P/1 - Boa tarde.
R – Boa tarde.
P/1 - Para começar eu gostaria que você dissesse seu nome completo, local e data de nascimento.
R – Ok, meu nome é Luis Carlos Lucietto, eu nasci em Caieiras, 29 de março de 1956.
P/1 - Certo. E você faz parte de qual empresa, de qual instituição?
R – Da Sun Chemical do Brasil, nós somos fornecedores de tinta de impressão para o grupo Tetra Pak.
P/1 - E qual é o seu cargo?
R – Eu sou o gerente geral da empresa.
P/1 - E o nome dos seus pais Luís?
R – Meu pai chamava-se Amarildo Lucietto Filho e minha mãe Leoni Del porto Lucietto.
P/1 - Eles são naturais de qual cidade?
R – Meu pai nasceu em Santana do Parnaíba e minha mãe Caieiras, São Paulo.
P/1 - E a atividade deles?
R – Meu pai era impressor e minha mãe sempre foi do lar.
P/1 - E você nasceu em Caieiras que é uma cidade bem próxima de São Paulo. Você passou sua infância em Caieiras?
R – Também em Caieiras, sempre em Caieiras, só saí de Caieiras dois anos em 1984 e 1985 quando mudei para a Supercor, fui trabalhar na Supercor no Rio de Janeiro.
P/1 - Mas então acompanhou o crescimento da cidade?
R – Bastante, bastante.
P/1 - Como era a cidade na sua infância?
R – Na realidade Caieiras nasceu dentro da Companhia Melhoramentos de São Paulo, a indústria de papel, cresceu devido a ela, a história de Caieiras se funde muito com a da Melhoramentos. Hoje não, hoje Caieiras já tem uma vida própria, deve ter por volta de 75 mil habitantes. Eu acompanhei bem a evolução toda da cidade, desde a minha infância, minha adolescência.
P/1 - Na sua infância a cidade então era uma cidade pequena...
R – Ela continua pequena ainda, só que agora mais moderna do que era antigamente.
P/1 - E você morava onde na cidade?
R – Eu morava dentro da Melhoramentos, meu pai era funcionário da Melhoramentos e nós residíamos lá, morei...
Continuar leituraP/1 - Boa tarde.
R – Boa tarde.
P/1 - Para começar eu gostaria que você dissesse seu nome completo, local e data de nascimento.
R – Ok, meu nome é Luis Carlos Lucietto, eu nasci em Caieiras, 29 de março de 1956.
P/1 - Certo. E você faz parte de qual empresa, de qual instituição?
R – Da Sun Chemical do Brasil, nós somos fornecedores de tinta de impressão para o grupo Tetra Pak.
P/1 - E qual é o seu cargo?
R – Eu sou o gerente geral da empresa.
P/1 - E o nome dos seus pais Luís?
R – Meu pai chamava-se Amarildo Lucietto Filho e minha mãe Leoni Del porto Lucietto.
P/1 - Eles são naturais de qual cidade?
R – Meu pai nasceu em Santana do Parnaíba e minha mãe Caieiras, São Paulo.
P/1 - E a atividade deles?
R – Meu pai era impressor e minha mãe sempre foi do lar.
P/1 - E você nasceu em Caieiras que é uma cidade bem próxima de São Paulo. Você passou sua infância em Caieiras?
R – Também em Caieiras, sempre em Caieiras, só saí de Caieiras dois anos em 1984 e 1985 quando mudei para a Supercor, fui trabalhar na Supercor no Rio de Janeiro.
P/1 - Mas então acompanhou o crescimento da cidade?
R – Bastante, bastante.
P/1 - Como era a cidade na sua infância?
R – Na realidade Caieiras nasceu dentro da Companhia Melhoramentos de São Paulo, a indústria de papel, cresceu devido a ela, a história de Caieiras se funde muito com a da Melhoramentos. Hoje não, hoje Caieiras já tem uma vida própria, deve ter por volta de 75 mil habitantes. Eu acompanhei bem a evolução toda da cidade, desde a minha infância, minha adolescência.
P/1 - Na sua infância a cidade então era uma cidade pequena...
R – Ela continua pequena ainda, só que agora mais moderna do que era antigamente.
P/1 - E você morava onde na cidade?
R – Eu morava dentro da Melhoramentos, meu pai era funcionário da Melhoramentos e nós residíamos lá, morei lá por cerca de 18 anos, depois disso nós saímos, mudamos para a cidade de Caieiras, a cidade mesmo, e lá eu fiquei até recentemente.
P/2 - E Luis, só para eu tirar uma dúvida, a Melhoramentos é a Editora Melhoramentos?
R – É Companhia Melhoramentos de São Paulo, é uma indústria de papel que tem também a gráfica, editora Melhoramentos.
P/1 - E quando você disse que morava na Melhoramentos, é... Eu não entendi, a Melhoramentos tinha um bairro...
R – Não, a Companhia Melhoramentos tinha algumas fazendas, uma delas ficava em Caieiras, então os funcionários da Melhoramentos residiam dentro da empresa, dentro das casas, as casas pertenciam à empresa, e meu pai tinha a casa dele, e foi ali que eu nasci.
P/1 - E você tem irmãos?
R – Tenho uma irmã, minha irmã chama se Ana Lúcia.
P/1 - Mais velha ou mais nova?
R – Mais velha que eu.
P/1 - E quais são as lembranças dessa época da sua infância que você morava na nessa fazenda?
R – Não era bem uma fazenda, mas nós chamávamos de fazendas (risos), nós temos idéia de fazenda um pouco diferente, era muito próximo de São Paulo, o trem em quarenta minutos, trinta minutos estava em São Paulo, então muito próximo de São Paulo, então confundia muito. Lembranças era de uma vida bem diferente da de hoje, dá para se imaginar: tevê preto e branco, sem computador, telefone só orelhão quando tinha, então era uma época bastante difícil. Brincadeira principal era futebol em um campinho, então era uma vida bem diferente da de hoje.
P/1 - E como era a casa que você morava?
R – Era casa dos funcionários, bem legal, era grande, antigas, eram bem antigas, e tinham os bairros dentro da localidade e era muito, circundava pelas igrejas, cada bairro tinha suas igrejas, tinham sempre festas comunitárias dessas igrejas então era a coisa assim bem, o centro era bem dentro da fábrica e depois com o passar do tempo foi se demolindo essas casas e a cidade que foi crescendo com o comércio e assim por diante.
P/2 - E dentro tinha escola?
R – Tinha, tinha escola estadual. Eu estudei sempre em escola estadual, tinha escola, tinha o grupo primário, naquela época, não era preso, era grupo, e era bem gostoso na época, era diferente, os valores eram diferentes, claro.
P/1 - E essa escola era frequentam nada basicamente por filhos...
R – Não necessariamente, não necessariamente, não necessariamente, mas a vida girava em torno da indústria de papel que era a Melhoramentos, era bem legal, bem bacana, bem diferente.
P/1 - Aí então você estudou sempre nas escolas da ali do bairro?
R – Foi, até o ginásio, que a gente chamava ginásio e que hoje é o 1º grau, primeiro grau que vai até oito anos hoje, 1º grau, naquela época o grupo escolar eram quatro anos e depois tinham mais quatro de ginásio, e aí que eu fiz o colegial, que é o 2º grau e aí já fora, que era na cidade até fazer a faculdade que aí tinha que forçosamente sair da cidade que não teve jeito.
P/1 - A proximidade do centro de Caieiras com esse bairro e bem próximo?
