até hoje eu sou assim, quando quero uma coisa, eu quero. Eu nunca falo negativo, eu sempre falo positivo. Eu queria aprender a trabalhar na máquina da pomada e quando as meninas iam ao banheiro, eu corria e sentava lá. De vez em quando saíam umas tortas lá, aí elas chegavam lá e brigavam comigo. E eu falava: “Mas eu quero aprender, mas eu quero aprender”. Tanto que eu aprendi e depois fui ser Operadora de Máquina. Aí quando as meninas iam ao banheiro eu já ia pra máquina não ficar parada eu ia nelas, já ia nos comprimidos, ia naquelas que enchiam, não sei se ainda fazem Anecrom. Enchia...

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Dados de acervo

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P/1 – Dona Maria Lídia, bom dia

R – Bom dia.

P/1 – Primeiro eu gostaria de agradecer da senhora ter vindo aqui para essa entrevista. E pra gente começar eu queria que a senhora falasse pra gente o seu nome completo, a data do seu nascimento e a cidade em que a senhora nasceu.

R – Eu me chamo Maria Lídia Rodrigues Figueira. Nasci no dia primeiro de junho de 1943 na cidade do Funchal, Portugal.

P/1 – Fala pra gente o nome dos seus pais.

R – O nome do meu pai, Manoel Figueira e a minha mãe Maria Isabel Rodrigues Figueira.

P/1 – E a senhora tem irmãos?

R – Tenho um irmão que morreu e tenho uma irmã e um irmão vivos.

P/1 – E desses quatro filhos a senhora estava em que lugar nessa escadinha?

R – Eu era a primeira.

P/1 – A primeira?

R – Por isso que saí desse tamanho, fui a primeira, né? (risos)

P/1 – E conta pra gente qual era a atividade dos seus pais lá em Funchal?

R – Meu pai era padeiro e depois trabalhou 14 anos no Curaçao, na Shell, que é negócio de petróleo. E a minha mãe era do lar.

P/1 – E dona Maria Lídia, o que a senhora se lembra da sua casa lá em Portugal de quando a senhora era bem pequena?

R – Ah, eu era muito feliz lá porque lá a gente se divertia, a gente brincava descalço, comia fruta à vontade, era só ir lá no pé pegar. Era muito bom.

P/1 – Que frutas que tinha?

R – Ah, tinha uva, ameixa, pera, abacate, tinha de tudo que tem aqui no Brasil. Só caqui que era muito difícil de achar lá. Cereja.

P/1 – E como era a cidade?

R – A cidade onde eu nasci era uma ilha, chama Ilha da Madeira. Então é uma cidade pequena, a ilha também é pequena.

P/1 – E conta como era a vizinhança. Era pequeno, mas o que tinha em volta da sua casa?

R – Em volta da minha casa. Tinha a minha casa, tinha um terreno grandão que era onde minha mãe fazia plantação. E tinha uma casa do lado e uma casa do outro porque antigamente há 70 anos era diferente, as casas eram afastadas umas...

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