Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Por: Museu da Pessoa, 22 de maio de 2014

O dom da profecia

Esta história contém:

O dom da profecia

Vídeo

Meu nome é Maria da Conceição Pereira Marques, nasci em Sabinópolis, Minas Gerais, em 29 de março de 1951. A minha avó, eu acho que nasceu em Portugal. A minha avó trabalhava muito com linha, fazia linha no fuso, fazia linha e bordava, aquela coisa de Portugal, tudo ela fazia a mão, fazia vinho de folha de figo, fazia fumo, plantava pé de fumo e ela mesmo fazia o fumo, que tirava, às vezes ajudava, ela fazia o fumo e fazia o rolo do fumo e fazia até o pó. Ela plantava o algodão e fazia aquele montão de algodão e fazia no fuso a linha e costurava com a linha que ela fazia em casa. Eu conheci só a avó por parte de pai, ele tinha um amor muito grande por ela, quando a gente mudava, primeiro ela fazia o quarto dela, pra depois fazer o nosso. Minha mãe não sabia ler nem escrever, o meu pai sabia bem ler e escrever. Eu conheci só a minha avó materna, mas ela não morava em Sabinópolis, ela morava em Belo Horizonte com os outros filhos. O meu pai que cuidava de tudo, ele era muito honesto, muito trabalhador. De filhos, eram sete meninas e um menino, minha mãe não deixava o meu pai ir sozinho, ele ia com a minha mãe, com as crianças, o meu pai tocando, o povo dançando e minha mãe dando mamar pra criança, era muito engraçado, e eu dormindo aqui no pé dela. Eu sou a terceira das mais novas.

Quando a gente morava na roça eu tinha que ir pra escola. A minha mãe, ela não trabalhava direto fora, naquele tempo não usava mulher trabalhar fora, minha mãe cozinhava pros caras que ajudavam lá o meu pai e tinha um monte de criança pequena. Então o meu padrinho era juiz de direito, antigamente usava dar as crianças pra quem tinha mais condição, no caso, se faltasse a mãe ou o pai, o padrinho ou a madrinha assumia, que tinha condição. Eu era uma das primeiras da classe, eu passei forte, fizeram um vestido muito bonito pra ganhar o diploma. Eu era muito forte em Língua Portuguesa. A professora mandava eu fazer composição, mas eu quase que...

Continuar leitura

Dados de acervo

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

Do benzer ao resgate histórico
Vídeo Texto

Lucília Francisca de Souza

Do benzer ao resgate histórico
Benzedeira de tudo
Texto

Hilda Martinha Vieira

Benzedeira de tudo
Vídeo Texto
Bendizendo o Saber
Vídeo Texto

Idalina Devinhale

Bendizendo o Saber
fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.