IDENTIFICAÇÃO Nome, data e local de nascimento Fernando de Melo Plentz. Nasci em Esteio, Rio Grande do Sul, no dia 21 de Maio de 1980.
TRAJETÓRIA PROFISSIONAL Ingresso na Companhia Estou na Companhia há aproximadamente oito anos. Entrei como Operador de Máquinas, no Packaging. Na realidade, existia um colega meu do curso técnico, que já trabalhava como estagiário aqui na Companhia, na época, nesse período era a Brahma que era a empresa que era aqui em Sapucaia, e aí ele me informou que existia a vaga, de operador, eu já tava quase me formando no curso técnico também, achei uma boa oportunidade pra começar uma carreira dentro de uma grande empresa, e foi assim que eu vim pra cá. Hoje eu estou como supervisor de produção.
TRABALHO Momentos marcantes Momento marcante foi no tempo que eu trabalhei como Técnico em Manutenção. Eu era Operador. Trabalhei acho que uns dois anos ou três anos como Técnico, como Operador de Máquinas, que foi a minha primeira função na Companhia e aí depois como técnico operador, como técnico, como mantenedor, que era um técnico de enchedor, um nível operacional um pouco maior, depois fui efetivado a técnico mecânico, que é o GPA de linha, que é o cara que apaga o incêndio da linha, ou seja, a linha parou, ele é tipo o enfermeiro da linha, é o cara que vai dar o primeiro socorro, primeiro combate é o GPA. Então nós tinha um desafio muito grande nessa época era duas coisas, que eu acho assim que foi fundamental, que eu acho que foi muito marcante. Uma delas era a eficiência que a gente tinha numa lavadora que era um caos, era um inferno, digamos assim, a lavadora não tinha eficiência nenhuma, uma máquina que trabalha com 80 graus, é realmente o inferno, que é quente, grande, uma máquina que não enxerga nada lá dentro, só enxerga na entrada da garrafa e na saída, ela faz o processo de lavagem depois enxerga a garrafa limpa na saída da máquina. Então é uma máquina,...
Continuar leituraIDENTIFICAÇÃO Nome, data e local de nascimento Fernando de Melo Plentz. Nasci em Esteio, Rio Grande do Sul, no dia 21 de Maio de 1980.
TRAJETÓRIA PROFISSIONAL Ingresso na Companhia Estou na Companhia há aproximadamente oito anos. Entrei como Operador de Máquinas, no Packaging. Na realidade, existia um colega meu do curso técnico, que já trabalhava como estagiário aqui na Companhia, na época, nesse período era a Brahma que era a empresa que era aqui em Sapucaia, e aí ele me informou que existia a vaga, de operador, eu já tava quase me formando no curso técnico também, achei uma boa oportunidade pra começar uma carreira dentro de uma grande empresa, e foi assim que eu vim pra cá. Hoje eu estou como supervisor de produção.
TRABALHO Momentos marcantes Momento marcante foi no tempo que eu trabalhei como Técnico em Manutenção. Eu era Operador. Trabalhei acho que uns dois anos ou três anos como Técnico, como Operador de Máquinas, que foi a minha primeira função na Companhia e aí depois como técnico operador, como técnico, como mantenedor, que era um técnico de enchedor, um nível operacional um pouco maior, depois fui efetivado a técnico mecânico, que é o GPA de linha, que é o cara que apaga o incêndio da linha, ou seja, a linha parou, ele é tipo o enfermeiro da linha, é o cara que vai dar o primeiro socorro, primeiro combate é o GPA. Então nós tinha um desafio muito grande nessa época era duas coisas, que eu acho assim que foi fundamental, que eu acho que foi muito marcante. Uma delas era a eficiência que a gente tinha numa lavadora que era um caos, era um inferno, digamos assim, a lavadora não tinha eficiência nenhuma, uma máquina que trabalha com 80 graus, é realmente o inferno, que é quente, grande, uma máquina que não enxerga nada lá dentro, só enxerga na entrada da garrafa e na saída, ela faz o processo de lavagem depois enxerga a garrafa limpa na saída da máquina. Então é uma máquina, assim, que dava muito trabalho, então a gente teve um trabalho muito grande em cima desse equipamento, aí, no final da história a