R – É, coisas de quatro quilômetros, cinco quilômetros, não é muito longe não, não era muito longe.
P/2 - Você terminou o colegial, você foi direto para a faculdade?
R – Fui, eu tinha um sonho, eu queria estudar na Ilha do Fundão no Rio de Janeiro, não me pergunte porquê, mas eu queria estudar na Ilha do Fundão e no Rio de Janeiro.
P/2 - Então eu vou perguntar, por quê...
R – Eu queria estudar, eu queria estudar química na Ilha do Fundão no Rio de Janeiro e acabei falando: “olha, como eu não fiz cursinho, fiz só colegial, terminei o colegial” e falei: “olha, eu vou tentar a faculdade”, tentei na Oswaldo Cruz fazer a faculdade, “se eu conseguir entrar tudo bem senão eu vou fazer um ano de cursinho e vou prestar no Fundão do Rio de Janeiro”, mas acabei que eu entrei no Oswaldão, os Oswaldo Cruz de primeira assim que eu acabei fazendo a faculdade, fiz engenharia química lá.
P/2 - E a escolha por engenharia química...
R – Acho que foi desde criança, aqueles brinquedinhos, alguns tempos atrás eu ganhei da minha madrinha uns brinquedinhos de química e acho que isso aí foi, ela de alguma forma foi, foi cultivando isso aí, mas foi, foi por aí, aí eu escolhi química e fiz química.
P/2 - E a nesse período você já trabalhava Luis?
R – Trabalhei, eu trabalhei, eu joguei futebol durante um ano no São Paulo...
P/2 - Ah, foi jogador de futebol?
R – Fui, mas isso é coisa que não se lembra muito, porque aí eu tive que optar, no terceiro ano da engenharia tive que optar: ou continuava na carreira de futebol ou faria a engenharia, aí eu optei fazer engenharia, acho que graças a Deus o São Paulo perdeu um jogador, mas ganhou o engenheiro pelo menos. E aí eu optei por engenharia, terminei engenharia, no Oswaldo Cruz, engenharia química, depois eu fiz pós na Usp em polímeros e fiz extensão de administração na FAAP. Essa é minha história, minha carreira e escolar vamos dizer assim. Eu trabalhava nessa época, já trabalhava com tinta de impressão, eu trabalho há trinta e um anos nesse mercado de tinta de impressão e dava aula também, lecionava química, química orgânica para colégios estaduais e colégios técnicos também de química.
P/2 - E o seu primeiro emprego você lembra como foi?
R – Foi dentro da Melhoramentos.
P/2 - Ah, foi dentro?
R – Dentro, eu era assistente da minha irmã.
P/2 - Ah, vocês dois...
R – É, a minha irmã fazia emissão de notas fiscais, expedição, eu era conferentes de notas fiscais. Esse foi o meu primeiro emprego como auxiliar de escritório, muitos anos atrás.
P/2 - Você lembra mais ou menos quantos anos você tinha?
R – Eu tinha 17 anos e naquela época, eu não sei como é hoje, tinha essa questão de alistamento militar e você com 17 anos é problemático você conseguir um emprego e eu consegui naquela época como auxiliar, assistente ou auxiliar da minha irmã como faturista, no faturamento da expedição da Companhia Melhoramentos.
P/1 - Sua irmã continua na empresa até hoje?
R – Não, ela saiu, hoje leciona, ela dá aulas, hoje leciona para o primeiro grau, para escolas estaduais.
P/1 - E você é casado Luis?
R– Eu era casado, sou separado hoje.
P/1 - Tem filhos?
R – Tenho uma filha de dezesseis anos.
P/1 - E você então, nesse período que você estava fazendo a faculdade, você também continuou trabalhando na empresa?
R – Sim.
P/1 - É isso, paralelamente...
R – Sim, sim.
P/1 - Aí, durante a faculdade você acreditou na faculdade, continuou nesse emprego, mudou de emprego...
R – Não, na realidade eu iniciei em uma empresa em Caieiras, eu tenho 31 anos de mercado, como eu disse, e iniciei em uma empresa chamada Imont, não existe mais, tintas de impressão, aquelas indicações que você tem que iniciar em algum lugar e vai trabalhar. Eu iniciei realmente lavando tubinhos de laboratório, limpando tachos para pesar tinta em laboratório, então foi realmente uma carreira de 31 anos conhecendo tudo, todos os níveis de uma fábrica de tintas de impressão.
P/1 - Nessa primeira fábrica, Imont?
R – Imont.
P/1 - Que você trabalhou, tintas de impressão voltadas exclusivamente, nesse período, para indústria, é isso? Que tipo de impressão?
R – Sempre, todo tipo de impressão, já naquela época eu visitava Tetra Pak, para você ter uma idéia, em 1978 a Editora Abril que é uma empresa daqui da marginal, grande também, tintas de jornal, Estadão, Folha de São Paulo, grandes empresas, e depois dessa Imont que eu acho que trabalhei oito ou 10 anos eu fui para o Rio de Janeiro, por isso que o pessoal diz que eu sou botafoguense, um dos defeitos que eu tenho, sou botafoguense. E aí eu trabalhei em uma empresa chamada Super Cor no Rio de Janeiro, depois eu voltei para São Paulo e trabalhei mais nove,10 anos em uma empresa chamada Companhia Química Industrial Brasileira aqui em Cotia, São Paulo, aí eu fui convidado a voltar naquela Supercor no Rio de Janeiro, uma empresa familiar, só que aqui em São Paulo não mais no Rio de Janeiro, eu retornei em 1991 para essa empresa. Quando foi no ano 2000 essa empresa foi vendida para a Tinta Super Cor, foi vendida para Tinta Sun Chemical que a multinacional, é a primeira no mundo, então a tintas Supercor foi vendida para a Sun Chemical eu fiz parte do pacote, nós fomos vendidos em 2000. Então de Sun Chemical mesmo, do Brasil nós estamos com sete anos agora.
P/1 - Só para entender direito, a Sun Chemical é uma multinacional...
R – Multinacional...
P/1 - Na área de impressão, é isso? Fala um pouquinho para a gente.
R – Sun Chemical e uma multinacional, ela tem o seu quartel general em New Jersey, Estados Unidos, ela está presente em cento e sessenta países, contando entre fábricas e escritórios mais de trezentos e vinte entre fábricas e escritórios no mundo todo e ela faz parte de um grupo chamado Dai Nippon japonês, do Japão. Então nós, eu diria assim, somos o primeiro no mundo e se somar o segundo, terceiro ou quarto não chega a Sun Chemical em nível mundial, realmente é a maior do mundo em tintas de impressão, certo?
P/1 - E Luis, você disse que quando ainda estava na Imont você já estabeleceu algum tipo de contato com a Tetra Pak, isso?
R – Sim, sim.
P/1 - Que ano foi isso, mais ou menos?
R – 1978.
P/1 - Setenta e oito?
R – Setenta e oito.
P/1 - Então foi bem no período em que a Tetra Pak inaugurou a fábrica, bem no início das atividades da fábrica da Tetra Pak aqui no Brasil?
R – Eu me lembro que foi março ou abril de 1978 quando eu estive visitando, eu não sei exatamente quando ela inaugurou a fábrica, eu não sei exatamente, mas uma coisa que eu me lembro, é nos primeiros testes que eu fiz na Tetra Pak eu pessoalmente que dirigia a Kombi, eu me lembro disso aí, eu dirigia a Kombi com as tintas, na carga, eu fui testar eu saí de Monte Mor com o resultado, com as tintas, com retorno das tintas em máquinas e tudo, então foi, não só testar o técnico, mas também o motorista dos testes, foi interessante, essa coisa me marcou muito nessa época aí, interessante.
