Meu nome é Nataniel Tadeu de Torres Vieira. Hoje é dia 28 de julho de 2020 e esse é o sexto dia da minha jornada de sete dias.
Observando os eventos de hoje, posso contar sobre algo que aconteceu no trabalho pela manhã. Minha função é produzir textos e tinha um conteúdo a ser formulado. Elaborei, seguindo mais ou menos os modelos que já estou acostumado e aguardei aprovação da chefia para publicá-lo, caso estivesse nos conformes. Veio um feedback bem preciso de que é necessário tomar cuidado para não cair no automático. E no quinto dia da jornada falei justamente sobre isso. Realmente o texto caia num senso comum e numa cópia de outros que já tinha realizado. Produzi sem pensar muito e acho que isso é justamente "funcionar no automático". O apontamento foi ótimo e pude reescrever o texto e torná-lo mais funcional e significativo.
Isso tudo me ajudou a ver como o "novo normal" já se tornou automatizado tão rapidamente. Algo que aconteceu no trabalho me fez refletir sobre todas as ações efetuadas no resto do dia e repensar nas atitudes que tenho tomado nos dias anteriores. Se eram realmente as que eu queria ou se só agi mecanicamente. Como todas essas posturas tem a ver com comportamentos que tive que desenvolver por causa da pandemia, como a obsessão pelo termômetro que descrevi no segundo dia da jornada, ou a constante higienização das coisas que sinceramente pré-corona dava a mínima, ou as novas formas de relações que criei, já que isso é tão importante pra mim, como relatei no quarto dia de jornada, fez-me pensar: como agirei quando o normal for o "antigo normal"? Será que voltaremos a ter um "antigo normal" ou o "novo normal" é a ordem estabelecida? A dúvida angustia. Resta-me focar nas coisas a fazer. Mas, esse acontecimento da manhã, já mostrou que fazer as coisas irrefletidamente não é a forma mais genuína. Amanhã tentamos diferente dentro das possibilidades que tivermos.