gente conseguiu reverter o resultado, botar a máquina no parâmetro que ela deveria estar, buscando fornecedor alternativo, buscando planejamento de novas peças. A sinergia entre a equipe foi muito legal. Isso são tudo fatos que tão tudo documentados, empresas terceirizadas que prestavam manutenção, por exemplo, trocar um correntão, que é uma parte da máquina que movimenta o equipamento, demorar três, quatro... demorar cinco, seis dias, por exemplo, pra terminar uma manutenção. E aí, nós “pegar” nossa equipe, operadores e técnicos e mais alguns terceiros da linha e fechar e dizer: “Cara, nós vamos fazer essa manutenção. A gente consegue?”, “Alguma coisa a gente não sabe. Contrata um cara, que saiba, só pra dizer como é que faz”. Pra ter uma idéia, serviço de seis, sete dias, levamos dois dias pra fazer manutenção com nossa equipe, ou seja, um cara só para coordenar. O cara não botava a mão em nada: “Não, você tem que fazer assim.” Aí a equipe foi lá, fez, aí a sinergia era muito grande, muito grande mesmo. Isso na parte, digamos assim, técnica, e a outra coisa que eu achei, assim, muito interessante, é que nessa mesma época eu trabalhei na linha de retornáveis, ou seja, a maior parte da minha experiência na Companhia foi na linha de retornáveis, na linha de vidros que a gente tem aqui, de meia. Então a gente tinha uma grande divergência de turno do dia e o turno da noite da linha de retornáveis e nesse meio tempo tinha um supervisor só, que ele ficava de dia e controlava os dois turnos, ele ficava um período à noite, um período de dia e aí tinha essa divergência, por exemplo: “Ah, o pessoal da noite...”, me perguntou antes, qual a diferença que tinha. O pessoal da noite achava que o pessoal de dia não fazia nada, só fazia papel e só isso que produziam, e o pessoal do dia achava que o pessoal da noite não fazia nada de papel, não queria burocracia, só queria produzir a qualquer preço. Então existia uma sinergia, uma... Não existia uma sinergia entre as duas turmas. Aí nós, eu com o auxílio do supervisor da linha, criamos uma identidade da linha, que eram os gaudérios da 551. Aí a gente fez boné, fez camisa, fez chaveirinho dos gaudérios, e criou uma identidade, criamos um hino, um grito de guerra, até então não existia grito de guerra nas trocas de turno, criamos um grito de guerra pra unir as duas turmas e foi muito legal. Aí eu me lembro num evento que teve da nossa unidade aqui, foi a primeira vez que a gente chegou, assim, uniformizados com as camisas e realmente que a galera com sinergia, sabendo que aquilo ali não era uma coisa pra... “É, ´tamo junto.”, realmente tava junto mesmo e isso é uma coisa que foi instituída até hoje, ou seja, a galera desde então, quando criou-se a identidade a galera continua unida, eu acho que se tiver que trocar de turno o cara vem, vem pra noite, vem pro dia. Na própria... nas trocas de turno já vê que tem uma sinergia bem maior e os gaudérios tão até hoje, isso foi em 2002, se trocou de supervisor, eu não sou mais GPA, o supervisor que era da época nem está na Companhia mais, foi pra outra empresa e aqueles que foram ficando foram passando para os novos e o novo supervisor que está lá hoje às vezes vem e pergunta pra mim: “Ah, tu tem o slogan, aquele?”, “Tem?”, “Não tem?”, então eu fico muito feliz de ter começado isso aí, é uma coisa que às vezes é pequena, a gente planta um coisa pequena e se transforma numa coisa gigantesca que pega e tem a sinergia de toda linha. Eu acho assim, um marco legal pra mim foi o tempo que eu trabalhava na linha de retornáveis 551. Eu acho que foi o fato que marcou foi essa passagem do tempo dos gaudérios, que eu era GPA. Isso foi um momento assim, foi uma fase que eu tive na Companhia muito boa, assim, umas das melhores fases. Agora eu to de supervisor há dois anos, então são outros desafios, ou seja, tem outras premissas que eu to levando, mas o tempo que se passou, eu acho assim, a parte muito boa a sinergia de linha, assim, era muito boa, hoje