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Por: Museu da Pessoa, 7 de julho de 2007

Do benzer ao resgate histórico

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Meu nome é Lucília Francisca de Souza. Nasci em Nova Lima em 12 de agosto de 42. Meu pai chamava Antônio Francisco de Assis. Minha mãe, Miriam Francisca Miranda. Meu pai era lavrador, mexia com carvão. E a minha mãe era doméstica, do lar. Nós morávamos no mato mesmo, em uma roça mesmo. Meu pai mexia com carvão, a minha mãe fazia doce, mas tudo lá na roça. Morei com eles até os sete anos. Depois dos sete anos, eles mudaram lá para São Sebastião de Águas Claras. A gente tinha uma casinha por lá e já estava na época também de eu ir para a escola. E lá começou a vidinha da gente.

Eu brincava de roda, morava pertinho do grupo. Tinha hora de aula. Ajudava a mamãe a fazer doce. Terminava os doces a gente ia brincar, só que não brincava até tarde, porque não tinha luz, era tudo escuro. Brincava até ali umas oito horas e ia para casa, ia dormir. E assim foi a vida da gente. Ir para aula, brincar, ajudar no serviço da casa, até que a gente foi crescendo, saiu da escola. Saí da escola, eu estava com 11 anos. Fiz só até a terceira série, porque não tinha também mais grade de estudo. Então para ficar muito à toa a gente arrumava uns (carrolé?), fazia uns bordados, ajudava na casa, aprendia a bordar. Ninguém nunca me ensinou, aprendi com minha espontânea vontade.

Aos 19 anos, eu casei. Não freqüentava baile porque papai não deixava. Papai nunca deixou a gente dançar. Eu gostava, adorava dançar, (risos) mas ele não deixava, não. Nós nunca freqüentamos um baile. Eu fui morar perto deles mesmo. Continuou a vidinha de casada, ajudando eles. Eles também me ajudando, porque logo de início eu tive o primeiro filho, ele sofria de paralisia infantil. Foi a minha luta. Ia em Belo Horizonte, faziam massagem nele, voltava para casa de pé, andava nove quilômetros a pé, indo e voltando todo dia.

Nós cantamos na roda. Nós estamos sentadas lá na praça, cantamos. Outra hora, quando é música de roda nós damos a mão,...

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