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Por: Museu da Pessoa,

Pedalando por autonomia

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Meu nome é Leonardo Ferreira de Oliveira, eu nasci em São Paulo mesmo, Hospital das Clínicas, dia 19 de outubro de 1998. Eu fui criado no Taboão da Serra, no Parque Pinheiros, CSU.

Meu pai é Alberto Ferreira Neto, trabalhava como segurança na minha infância, acho que até os meus cinco anos de idade, mas ele trabalhava durante a noite. Meu pai era tipo, só para aquelas horas de brigar, ou sabe fez alguma coisa “eu vou contar para o seu pai”. E minha mãe é doméstica, dona de casa, ela tem deficiência física e auditiva, então ela ficava em casa com a gente, cuidando do lar. Sou eu e mais dois irmãos mais novos.

A rua que eu cresci, e morei até os dezessete anos, é sem saída, então era mais ou menos um condomínio, assim. Todo mundo conhece todo mundo, sabe, tem gente que não gosta do outro, gente que fala da vida do outro, normal. Mas tem pessoas parceiras também, tenho contato com gente de lá até hoje. A casa era simples, uma casa com sala, quarto, cozinha e banheiro. Era na verdade um sobrado, tinha a casa de baixo e a casa de cima, e a gente morava na casa de baixo. Meu tio e minha tia moravam na casa de cima com minhas primas. A minha infância, maior parte do tempo foi assim.

A lembrança mais viva que eu tenho de quando eu era bem novo, acho que eu tinha, não sei, dois, três anos de idade de eu sentado na sala de estar, no tapete, de frente para a TV, ouvindo um DVD de rap. Meu pai botava uns clipes de rap ali e aí que eu comecei a ouvir Racionais, RZO e aqueles clipes antigões. Depois que eu fiquei mais velho, eu via passando e aí eu lembrava “Pô, já vi esse clipe em algum lugar”. E eu sempre lembro dessa lembrança. É por isso que eu gosto tanto de rap até hoje, eu acho.

Eu saí do Taboão com dezessete anos porque… Bom, desde pequeno eu sempre me senti diferente, como posso dizer, uma visão social, uma visão política… Eu acho que a minha família se estruturou de...

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Projeto Conte sua História

Depoimento de Leonardo Ferreira de Oliveira

Entrevistado por Júlio Mesquita, Teresa de Carvalho Magalhães e Leonardo Souza

São Paulo, 27 de setembro de 2019

Realização Museu da Pessoa

Entrevista número PCSH_HV841

Transcrito por Teresa de Carvalho Magalhães

Revisado por Teresa de Carvalho Magalhães

P/1 - Então, a gente começa perguntando seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R- Meu nome é Leonardo Ferreira de Oliveira, eu nasci em São Paulo mesmo, Hospital das Clínicas, dia 19 de outubro de 1998.

P/1 - Onde você mora?

R - Eu atualmente eu moro em Pinheiros mesmo, aqui do lado da Faria Lima.

P/1 - Onde você foi criado?

R - Eu fui criado no Taboão da Serra, no Parque Pinheiros, CSU.

P/1 - E qual o nome dos seus pais, o que eles fazem ou faziam?

R - Meu pai é Alberto Ferreira Neto, trabalhava como segurança na minha infância, acho que até os meus cinco anos de idade, mas ele trabalhava durante a noite. Aí ele dormia durante o dia e trabalhava à noite, sabe assim? Então nunca tive muita presença com ele, muito contato. Meu pai era tipo, só para aquelas horas de brigar, ou sabe fez alguma coisa “eu vou contar para o seu pai”. E minha mãe é doméstica, dona de casa, ela tem deficiência física e auditiva, então ela ficava em casa com a gente, cuidando do lar. Sou eu e mais dois irmãos mais novos. E depois, meu pai, até minha infância ele trabalhou de segurança, como eu disse, e depois viveu como autônomo, fazia trabalhos diversos de pinturas e obras, em geral.

P/1 - Seus pais são daqui de São Paulo também?

R - Meu pai é do Rio de Janeiro, veio para cá com acho que catorze anos e minha mãe é de Minas Gerais, também veio para cá na adolescência. A vida dos dois foi meio difícil, vieram para cá na adolescência, por conta de problemas de família. Minha mãe perdeu a mãe, meu pai tinha uma relação difícil com os pais, bastante irmãos… Minha mãe tem cinco...

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