ainda se existe, essa sinergia, mas desse tempo que eu to na Companhia, eu acho que esse tempo foi um dos melhores, a equipe que eu trabalhei, hoje ainda temos aí técnico-operadores que ainda são operadores, esse tempo que a gente às vezes começa sendo... Senta num cafezinho, começa a conversar: “Pô, te lembra daquilo?”, “Pô, me lembro.” “Pô, que época boa.”, eles diziam, “Pô, essa época acho que não morreu”. Basta nós “pegar” outras pessoas que tem esse mesmo espírito que a gente tinha, tanto é que dessa turma, hoje nosso quadro de supervisores, se não me engano são sete, quatro deles são dessa turma, dessa turma que foi oriunda da 551, ou seja, um dos supervisores ainda é nosso supervisor, dois supervisores eram operadores, que era eu e o Marcelo que é supervisor também hoje, e o Sandro que era nosso GPA de linha, ou seja, nossa equipe desse tempo hoje está tudo em supervisão ou passou a técnico mecânico, ou seja, são muito poucos ainda que ficaram no nível de operação, a maioria dessa turma, digamos assim, evoluiu, aí já está buscando novos horizontes.
MUNDO DO TRABALHO Cotidiano de trabalho O Supervisor de Produção coordena uma linha de produção, uma linha de engarrafamento. Hoje eu trabalho na linha de descartáveis, na linha de pet, P2 da nossa unidade de Sapucaia e aí ele coordena as turmas, trabalha em cima de planejamento, de produção, em cima do planejamento dos custos que a linha pode está gerando, esse é o nosso trabalho da... gerenciamento da equipe, no caso, das linhas de engarrafamento. Eu trabalhei dois anos à noite e aí eu to trabalhando agora há uns seis meses no período da tarde, no horário da tarde e essa semana eu to cobrindo a ausência de um colega nosso que foi a Jundiaí, dar uma força numa outra unidade nossa lá, então eu to só repondo esse colega nosso que está viajando aí, nesse período aí. Existe muita diferença entre os turnos. Eu basicamente trabalhei em todos os turnos já que possa, que tem na Companhia, nos três turnos, trabalhei no turno administrativo também. Mas um dos turnos da noite, é um turno, como a gente fala, né: “à noite a criança chora e a mãe não enxerga”, essa é a grande jogada que tem a noite. Então muitas coisas acontecem e a gente não, às vezes não chega no dia, ou às vezes um problema que a gente tem à noite, que a gente tem que conseguir monitorar muito bem a informação, ou seja, a informação do fato que ocorreu à noite, chegar a informação correta no turno da manhã ou no turno da tarde, então isso é uma coisa que a gente tem que está sempre batalhando pra conseguir até uma informação correta e coerente com o que aconteceu. E de certa forma também uma informação que às vezes não vem do dia pro pessoal da noite, às vezes as pessoas da noite se sentem um pouco, digamos, esquecidas, porque é quase uma outra fábrica, é quase uma outra realidade que a gente vive à noite. É bem diferente porque é mais calmo, ou seja, o barulho que a gente tem é só da produção, ou seja, o turno administrativo e o turno, por exemplo, das pessoas... gente e gestão, laboratório, a maioria no turno da manhã, então teu contato com as pessoas é quase sempre com as mesmas pessoas, não tem convívio com pessoas diferentes, fornecedores, isso ocorre mais no turno da manhã, no turno da tarde e à noite é mais é a produção, é uma rotina bem rotina, digamos assim. E sem falar nas dificuldades que às vezes é dormir durante dia, ou seja, quando o mundo pára, digamos assim, pra descansar, a gente está trabalhando, mas, como a gente sempre fala, alguém tem que fazer, esse alguém somos nós, daqui um pouco vai vim outras pessoas, a gente vai estar renovando que, como a gente fala, a linha não pode parar, então a gente está aí pra isso. A gente trabalha conforme a malha, conforme vendas, por exemplo, vendas pediu Sukita, a gente produz Sukita, nosso estoque ele é baixo por que, por causa da validade do produto, a gente não pode ficar com o produto muito tempo estocado em casa porque ele tem a validade