Meu nome é Nataniel Tadeu de Torres Vieira. Hoje é dia 29 de Julho de 2020 e esse é o sétimo e último dia da minha jornada de sete dias. Em um exercício de projetar o futuro deixo-me jornadear e vou para daqui uns 10 anos, quando provavelmente recordarei vagamente o que e como foi esse momento. Gosto de visualizar as coisas como algo distante, já até embaçado por causa do tempo e das experiências que vieram depois. Como as lembranças de infância que foram relevantes, marcantes, valorosas, mas já estão se dissolvendo pelo tempo. Daqui, dos 10 anos decorridos após aquele período de pandemia em 2020, muitas coisas já aconteceram no mundo e individualmente comigo. Eu já estou chegando no meio século de vida e posso dizer que vivi um pouquinho e vi umas coisinhas por ai. Aquele momento de pandemia serviu para que as pessoas percebessem o quanto a ciência é importante para o desenvolvimento da humanidade. Ainda houve muitos movimentos anti-ciência, mas isso cada vez mais foi se diluindo e o conhecimento, a cultura e os desdobramenros da ciência foram se estabelecendo. Conseguimos evoluir um pouco mais agora. Socialmente ainda estamos em um processo de cura das feridas sociais. Mas, em relação a 2020, avançamos um pouco mais. Até aquele período avançávamos tecnologicamente, mas socialmente carregávamos questões dos séculos anteriores. A tecnologia se desenvolvia a passos largos e socialmente íamos nos passos das formiguinhas. Agora, depois que as coisas começaram a se assentar e ambos começaram a sincronizar seus passos, começamos a progredir. Vou fazer 50 e acho q tenho mais uns 30 ou 40 anos de vida pela frente, no máximo, e creio que não vou chegar a ver tudo acertado - nem sei se a humanidade vai chegar lá antes de se auto destruir - mas, preciso crer que sim.