P/1 - E qual foi a sua primeira impressão quando você teve esse primeiro contato com a fábrica, com a empresa?
R – Eu nunca tinha ouvido falar em Tetra Pak, foi a primeira vez que eu ouvi falar em Tetra Pak. Nós fizemos a tinta como se fosse um cliente normal, por não conhecer, e a minha surpresa foi a primeira vez que eu fui à Monte Mor, na época era bem diferente a estrada do que é hoje. Hoje é uma estrada relativamente segura, na época nós tínhamos que atravessar, além de ser mão dupla, tinha muitos animais na pista e a primeira impressão que tive assim é que era um mundo diferente, sem contar com limpeza. Uma coisa que me chamou muita atenção eram os suecos subindo nas máquinas com tamancos de madeira alto, dessa idade assim, muito, eu achava aquilo, como poderia andar com aquilo, ainda mais subindo em uma máquina com os tamancos daquele tamanho, me chamou muita atenção. Mas na primeira a impressão que tive é de uma pessoa muito profissional, eles são muito sérios, como são até hoje, muito profissionais, muito corretos nas decisões deles, e isso é muito interessante para mim, até hoje.
P/1 - E esse primeiro contato com a Tetra Pak, você recorda? Quem foi na Tetra Pak e teve esse contato, que recebeu...
R – Quem me recebeu na época foi um sueco chamado senhor Alf Norman, não está mais lá, todos na Tetra Pak que o conhecem, eu conheci também o senhor Benny Heide que continua hoje sendo o gerente de produção da empresa, então desde aquela época... Passaram vários suecos, várias pessoas, mas são pessoas, eu me lembro bem que são pessoas que a gente trabalhou muito próximo deles de 1978 até agora.
P/1 - Nessa época, desse contato inicial, o seu cargo qual era?
R – Eu era, se não me engano, supervisor de laboratório, era alguma coisa assim, era chefe de alguma coisa, era supervisor de laboratório ou era de controle de qualidade, era uma coisa assim.
P/1 - Não era alguém ligado diretamente a venda então?
R – Não, não, não, eu fazia as tintas, testava as tintas e coloquei no carro porque não tinha na época um motorista disponível, eu botei na Kombi, eu me lembro que era uma coberta e eu levei para testar fiz o teste. Acabamos saindo de lá era uma meia noite e meia, eu lembro que chovia demais aquela noite e fizemos o teste à noite, de madrugada na Tetra Pak, eles ficaram fazendo testes, foi a primeira tinta que, entre aspas, sujou as máquinas deles, porque até então ele só tinha trazido, não, as tintas tinham iniciado um teste e fizeram a impressão de um leite chamado Long, que é do longa vida que até hoje parece que é um dos clientes dele.
P/1 - A primeira impressão então...
R – A primeira impressão foi feito com uma tinta vermelha chamada Long, é uma coisa, nunca tinha visto uma máquina flat daquele tamanho para imprimir uma embalagem de leite, eu não imaginava que fosse assim, para mim foi uma descoberta de um mundo diferente, foi muito interessante isso aí.
P/1 - As tintas que você forneceu nesse período, ela já existia ou ela teve que ser desenvolvida para aquele tipo de embalagem...
R – Não, aí uma empresa multinacional, então só copiou as fórmulas que eram a de fora, então foi muito simples a introdução, mas o grande desafio nosso, eu vou contar um pouquinho do que aconteceu nesse período. O grande desafio nosso ocorreu em Minas 1994, 1995, quando Tetra Pak resolveu parar de trabalhar com tinta base solvente para trabalhar com tinta base água. Esse foi um desafio lançado até para o senhor Benny Heide, como eu disse é o gerente de produção da empresa e que ele jogou no ar assim esse gol, dizendo assim: "Olha, duvido que vocês conseguiram fazer essa mudança de uma forma rápida porque nenhum país conseguiu fazer uma mudança assim tão rápida”. E nós conseguimos em menos de um mês transformar tudo que eles tinham de base de solvente para tintas base d’água, isso que foi uma coisa assim, inacreditável, sabe, com a mesma qualidade, às vezes até superior, mas isso foi mérito até da Tetra Pak Brasil, o número de técnicos que eles têm, pessoas muito comprometidas, não são apenas assim: "Você é meu fornecedor e o problema é seu”. Não, se envolver mesmo, problema, trabalhar juntos e saía muito, mas aprendemos muito com eles.
P/2 - E Luis, só uma pergunta, você falou que foi uma transformação da tinta solvente para tinta à d'água. Isso é uma exigência da Tetra Pak, ela que trabalhava com...
R – Foi, foi uma exigência deles, questão de toxicologia, toxidez, tudo isso, mas não quero entrar muito no detalhe técnico, mas todos pigmentos que são usados para solvente podem ser usados para a água, aí que foi o grande desafio nosso de fazer essa mudança, e foi uma mudança muito boa, muito interessante para eles...
P/1 - Então só para ver se eu entendi. Muitas cores no caso eram disponíveis à base de solvente não tinha um, não existia um...
R – Contratipo.
P/1 - Um tipo, ah, entendi...
R – Vem o desafio, aí vem o desafio para você fazer as mesmas, reproduzir as mesmas tonalidades com matérias-primas diferentes.
P/2 - E a qualidade final de uma impressão à base de solvente e à base de água, existe alguma diferença?
R – Hoje eu diria que não tem diferença alguma, mas antigamente sim, antigamente por penetração, por características específicas de evaporação, tipo de papel usado. Existia diferença no passado, hoje não, hoje eu diria que está igual ou às vezes até superior.
P/2 - Aí só voltando um pouquinho, nós estamos falando da época da Imont, você fornecia e passou a fornecer nesse contato inicial com a Tetra Pak. Nessa empresa você ficou quanto tempo Luis?
R – Oito anos...
P/2 - Durante esses oito anos você manteve a empresa manteve contato com a Tetra Pak?
R – Sim, sim manteve, manteve contato, forneceu regularmente até depois ela passou para outro fornecedor, nós continuamos fornecendo, nunca teve assim uma, uma exclusividade de fornecimento. Essa exclusividade veio em noventa e seis, noventa e sete, não fomos nós no primeiro momento, mas nós iniciamos um trabalho em 1999, fornecemos 100% para a planta do Brasil, ambas as plantas do Brasil e desde janeiro de 1999 nós somos exclusivos fornecedores de tinta de impressão para ambas as plantas no Brasil.
P/1 - Isso, ainda não era Sun Chemical, ainda era Super Cor?
R – Em 1999 era Super Cor e a partir de agosto de 2000 era Sun Chemical, passou a ser Sun Chemical.
P/1 - E a Sun Chemical por ser uma multinacional, como você mesmo disse, você tem conhecimentos de ela fornece tinta para outras plantas e para outras Tetra Pak...
R – Sim, fornece em outras vinte e quatro unidades no mundo, mais duas aqui no Brasil, totaliza vinte e seis unidades do mundo que Sun Chemical fornece para a Tetra Pak.
P/1 - Então é uma parceria mundial?
R – Bastante, é uma parceria de muitos anos também, muitos anos.
P/1 - Existe um desenvolvimento de tintas ou de outros produtos como esse caso da água entre a Tetra Pak e a Sun Chemical?