dele, pra não correr o risco do nosso produto está vencendo aqui dentro. Então, conforme a malha, conforme vendas vai pedindo, o pessoal de planejamento, de logístico lá, nosso, vai fazendo a nossa demanda, nós vamos produzindo, então a linha pode está tanto produzindo Pepsi e aí tem a necessidade de uma outra linha, por exemplo, há uma quebra de uma outra linha aí e tu tem a necessidade de produzir, tu pára aquela linha, faz toda a parte de assepsia, que é a limpeza, faz a limpeza do mixer que é onde faz o produto e aí tu pode iniciar com um novo produto, muda a garrafa, muda o rótulo, muda a rolha e temos um novo produto na linha. A linha é uma só pra vários produtos, e na nossa unidade também a gente tem a disponibilidade de ter uma outra linha que faz vários tipos de embalagem, por exemplo, a gente tem uma linha que é a 562 que ela faz apenas P2, só dois litros, garrafa de dois litros. Já na outra linha que é a 561 a gente faz dois litros, dois e meio, P600, que é o 600ml, e agora tem mais um lançamento que é um e meio. Então é uma linha que faz muito set up, muita troca, então é como a gente fala, tem que ter uma equipe quase que de fórmula 1 pra fazer um bom pit stop, digamos assim. Parou, a gente tem um tempo certo de fazer a troca, ou seja, se é quatro horas a gente tem que fazer em quatro horas porque esse é o nosso tempo de fazer a troca, ou seja, parou rodando P2, que é dois litros, vai voltar fazendo P600, ou seja, tu muda toda a estrutura duma linha, tu tem quatro horas pra fazer isso e aí muito planejamento, muita conversa, muito diálogo com a galera pra que, pra fazer no tempo estimado e não perder nem eficiência nem produtividade.
PROGRAMAS DE QUALIDADE Programas de Excelência - PEF Hoje nós trabalhamos em cima do PEF porque está nos balizando e nos diferenciando das nossas unidades, ou seja, mostrando o que a gente pode fazer de melhor ou o que a gente faz melhor que as outras unidades e também está mostrando as boas práticas que a gente tem para as outras unidades também, ou seja, se a Companhia quer crescer, não adianta uma unidade crescer, a nossa visão tem que ser sistêmica e está ajudando as outras também. E pra isso, a eficiência, a produtividade é extremamente importante, ou seja, uma boa produtividade baixa o custo, produto no chão, atender o mercado que é um grande objetivo nosso produzir com qualidade, com segurança e atender o mercado e aí nisso tudo com uma boa eficiência e uma boa produtividade, que é o que vai estar nos garantindo uma qualidade, um resultado, um lucro também, no final da história toda. Então a eficiência a gente está sempre controlando, hora a hora, a gente tem buzinas na linha, quando a linha bateu a meta toca a buzina, parece um navio essa fábrica aqui às vezes. Então as três linhas tem buzina, bateu a meta, então fechou, por exemplo, vai fechar agora uma hora da manhã, a linha bateu a meta, toca a buzina, está todo mundo sabendo, se a pessoa está em outra área ela: “ó, alguma linha bateu a meta horária dela”, tocou a buzina e é uma coisa bem interessante que às vezes, por exemplo, dá duas, as duas linhas bate a meta, as três linhas, então um começa a brincar com o outro e aí você: “pô, beleza, é isso que a gente quer da galera, galera motivada pra dar um bom resultado”. O PEF existe, se não me engano, há sete, oito anos já que é o período que eu to na Companhia, é o período quando eu entrei na Companhia. Eu tinha três meses de casa, digamos assim, tava recém passando meu contrato de experiência, já sofri uma auditoria de PEF. Só que aquele tempo o PEF era, o programa era bem mais sucinto que ele é hoje, hoje ele é bem mais detalhado, bem mais estruturado, muitas coisa ainda no papel, era muita planilha manual, hoje a gente tem um sistema, era todo um sistema hoje, ou seja, antes uma auditoria de PEF o auditor vinha realmente pra ver todo o teu trabalho e como ele foi feito, mas tava tudo na mão da unidade, digamos assim. Hoje o auditor já vem pra uma auditoria sabendo já o teu trabalho, sabendo se ele tem consistência ou não, porque é tudo on-line. Hoje... Antes, por exemplo, um operador de enchedora nosso não tinha um micro na linha, era tudo no papel ali, o controle de qualidade, se fazia a análise, mas o controle é no papel, o apontamento do g-pack que controla nossa eficiência e produtividade era no papel, depois o supervisor pegava aquilo, consolidava, mandava pro gerente, o gerente consolidava, mandava pra administração. Hoje está produzindo, a administração central, o Ceng, que nos ajuda, parte de engenharia, está vendo on-line se a linha está produzindo, se a linha está parada, por exemplo, se uma linha partiu às onze horas, o Ceng está sabendo que partiu às onze horas, a linha parou eles sabem que a linha deu uma parada de dez minutos, de catorze minutos, on-line, ou se tem algum atraso de dez, quinze minutos que é o tempo que a coleta demora. Então muita coisa mudou desses oito anos pra cá, e também mudou também a - como vou te dimensionar, a idéia do PEF, o que que o PEF mostra, o que que ele te pede. Ele te pede realmente a excelência, então não adianta uma unidade ir bem um ano e mal no outro, ela tem que ter consistência porque aquela unidade que não ficou entre as melhores num ano, com certeza ela vai correr pra ficar entre as melhores do próximo ano, ninguém quer perder.
CULTURA DA EMPRESA Valores/Metas A cultura AmBev vem se aprimorando a cada ano que passa ela vem se aprimorando, por quê? Porque baseado na nossa missão e na visão, várias visões foram feitas desde Brahma, depois AmBev e visões que a gente olhava às vezes e dizia: “pô, é uma visão bem otimista, uma visão bem arrojada” e aí quando nós ia olhando e observando, no passar dos tempos uma visão que era pra cinco anos, em três anos já tinha cumprido aquela visão, ou seja, é sinal que a cultura está bem implantada dentro da Companhia, e a gente está conseguindo os objetivos. De cultura, das culturas, assim, que a gente prega muito, agora tem outras culturas que a gente está, depois da InBev vem a... a cultura está se remodelando mas a cultura da AmBev, por exemplo, gastar sola de sapato, pô, a gente gasta muita sola de sapato, a gente corre atrás mesmo, ou seja, o gerente fabril, o gerente de packaging em outra empresa, por exemplo, é o cara da gravata que fica sentado na salinha dele, o cara que fica lá, bonitinho, tudo formal. Já na AmBev não existe muito disso, isso é o que me motiva muito trabalhar aqui dentro, e o que a galera gosta muito de trabalhar dentro da AmBev é isso aí, a informalidade, ou seja, o contato do gerente fabril é dentro da fábrica mesmo, é vendo problema, está resolvendo junto com a operação. Isso é uma coisa que eu acho que muito importante na AmBev e essa cultura com certeza não vai mudar, ou seja, estar onde o fato está acontecendo, não saber por um memorando, por um e-mail, não, realmente ele foi lá, viu e verificou o problema na hora. A outra coisa é “utilizar o tanque reserva”, ou seja, a gente usa os recursos que a gente tem até o fim e sempre buscando minimizar isso, ou seja: “bom, a meta de água está com dois e doze”, “bom, nossa meta é buscar, pra bater o acumulado, dois. Vamos buscar?”, “Vamos.” De qualquer jeito, nós vamos buscar e a gente busca. Por quê? Porque todo mundo está afim do mesmo objetivo. Então este tipo de cultura eu acho que é muito forte, né. Outra coisa que a gente vê bastante, assim, que depois que começa a trabalhar, é honrar, no caso, a nossa marca, ou seja, a gente vai no mercado, vê a concorrente: “Poxa, levar a concorrente? Não, vou levar a nossa.” E aí está cada vez mais incentivando o cara que não é, por exemplo, um parente, o pai, a mãe, uma irmã: “Pô, comprou este produto aí, é concorrente, compra da nossa lá porque sabe que está fazendo um produto bom. Compra que é bom.” Às vezes parece uma paranóia, não é, mas... a gente acaba ficando meio que doutrinado no negócio. Aí com a fusão - isso foi uma coisa interessante - com a fusão