R – Vários, vários, vários desenvolvimentos, depende muito, é muito localizado depende do mercado, o mercado brasileiro é um mercado muito, muito é muito particular. O mercado europeu é diferente, o asiático já é um pouco diferente também, mas uma coisa que interessantíssima, todos desenvolvimentos que ocorreram no Brasil é uma coisa interessante, partiu de uma idéia ou de algumas idéias e muitas vezes as pessoas não davam nada para essa idéia, uma coisa assim, alguma coisa que às vezes pode achar absurda, ou de difícil execução e de repente e executa-se e começa-se a fazer algumas pesquisas, alguns desenvolvimentos, o resultado é fantástico e acaba se e exportando essas idéias, eu acho que isso é um mérito muito grande, esse relacionamento que existe, coisa bastante interessante mesmo.
P/2 - E assim, você poderia dar um exemplo, falar de um...
R – Ó, eu prefiro, eu não queria falar de termos específicos de processo de Tetra Pak, alguma coisa específica deles, uma coisa deles especificamente. Prefiro dizer que esse desenvolvimento trouxe para Sun Chemical do Brasil especificamente que é minha responsabilidade. Nós, como eu disse, aprendemos muito com esse relacionamento com a Tetra Pak, muito, muito, muito, muito, não pelo grau de exigência, mas pelo grau de profissionalismo que eles têm e a gente não fala isso porque eles são nossos clientes não, porque nós conseguimos nesse relacionamento com eles, nesses trabalhos em grupo que nós fazemos, nesses grupos tarefas que eles criam, nós conseguimos evoluir junto aos e pensar de formas diferentes, atacar um problema de vários ângulos diferentes, eles nos auxiliam muito nisso. Então eu costumo dizer sempre para eles, sempre que tem reunião com eles, que a gente aprendeu muito com eles, aprendeu tanto que a gente começou a criar alguns modelos dentro da Sun Chemical de atendimento ao cliente de prestação de serviço, e isso nós acabamos exportando para fora do país e hoje nós temos esse modelo para, em outras Tetra Pak, os fora do país que eles estão usando esse modelo que nós criamos no Brasil, a Sun Chemical, e quem sai ganhando com isso não é só a Tetra Pak pelo custo-benefício, mas a Sun Chemical pelo nível de profissionais que ela tem no quadro agora. Porque os clientes, a partir do momento que você e aplica esse tipo de serviço, a exigência do cliente é outra, então você muda o perfil do cliente também e você se expõe mais, você presta mais serviço para o cliente também. Então nós mudamos a nossa forma de atuar graças a essa, eu diria assim, essa puxada que a Tetra Pak nos fez acompanhar, ou a gente acompanhava ou gente estaria fora, foi isso que aconteceu.
P/1 - E Luis, eu queria que você falasse um pouquinho porque você foi um, uma testemunha de época, você viu a impressão da primeira embalagem da Tetra Pak, certamente deveria ser uma coisa com poucas cores, poucos detalhes. Hoje você olha uma embalagem que era um realismo quase fotográfico, algumas embalagens de um realismo quase fotográfico. Eu queria que você falasse um pouquinho da evolução e também no que diz respeito às tintas, a impressão nesse tempo.
R – Tudo começou, evidentemente, empresa como a Tetra Pak é muito mais fácil, e também com a Sun Chemical, é mais fácil você trazer a experiência lá de fora para cá, uma vez que as máquinas são as mesmas, que as condições são as mesmas, só que tem um detalhe: as pessoas são diferentes, e o brasileiro tem essa facilidade de se adaptar, de criar, de buscar alternativas. Isso é muito latente na Tetra Pak do Brasil junto com Sun Chemical também, a gente busca alternativas diariamente. Eu me lembro de alguns problemas que ocorreram no início hoje a gente dá risada do que acontecia, acho que isso que você está perguntando especificamente. A primeira embalagem que era o Long eu lembro que eram duas cores, é o vermelho e o azul, pronto, e para acertar aquilo era uma coisa muito difícil também. Eu me lembro que uma vez nós fizemos uma reunião em Campinas para se discutir como poderia fazer uma embalagem com uma laranja cortada ao meio que era uma coisa, assim, muito difícil de você conseguir, fazer uma laranja cortada ao meio e que a pessoa olhasse para o suco de laranja e visse a laranja e sentisse a atração pelo suco e não uma laranja assim, tão ruim, e uma das idéias foi não cortar a laranja, fazer uma laranja fechada porque assim evitaria esse problema de cortar a laranja. Resolveu esse problema laranja. Outro desafio foi conseguir fazer um leite caindo de um copo, aquele quantidade de leite que cai de um copo, exatamente a trama para conseguir aqueles pontos os brancos, pontos cinzas, parece uma coisa muito simples para quem olha para uma embalagem e não sabe o detalhe que tem esse tipo de coisa. Mas isso precisou de um ajuste, uma adaptação da máquina desde a linhadura, do anelox, do fotopolímero até da tinta, saber a quantidade correta, secagem correta, isso foi um trabalho em conjunto, aí foi a evolução. Como você disse, primeira vez que nós vimos a embalagem do tetra prisma, mais comum nessa água de coco que vocês vêem hoje assim, esse laminado uma coisa assim maravilhosa, nós vimos de fora: como é que nós vamos chegar nisso, nesse nível de qualidade? Hoje a gente consegue tranquilamente e muita coisa até superior a eles lá de fora.
P/2 - Então a relação de vocês na verdade é uma relação de parceria, não é assim só a tintas, vocês têm um trabalho constante...
R – Muito, e o problema não é deles, o problema é nosso e a gente tem um trabalho muito transparente, muitos sério, olha, se é, é, se não é, não é, é a única forma que nós estamos hoje, já vamos para oito anos, fizemos oito anos juntos e já vamos para nove anos juntos, uma parceria assim bem aberta, bem transparente e tentar resolver problemas juntos, não é empurrar o problema, esconder debaixo do tapete, se existe o problema vamos tentar resolver juntos. Essa é a relação que nós temos com eles.
P/1 - E com relação ao desenvolvimento tecnológico da Tetra Pak que você já tenha percebido, nós já falamos com relação a embalagem que é claro isso. E no geral, como que eu o observador que tem contato de quase trinta anos com empresa, o que o senhor poderíamos falar sobre isso?
R – Da embalagem ou...
P/1 - Da empresa, da embalagem como um todo.