foi meio que deu uma balançada, pô, antes, por exemplo a gente não era muito fã do Antarctica, do Guaraná Antarctica. Aí nós produzindo na linha, quando vê um dia deu a fusão, a gente achava que não ia ser tão rápida, que as coisas na AmBev acontecem muito rápido e acostumado com o tempo da Brahma, as coisas aconteciam numa certa rapidez, mas não tão rápida quanto aconteceu a fusão, né. Aí nós vimos, encostaram as carretas com vasilhame de Guaraná Antarctica, daí a gente olhou na linha: “Meu deus, cara, quando que a gente ia imaginar estar produzindo Guaraná Antarctica aqui dentro agora, né?.” Produzir Guaraná. Aí, nisso teve uma fábrica de Canoas que veio pra cá, a operação veio pra cá, toda aquela equipe de Canoas veio pra cá com uma outra cultura também que acabou virando a cultura AmBev depois, mas tinha a cultura da Brahma, tinha a cultura da Antarctica, então eram duas culturas, similares mas existia alguma diferença entre as duas, que depois acabou igualando com a cultura AmBev. Então foi uma época de transição bem legal, porque alguns paradigmas que a gente tinha, pô, nunca vai produzir, hoje está produzindo. E aí, depois disso, só alinhou e a Companhia está nesse patamar que ela está hoje, está crescente.
EMPRESA AmBev/InBev A InBev, no tempo da... vindo numa projeção da Brahma pra AmBev foi um choque muito, digamos assim, um choque, mas uma mudança de cultura bem, como vou dizer assim, mensurável porque muita coisa mudou, veio pessoas de outras unidades trabalhar com nós, alguma cultura diferente. Já com a InBev, o que a gente percebe é que a nossa cultura da AmBev está sendo ensinada pras outras empresas que se agregaram a nós agora, então pra nós não mudou muita coisa, teve uma mudança ou outra mas foi mais na parte de igualar e balizar conceitos, não teve uma mudança muito grande. Aí, o que mais mudou foi acho que a importância que a gente deu pra Companhia que a gente trabalha hoje, o tamanho e o potencial que tem a Companhia hoje. Isso acho que foi uma das grandes mudanças que a gente percebeu, foi esse tipo de atitude da galera, pô, umas das maiores, era uma coisa que a gente tinha uma visão antes aí, pô, tinha uma visão um tempo atrás de ser, pô, líder do Brasil, depois líder na América Latina, pô, agora está se expandindo duma forma imensurável.
MUNDO DO TRABALHO Relações de trabalho Ah, isso tem inúmeras coisas engraçadas. Se eu for te listar aqui nós vamos passar quase a noite toda conversando. Mas teve inúmeros fatos, de pegadinha que a gente fez com os caras. Eu, no tempo que eu era técnico mecânico, eu era um cara que era muito... eu era meio que o psicólogo da linha, ou seja, o supervisor fazia a parte burocrática e eu dava a parte de motivação para os caras da linha. Então tem inúmeras histórias que tu lembre, por exemplo, existiu épocas dessa nossa mesma equipe que, eu não sei se foi liderada por mim ou não, ou se foi liderado por outro que era meio o “revolucionista” da turma, que nessa época, se não me engano, em seis meses, a equipe existia, eu acho que eram sete, oito pessoas - cinco dos nossos componentes se separaram nesse meio tempo. Foi um fato que começou, por exemplo, um separou e aí dali separou foi pra outro e foi se separando, foram cinco pessoas separaram em menos de seis meses. Ou seja, eles acharam que tinha alguma coisa na linha que o cara fosse pra linha ele se separava e aí esse fato ficou bem marcado porque depois a gente, como tinha essa sinergia tanto dentro da linha, fora da linha também era, a sinergia era muito grande, ou seja, saía dentro da fábrica, se reunia todo mundo ou na sede, da sede já ia já pra outros lugares, pra festa, pra zueira, então o nosso convívio era quase 24 horas. Às vezes tu saía daqui às cinco horas da tarde, ia comer um churrasco, ia prum baile, prum arrasta-pé, qualquer coisa que fosse, ia em casa, dormia um pouquinho, no outro dia tava de novo. E aí era uma família, realmente era uma família. Então, assim, fatos, fatos, teve muitos, né.
PROJETO MEMÓRIA VIVA AmBev Importância da história/Importância dos depoimentos Eu acho importante essa iniciativa da AmBev pra valorizar muito o trabalho que a gente tem aqui dentro, ou seja, quando eu falo pra minha equipe, por exemplo, quando a gente está em busca de um resultado, sempre a primeira coisa que eu prego para eles é a seguinte: quem vai fazer o negócio acontecer não é o Plentes sozinho, é a equipe do Plentes, o Plentes é só um cara que vai te dar os atributos pra ti fazer o negócio que acontecer, agora, quem faz e quem não faz é a nossa gente, quem está aqui dentro. Então se a AmBev é o que ela é hoje é por causa das pessoas que ela tem aqui dentro e são pessoas muito bem qualificadas, pessoas muito bem preparadas porque aquelas pessoas que não tem, de repente, um preparo e ainda falta, a Companhia sempre busca estar capacitando essas pessoas também, né e eu acho importante, então, fazer um acervo, registrar essas coisas que aconteceram com nós e com certeza vão acontecer muitas coisas ainda, pra ter um registro, ter um histórico de como que a Companhia foi evoluindo, ou seja, qual foi o pilar, qual foi o artifício que a Companhia usou pra chegar onde chegou e basicamente foi as pessoas. E eu vejo, assim, um diferencial muito grande, às vezes conversando com pessoas de outras unidades, a gente percebe da filial Sapucaia pras outras é as pessoas, entendeu? As pessoas acho que assim... a gente, as pessoas que trabalham em Sapucaia eu acho que são excepcionais, digamos assim, acho que é uma equipe muito boa mesmo. Eu acho que, acredito eu que um dia que eu for pra outra unidade vou sentir muita saudade desta equipe aqui, muita mesmo.
ENTREVISTA Avaliação/Recado Eu acho que no decorrer da conversa eu consegui passar o histórico, como funciona e também estar, assim, demonstrando a minha satisfação em estar na Companhia, pelas oportunidades que ela me proporcionou e me proporciona até hoje, ou seja, pessoa na AmBev ela chega até o ponto que ela quer, ou seja, a Companhia está aqui, está te dando recursos, está te dando incentivos pra ti crescer, agora, ela não vai te pegar pela mão e vai te puxar, ou seja, vai atrás que ela vai junto contigo. Então, me sinto satisfeito de estar na Companhia, isso é o fundamental do meu depoimento, espero crescer muito ainda, acho que toda pessoa tem que ter um objetivo, acho que o infinito é a nossa palavra chave na Companhia, estamos sempre insatisfeito, eu acho que se está bom, amanhã pode está melhor. E também estar buscando tudo isso que a gente faz dentro da Companhia pra nossa vida pessoal, entendeu? Poxa, tem um objetivo, ou seja, trocar um carro, custa tanto, custa valor x, dá pra buscar? Dá. Então “Vamos lá, vamos planejar que dá”. E esse ensinamento eu acho que é básico, que a AmBev consegue proporcionar para nós, ou seja, em termos de planejamento, em termos de liderança eu acho que é perfeito. Por isso sou satisfeito. Um recado que eu quero deixar pras pessoas que vão está assistindo meu depoimento que se quiserem apreciar um pouco do nosso trabalho visitem nossa unidade, visitem um pouco... pra conhecer um pouco disso que eu acabei de relatar, conhecer um pouco da nossa gente, eu acho que vão se surpreender com o que vão encontrar e equipe. Acho assim, as pessoas que vem pra Sapucaia vão encontrar uma grande equipe e com certeza as pessoas que saírem de Sapucaia vão sentir saudades de uma grande equipe também. Acho que esse é o recado que eu queria dar pras pessoas que, meus colegas que vão está assistindo o meu depoimento aí.
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