R – Olha, é muito difícil, primeiro eu tenho um orgulho muito grande de ver nas gôndolas dos supermercados a embalagem Tetra Pak porque eu me sinto parte desse visual, porque a tinta está diretamente ligado à ao visual da embalagem, e se nós vemos hoje embalagem na gôndola dos supermercados, mais diferentes tipos de produtos, e não é só leite, estamos falando aí de sucos, estamos falando aí em chás, estamos falando aí em sopas, estamos falando de uma série de outros produtos, isso me deixa muito orgulhoso de fazer parte deste trabalho todo. Segundo, a pessoa que pega uma embalagem dessa não tem idéia do que vai por trás dessa embalagem, desde a composição da embalagem, que a pessoa abre, usa, joga ou guarda em algum material, alguma coisa, mas a pessoa não tem idéia da tecnologia que tem por trás disso, da preocupação que tem principalmente na questão de assepsia, toda tecnologia que tem para fazer uma embalagem dessa e não é só no que tange à tinta, a tinta tem um detalhe, um detalhe muito importante que é o visual, mas todos os elementos que integram a embalagem: quer seja polietileno; quer seja o alumínio; quer seja o papel; quer seja a forma de imprimir, quer seja a forma de laminar... É toda uma tecnologia que vai terminar nas mãos do consumidor, mas que começa lá atrás na seriedade da escolha do material, dos parceiros, a gente nunca teve uma busca assim: vou buscar esse produto porque ele é mais barato... Não existe isso, existe o que é melhor, o que é o caminho correto, o que é a qualidade, o que é a segurança. Eu me lembro uma vez, há muitos anos atrás, há uns 10 anos atrás, houve um problema em um achocolatado e a Tetra Pak simplesmente recolheu todo o achocolatado que já tinha ido para cliente, que não tinha ido para o cliente, que estava impresso, que não, todo, todo, todo, independente se estava com problema ou sem problemas, só na possibilidade 'de', já recolheu tudo. Isso deu um prejuízo enorme, mas prejuízo para quem? Seria um prejuízo muito maior se deixasse aí essas embalagens, então só na possibilidade 'de' ele já fizeram todo um tipo, não é bem um recall, mas foi uma devolução total de todas embalagens com problema, sem problemas, isso mostra a realmente a seriedade da empresa. Então hoje quando a pessoa fala assim: "ah, eu quero uma embalagem longa vida”. É muito pouco falar só longa vida, que tem muita coisa atrás disso aí e de novo, eu fico muito orgulhoso de fazer parte desse processo todo.
P/1 - E uma preocupação também bastante presente na Tetra Pak é com relação à questão ambiental. Eu queria que você falasse um pouquinho sobre isso, sobre o que você percebe dessa preocupação da Tetra Pak como fornecedor.
R – É a embalagem longa vida é uma das primeiras embalagens difíceis de serem recicladas como ela é, então a primeira preocupação, é uma das empresas que mais me chamou atenção na questão de reciclagem, que eu me lembro de ver móveis feitos com embalagens longa vida já utilizadas, eu lembro de ver telhas, eu lembro de ver manilhas feitas com essa embalagem, até coisas de três, quatro anos atrás que eles inauguraram um centro de reprocessamento onde a embalagem depois de recolhida é retirado o papel, separa o papel do alumínio e do polietileno aí eles podem aproveitar separadamente. Isso é uma coisa ainda, não é toda empresa que se preocupa com esse tipo de coisa, normalmente a empresa não está preocupada com o produto que solta no mercado, haja vista até às embalagens, os papéis que eles usam normalmente é reciclado, os cartões de visitas deles entra com papel reciclado, essa preocupação com o meio ambiente que tem. E nós nessa esteira, acompanhando essa preocupação deles, tem a questão das tintas a base da água, tem a questão de não gerar resíduo dentro da fábrica da Tetra Pak, nós retiramos todo tipo de resíduo no que concerne à tinta, nós ensinamos, nós temos um controle sempre muito rigoroso das tintas que saem das máquinas também, então existe uma preocupação muito grande com o meio ambiente. Isso é uma coisa que há muitos anos atrás eu poderia imaginar que demoraria a chegar no Brasil e hoje essa consciência existe, cada vez maior.
P/2 - E Luis, você contou que atendia a Tetra Pak, que começou em 1978, usava Kombi. A Tetra Pak nesses anos todos que já são vários ela foi se desenvolvendo e você participou desse crescimento. Você pode pontuada algumas coisas em, eu digo até em termos físicos, das próprias máquinas, quantidade...
R – O primeiro crescimento que eu te diria é o crescimento físico dela, vamos dizer assim. Eu me lembro que a primeira vez que foi em setenta e oito era uma empresa enorme, uma empresa grande, mas ela estava ilhada por casas em Monte Mor. Hoje a gente chega na Tetra Pak em Monte Mor a gente vê que ela tomou um espaço enorme na região de Monte Mor. A segunda grande evolução foi em 1999, acho que foi em abril de 1999, foi a inauguração da planta de Ponta Grossa, que é uma fábrica modelo também, já pronta para ser ampliada também. Então na parte física eles evoluíram enormemente como toda empresa multinacional pensando grande, pensando no futuro. Na parte de tecnologia eu me lembro que os layouts da empresa mudaram muito nesses anos, antigamente entrava por aqui saía por aqui, hoje já é completamente diferente o layout da empresa, valorizando exatamente a otimização. A unidade do Brasil eles são pioneiros na questão de World Class Manufacturing, que é o programa de qualidade que eles têm, as duas fabricações muito, são bem de marketing dentro do grupo da Tetra Pak, e tem uma evolução constante, então tudo o que é feito de uma forma não significa que é a última forma de fazer, eles sempre estão procurando melhorias e melhorias, e com isso os fornecedores vêm juntos e quem não vier junto acaba ficando atrás, com certeza.
P/1 - E quando houve essa mudança da tinta, de solvente para tinta à base de água, você sabe se foi necessário também que as impressoras fossem adaptadas ou a tinta…?
R – Não, a adaptação da impressora foi muito pouco… Não houve grandes necessidades, porque lá fora já havia algumas Tetra Pak que usavam à base de água, então o intercâmbio foi muito fácil, como existe ainda algumas unidades que continuam com o solvente também, como tem unidades que continuam trabalhando com a tinta off set. Então depende, é muito diversificado, as embalagens da Tetra Pak não são, o processo é o mesmo, mas o processo de impressão é muito diversificado no mundo todo.
P/1 - No Brasil, o que é diferente uma tinta para impressão off set do que para uma flexográfica?
R – Muito, muito. Basicamente a off set é uma tinta pastosa, uma tinta oleosa, ela não seca, ela penetra basicamente, seca por oxidação, mas é muito pouco, é uma tinta à base água, a base de solvente é penetração e evaporação basicamente é isso, ela é mais limpo, ela é mais fluida, então o processo diferente. A que o Brasil é só base de água, é só flexografia.
P/1 - P/1 - É, é isso que eu ia perguntar. Então no Brasil é só flexo...
R – Só um tipo, só um tipo, flexográfica.
P/1 - E isso já tem algum tempo?
R – Isso desde 2000, creio, 2000, 2001, nós tentamos, assim, uma parte em off set, depois acabou parando, agora é só flexográfica.
P/1 - Falando do ponto de vista da qualidade, entre a impressão flexo e a impressão off set, existe alguma diferença considerável?
R – Off set ainda tem uma qualidade superior devido ao processo que se está, que se aplica, mas esse é um outro gol que nós estamos correndo atrás agora, que é, que dentro da Tetra Pak existe um objetivo de se conseguir uma qualidade idêntica ou melhor que dá off set, mas isso não é só tinta, isso é papel, isso é fotopolímero, uma série de coisas que estão convergindo para esse trabalho, mas já evoluímos muito, já evoluímos muito, muito, muito. Existem outros parceiros de papel, por exemplo, aquela Klabin que é uma empresa muito séria, muito grande e faz um trabalho excelente dentro da Tetra Pak, desenvolver um papel exclusivamente para a Tetra Pak com o objetivo de impressão, de melhor impressão, melhor barreira e hoje nós temos um dos papéis melhores também e que conseguem dar esse efeito que eu estou dizendo, excelente, muito bom.
P/1 - E quando você entrou para esse ramo das tintas para impressão, há vários anos atrás para hoje, o que você pode dizer que mudou na indústria das tintas...
R – De tinta de impressão, muito, muita coisa, muita coisa e vai mudar muito mais ainda. E eu diria que quando eu entrei no Brasil tinha como cinco ou seis fabricantes de tintas de impressão, nós passamos a ter vinte e oito fabricantes de tinta de impressão, hoje devemos ter uns dezoito, dezesseis mais ou menos, mas o mais interessante sobretudo é o mercado como mudou de lá para cá. Antigamente tinta de impressão era misturado pigmento com resina e fazer, moer e essa era a tinta. Hoje existe toda uma tecnologia atrás disso e não é só produto, é uma questão de serviço. Hoje você não coloca tinta mais na porta do cliente e diz: “olha, está aqui, o problema é seu”. Não, você tem que se envolver cada vez mais com o cliente, trabalhar junto com o cliente, mostrar como aplica, se envolver nos problemas deles, nas soluções deles, que não fizerem isso cada vez mais está atendendo a fechar as portas, eu disse, chegamos a ter 28 e hoje nós temos dezesseis, dezessete, esses não sobreviveram, eu creio que teremos muitas mudanças daqui aos próximos cinco ou sete mais ou menos, eu acho que as grandes empresas como a Sun Chemical vão continuar sendo muito grandes empresas, os pequenos continuarão sendo os pequenos, mas as empresas médias e querem sempre, não se profissionalizaram, não se prepararam, não entendem que hoje o mercado de tinta de impressão não é só mais um produto na lata, é muito mais: é serviço, é acompanhamento, é envolvimento, é o comprometimento com o cliente, então quem não tiver só esse conhecimento, pessoas preparadas para isso, nós estamos preparando já as pessoas e há pelo menos cinco anos. Nós estamos, como eu disse, há oito anos na Tetra Pak, vemos o quanto nós estávamos defasados quanto àquilo que o cliente necessitava e como o referencial era a Tetra Pak, evidentemente não temos milhares de clientes com a Tetra Pak em nível de exigência é, pelo tipo de trabalho que ela oferece o mercado também, mas quando nós entramos, nós vemos o quanto nós estávamos distantes da realidade deles, nós dissemos: “não, esse aqui é o caminho, esse aqui é o futuro”. Então muitas empresas estão chegando próximas, não estão no nível de uma Tetra Pak, mas estão chegando próximo a Tetra Pak e nós estamos preparados para atendê-lo e a nossa lição de casa foi a Tetra Pak, o que eles exigiram da gente.
P/1 - E só para pontuar, você até já colocou, a Sun Chemical hoje é a única fornecedora de tintas para a Tetra Pak Ponta Grossa e Monte Mor. E nesses quase trinta anos de convívio e de parceria Luís, teve alguma história, além da história da Kombi (risos) que você se recorde, que tenha sido uma história engraçada, que tenha marcado de alguma forma...
R – História engraçada eu não sei exatamente se teve alguma história engraçada, mas eu sei que uma coisa que me chamou muita atenção é que: primeiro, as pessoas da Sun e da antiga Super Cor que iniciaram em Monte Mor eram pessoas do Rio de Janeiro. Em noventa e nove quando nós iniciamos em abril em Ponta Grossa e especificamente naquele inverno em fez um frio muito rigoroso e nós conseguimos pegar pessoal do Rio de Janeiro, deixar dois meses com o frio que muitas vezes chegou a zero grau, dois graus negativos. Eu me lembro que eu tive que comprar, de emergência, alguns casacos para o pessoal lá que não estava preparado para isso e foi muito interessante, mas mais interessante do que isso foi o pessoal que ficou um mês, dois meses longe de casa para que rodasse bastante, é uma coisa isso marcou muito, as pessoas longe de suas famílias, longe de casa, se dedicando ao trabalho e o pior de tudo, com um frio que nunca tinha imaginado na vida deles, uma coisa que chama muita atenção, passaram muito frio com certeza.
P/2 - E em 2000, então, você está falando que eles ficaram dois meses lá em Ponta Grossa, começando a Ponta Grossa. Isso é natural, assim, são pessoas que a gente pode chamar de técnicos, é isso?
R – Sim.
P/2 - Ficam dentro da fábrica?
R – Sim, porque especificamente Ponta Grossa começou tudo novo, eles iniciaram a empresa em maio, abril, maio, e tinha que iniciar de alguma forma. Monte Mor mesmo, eu pessoalmente fiquei dois dias dentro da fábrica, sem sair da fábrica ele é uma responsabilidade você fazer a coisa rodar, mas o pessoal do Rio de Janeiro veio para cá na época de carnaval, todo mundo fala: "Pô, carioca..." Não, pelo contrário, ele estiveram durante o carnaval todo, deixaram suas famílias, vieram no carnaval até que encontrasse nos mão de obra local em Monte Mor e Ponta Grossa – que não era uma coisa muito simples, estamos falando em 1999 – buscar essas pessoas, treinar essas pessoas para conseguir aos poucos com que elas começassem a se responsabilizar. Hoje todos os funcionários de Monte Mor e Ponta Grossa são de lá, são de Monte Mor e de Ponta Grossa. Hoje as pessoas, o chefes, as pessoas que estão crescendo dentro da empresa viam esse caminho, Tetra Pak, são de lá mesmo, são de Monte Mor e são de Ponta Grossa, isso é muito bom, dar oportunidade para eles e ver que têm potencial, cresceram lá dentro, até isso a Tetra Pak trouxe para a cidade também, e Monte Mor ela trouxe uma oferta de emprego muito grande para as pessoas.
P/2 - Você falou, assim, a sua empresa, ela atende as plantas do Brasil, mas como ela é uma multinacional ela atende outras Tetra Pak no mundo. Você tem essa troca de informações, vocês conversam...
R – Sim, constantemente eu recebo, não vou falar diariamente, mas todo semana eu recebo relatórios do que está se passando em outras cidades, a cada três meses eu participo do encontro trimestral que eles chamam de Kia Call Manager da Tetra Pak, eu participo então eu vou para reuniões na Europa, no Estado Unidos e todos os responsáveis da Tetra Pak em nível mundial, então a gente se encontra muito com o pessoal da Alemanha, da Espanha, da Rússia, da Inglaterra, trocando idéia de como está se passando e as experiências que nós temos aqui e que eles podem introduzir lá, os problemas que eles têm lá que nós podemos ajudar, então esse intercâmbio é muito grande, isso com Sun Chemical, não na época da Super Cor, Super Cor não porque já era uma empresa uma empresa nacional, que não tinha esse intercâmbio de tecnologia, mas com Sun Chemical nós temos esse intercâmbio muito grande, muito grande.
P/1 - No Brasil onde fica a sede dessa química?
R – Aqui em São Paulo, em Cumbica, Guarulhos.
P/1 - A fábrica também?
R – Nós temos quatro fábricas: duas no Rio de Janeiro e duas em São Paulo. A que fornece para a Tetra Pak fica no Rio de Janeiro.
P/1 - Ponta Grossa e Monte Mor?
R – Ponta Grossa e Monte Mor.
P/1 - E Luis, na sua visão, qual a importância da Tetra Pak para história da indústria brasileira?
R – Sempre que a gente comenta sobre a Tetra Pak no mercado, todo mundo tem assim a Tetra Pak como se algo inalcançável, tipo assim: "ah, você está falando a Tetra Pak, isso não é realidade, isso é um mundo diferente, mas isso aí é Tetra Pak, isso não funciona em outros locais." Eu sou testemunha viva de que funciona porque quando nós iniciamos, como eu disse em 1999, nós iniciamos com pessoas abnegadas, foi isso que a gente iniciou, com vontade e querendo fazer um bom trabalho, só, e a gente foi aprendendo, foi criando, foi criando projetos, foi criando procedimentos, foi treinando pessoas, fomos treinando pessoas, fomos no jogando muitas vezes as aventuras: não sabemos o que acontece... Pegar o avião e ir para a Denton ir para Tetra Pak Denton, ir atrás para ver o que está se passando, para ir aprendendo. Então eu digo o pessoal, o pessoal que eu digo ao mercado, ainda tem uma idéia errada quanto Tetra Pak como assim, como se tivesse no Olimpo, isso é bem, isso é bom até certo ponto, mas eu te garanto uma coisa, esse é um modelo que todas as empresas estão buscando, poucos conhecem exatamente como chegar lá, mas todos estão buscando esse modelo de profissionalismo, de perfil de funcionários, que isso uma coisa muito importante, a dedicação que os funcionários da Tetra Pak tem, nós estamos tentando fazer o mesmo esquema, a transparência, a dedicação, o serviço, o World Class Manufacturing nada mais é do que um programa de qualidade, nós temos Sicksin, um programa que também integra com o World Class Manufacturing. Então as empresas estão muito em sintonia com o que a empresa quer, tanto Sun Chemical como a Tetra Pak. Eu diria que ela ainda continua no nível bem diferente, a Tetra Pak continua no nível bem diferente das demais clientes no mercado, mas a indústria nacional de uma maneira geral está tendendo para isso, porque os resultados, cada um do seu jeito, o que a Tetra Pak faz não é o com cliente "A", "B", "C" faz, diferente, mas cada um no seu mercado está buscando essa otimização que hoje tem a Tetra Pak. Então está desmistificação nesse negócio que: o que faz a Tetra Pak ninguém fatos. Não é bem assim, cada um no seu ramo pode atingir a qualidade que eles têm, depende só da dedicação e trabalho, trabalho duro.
P/2 - E Luis, voltando só um pouquinho, eu estava aqui pensando: na década de oitenta o Brasil teve assim sérios problemas com a inflação, e que muitas pessoas sofreram na época. Você estiveram, vocês sentiram isso, vocês, a Tetra Pak, essa relação?
R – Tivemos, com a inflação não tivemos tanto, eu digo mais com a questão do dólar do que com inflação, a inflação diretamente com o consumo, talvez aí sim, inflação, o pessoal aumenta o consumo, eu lembro que os preços naquela época, nós tínhamos lista de preços mensal para todos os clientes, então você imagina, todos os meses passava uma lista nova de preços, mas com a questão da dolarização é que ficou um pouco mais complicado, porque – e não chegou nem nos anos 1980, foi agora mais recentemente – porque aí de uma hora para outra os insumos começaram a custar, absurdo os preços dos insumos de maneira geral, e mesmo para exportação. Então foi um problema que nós sentimos assim juntos os problemas, então nós tivemos alguns programas juntos, mais especificamente – eu estou tentando me lembrar, acho que foi em 2003 – nós entramos com alguns programas, um programa chamado TCP, Total Cost to Print onde nós trabalhamos juntos com eles para buscar save, a economia dentro do processo deles, uma forma de amortizar esses efeitos quer seja de inflação, quer seja de (every tee rate?) de dolarização e os resultados foram brilhantes, muito bom, mas sim, tem problemas sérios, mas muito mais da questão do dólar do que da questão da inflação.
P/1 - É Total Cross?
R – Total Cost to Print.
P/1 - To Print?
R – É, To Print.
P/1 - Ah, certo. E, Luis, a evolução das embalagens da Tetra Pak ao longo desse tempo todo também foi muito grande...
R – Foi...
P/1 - Você mesmo disse. Eu queria que você fizesse um apanhado disso...
R – Algumas coisa que eu me lembro que 1978 a gente só tinha o Longa Vida que era uma embalagem branca com alguns traços – como eu disse – do Long azul e vermelho. Até passar pelo prisma, passar por essas embalagens hoje que a gente vê que ela é totalmente, ela é sextavada, então a fica em pé direitinho na prateleira. Eu me lembro que na primeira vez que me apresentaram na reunião, eu falei: “mas por que vai mudar isso aqui?” Eles falaram: "não, porque senão na prateleira ele cai..." E tem razão, aí quando me apresentaram, eu viajava devia essas embalagens lá fora eu falava: “meu Deus, como penas vão chegar nisso aqui no Brasil?” As embalagens de sopa, embalagens de vinho, chá, imaginava: “puxa, quando isso aqui vai chegar no Brasil?” E chegou muito rápido. Então quando a gente viu que era possível, que a gente imaginava que era possível anos atrás colocar em uma embalagem dessas e hoje do que é possível, eu tentei em uma época até colocar tinta em uma embalagem longa vida, fizemos até uma pesquisa que era uma coisa até lógica de você usar uma embalagem dessa usar a tinta, você raspava eu usava tinta e a embalagem você estava trabalhando com seus fornecedores seu cliente, mas a Tetra Pak foi muito reta nesse ponto: "não, a embalagem é só para alimentos." (risos) descarta a possibilidade que seria uma inovação no mercado, abandonei a ideia há alguns anos atrás.
P/1 - E como consumidor, como você vê, qual seria o diferencial da embalagem da Tetra Pak?
R – Primeiro é, como eu disse, é questão de assepsia, você saber que tem um produto que você pode abrir e você vai estar consumindo uma coisa rigorosamente de acordo com o que está prometido na embalagem, esse é o primeiro ponto. Segundo é, você olha na armazenagem do produto, do produto que tem uma longa vida, a embalagem Tetra Pak de um produto que não tem, é completamente diferente, por exemplo. E nós fornecemos produto para lata, por exemplo, tem produtos que chegam até a ser competitivos, competir com a Tetra Pak, embalagens longa vida e embalagens de lata, a gente fornece também para embalagens de lata, agora cada um, é muito mais uma questão de cultura do que propriamente de utilização dele. A embalagem de vinho, por exemplo, eu não sou um enólogo, mas as pessoas que tomam vinho gostam de ver o vinho na embalagem, naquele, ok, e esse é um nicho específico de mercado, mas nem por causa disso deixou–se de ter embalagem longa vida para o vinho. Então a possibilidade de embalagem é muito grande e está evoluindo cada vez mais, quando a gente, mais uma vez, quando a gente sai daqui a gente sai daqui e vê o que está vendo, antigamente demorava dois anos, três anos uma embalagem, para um produto chegar no Brasil, hoje a questão de meses para lançar–se no mercado, se o mercado vai aceitar ou não é outra coisa, mas para ter viabilidade técnica é coisa de meses aqui no Brasil que é uma coisa que a gente que jamais poderia imaginar antes.
P/1 - Falando no mercado, Luis, isso na sua opinião, como você acha que os consumidores vêem os produtos que são comercializados na embalagem da Tetra Pak, no que diz respeito a embalagem mesmo, qual seria o posicionamento da marca, da empresa no mercado?
R – Eu acho muito, eu acho que a embalagem no Brasil está associada sempre a uma criança, à energia, eles conseguem associar essas coisas, e energia, criança, a vitalidade, a jovialidade, eu acho que eles conseguiram amarrar essas coisas de uma forma muito boa e bem correta e é isso mesmo, eles estão de parabéns com esse foco que eles estão atingindo eles conseguem pegar um público, quando o público quer alguma coisa, assim, de saúde, de saúde, bem estar, eles procuram esse tipo de produto, a embalagem está interligada ao produto, lógico, você vende as duas coisas ao mesmo tempo.
P/1 - E pessoalmente qual é a embalagem mais marcante da Tetra Pak para você?
R – Eu gosto de todas (risos) eu não posso, eu gosto muito dessa que eu disse, do prisma, do água de coco, eu acho ela sensacional porque ela dá um efeito muito interessante na gôndola, na prateleira, eu acho ela sensacional, primeiro também porque foi muito difícil da gente conseguia fazê-la, mas ela de um resultado excelente. Quando você olha da próxima vez que você for ao supermercado e você ver um copo de leite, não pense que aquilo é só um copo de leite, aquilo tem toda uma tecnologia para conseguir imprimir um copo de leite, mas eu prefiro, eu gosto mais da água de coco ainda.
P/2 - E, assim, você estava falando do copo de leite que você já tinha falado antes, um… Eu vou chamar de projeto, esse projeto, assim, normalmente a média dele ficar pronto, de você chegar à cor, à imagem ideal, é quanto tempo?
R – Depende do tempo, porque a questão da tinta é muito rápido, tinta é só você misturar a cor e chegar na cor específica que deseja a Tetra Pak, então no nosso caso é muito rápido, nós temos todas as condições para desenvolver internamente quer seja em Monte Mor, quer seja em Ponta Grossa, agora desenvolver o conceito da embalagem aí já é um trabalho deles e eu creio que demore um pouco mais, mas na questão da tinta é muito simples, muito rápido desde que esteja de acordo com os requisitos pré estabelecidos por eles, não tem problema nenhum, muito rápido.
P/2 - De setenta e oito para hoje, você pensando lá atrás você imaginou que o mercado, o mercado das embalagens ia crescer tanto em relação à embalagem Tetra Pak hoje?
R – Não, honestamente não, honestamente não e engraçado que hoje a gente imagina como vivíamos isso antigamente. Eu me lembro do leite, eu sou do tempo que o leite era trazer de garrafa e deixava na porta de casa ainda, ou então aquele leite em um saquinho plástico que tinha que consumir em um dia, era uma coisa normal naquela época, e quando a gente começava a ver esses produtos, embalagem longa vida, achava que era uma sofisticação e hoje é uma necessidade no dia-a-dia nosso, não é uma coisa do outro mundo, é uma necessidade e quando não tem nós deixamos de consumir porque não tem aquela embalagem, aquele produto e desconfiamos de uma outra embalagem diversas vezes, ok?
P/1 - Só uma dúvida, então as tintas que são desenvolvidas para embalagens da Tetra Pak e elas vão uma cor específica, mistura para você chegar em um tom específico não é feita na Tetra Pak, é feita lá?
R – Sim, é feita sim, nós fazemos no Rio de Janeiro. Na planta, as bases que são mono pigmentadas, um pigmento só e nas plantas, e Monte Mor e Ponta Grossa nós temos pessoas e temos um sistema de dosing que é um sistema de mistura onde chega a mistura e faz a tonalidade específica de acordo com a necessidade da Tetra Pak.
P/1 - Esse sistema de misturas é um sistema de uma máquina da Tetra Pak?
R – Não, nossa.
P/1 - Da Sun Chemical?
R – Da Sun Chemical, mas isso não é um problema, isso você adquire no mercado, é só prestador de serviço nós temos aqui e em algumas outras plantas essa máquina pertence à Tetra Pak para você ter uma idéia. Então que nós fazemos hoje na Tetra Pak Brasil e em outras plantas é a Tetra Pak em faz, entendeu, então varia muito de país para país, de situação, de contrato e assim por diante.
P/1 - Luis, nós já estamos caminhando para a parte final do seu depoimento, eu só queria saber se tem algum assunto, algum aspecto que nós não tenhamos abordada que você gostaria de ressaltar.
R – Não, a única coisa é ressaltar isso, hoje a Sun Chemical do Brasil ela é líder no mercado de tinta de impressão no Brasil, e muito do que nós e muito do que nós conseguimos hoje, essa liderança de mercado, não é só pela qualidade do produto, mas pelo nível de serviço de nós prestamos e nós temos isso porque nós aprendemos isso com a Tetra Pak , nós, ele nos puxaram a isso, eles nos ensinaram isso e a gente aprendeu, treinou e estamos no mercado em função disso, então nós devemos muito, ao nível que mais temos hoje, o share, a participação que nós temos no mercado hoje ao grau de exigência da Tetra Pak e isso nos ensinou muito e nos fez pensar, evoluir e não parar, não pense que por que nós estamos a oito anos, indo para nove anos fornecendo estamos em berço esplêndido, não, pelo contrário, estamos sempre buscando inovar, inovar, trazer coisas, melhorias constantes, tentar resolver problemas juntos, e assim que é parceiro, parceira na aquele que chega assim e diz: “Olha, está aqui o, problema é seu. " O parceiro é aquele que: "vamos juntos resolver o problema. " E a gente tenta fazer parte dessa família.
P/1 - Luis, como você vê essa iniciativa da Tetra Pak com o projeto Memória 50 anos da Tetra Pak, que está fazendo esse resgate da sua história, da história de seus funcionários e de seus parceiros?
R – Eu acho excelente, poucas empresas se atendam por esse detalhe de manter a história registrada, não só com fornecedores e clientes, mas com funcionários que foram quem construíram a história da empresa. Eu sei que algumas pessoas quando ouviram falar que em 1978 eu cheguei com a Kombi lá em Monte Mor, muitos vão se lembrar disso porque estavam lá nessa época, vão se lembrar do seu Alf Norman, vão se lembrar dos primeiros suecos com tamanco de madeira, então são histórias que são resgatadas em depoimentos como esse aí. Acho a iniciativa é excelente muito válida, parabéns.
P/1 - O lema da Tetra Pak é "Protege o que é bom". O que é bom para você?
R – Eu acho que é bom, de maneira geral dizendo, eu acho que é profissionalismo, transparência eu acho que isso é bom, como eu aprendi muito com eles isso é, eu estou tentando aplicar na Sun Chemical.
P/1 - E você gostaria de deixar uma mensagem para a Tetra Pak em comemoração aos 50 anos?
R – Primeiro dar os parabéns para eles, deixar os parabéns para eles pelo 50 anos e tomara que façam mais 50, mais 50 e mais 50, e aí vai, e que essa nossa parceria continue cada vez mais e que seja cada vez mais sólida e que eles consigam cada vez mais colocar essa filosofia deles em prática, que isso não seja só um logo, um tema, que seja realmente prática e eles praticam isso, quer seja no relacionamento com seus clientes e fornecedores, quer seja com seus funcionários. Eu sou testemunha viva disso e agradecer a participação e estou à disposição sempre, tá bom?
P/1 - Para finalizar o gostaria que você dissesse que você achou que ter dado seu depoimento para o projeto.
R – Muito bom, eu achei excelente, não sou artista (risos), mas tudo que a gente faz com naturalidade, falar verdade é muito mais fácil, então a Tetra Pak, é muito fácil falar da Tetra Pak, muito fácil falar das pessoas, porque eles são muito profissionais, então lhes ensinaram muita coisa. É só você dar o testemunho do que aconteceu, você não tem que inventar, você não tem que, é só dizer o que aconteceu, muito simples, é um depoimento espontâneo, não é nada inventado.
P/1 - Luis, então em nome da Tetra Pak e do Museu da Pessoa, nós agradecemos...
R – Eu que agradeço.
P/2 - Obrigada, viu?
R – Obrigado.
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