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Por: Museu da Pessoa,

Ninguém cai duas vezes de avião

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Ninguém cai duas vezes de avião

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Cristiano de Freitas Fernandes, eu nasci no Rio de Janeiro em 14 de fevereiro de 1973. A minha mãe é do Rio de Janeiro, filha de militar da aeronáutica e o meu pai é do Ceará, da cidade de São Benedito. Meu avô era um homem bastante elegante, muito simpático, era engenheiro da força aérea, ele servia na base aérea de Santa Cruz, foi onde eu nasci, porque o meu pai também é militar da Aeronáutica. Eu tenho uma irmã mais nova, que é a Juliana.

O meu pai pescava camarão com o meu avô, no Rio de Janeiro, eles se conheceram na força aérea. Meu avô queria que o meu pai conhecesse a minha tia Ivonete, que era a mais velha das duas filhas, a Ivonete e a Isabel, a Isabel minha mãe. E aí armou um almoço na casa deles e o meu pai acabou se apaixonando por uma menina de 14 anos, que hoje é minha mãe. Meu pai acho que já tinha 25 anos. E eu nasci quando a minha mãe tinha 16 anos. Eles foram inicialmente morar na base aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro e depois meu pai foi transferido para Natal. Eu lembro bem de Natal, porque em Natal, quando eu completei 5 anos, nós tivemos um acidente de avião, nós voltamos do Rio de Janeiro para Natal, num avião Bandeirantes, com mais ou menos 15, 16 pessoas e houve uma falha do copiloto que trazia o avião, batemos na laje de uma fábrica, o avião perdeu as 2 asas, depois ele capotou, só não esmagou todo mundo, porque a cauda do avião foi amortecida em 2 coqueiros que nasceram em V. Foi uma experiência bem amarga e que meu deixou um pouco traumatizado em relação avião, mas hoje em dia eu não tenho mais nenhum preocupação, porque ninguém cai 2 vezes de avião. Minha mãe estava com 4 meses de gravidez, éramos meu pai, minha avó, a minha mãe e eu, eu sai pela janela do avião, porque uma das sobreviventes pegou uma pedra e foi quebrando as janelas. Apesar do avião ter ficado bastante destruído, ninguém morreu no acidente, algumas pessoas ficaram bastante feridas, mas ninguém morreu. Eu...

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0:14 (P/1) Dr. Cristiano, eu gostaria de saber seu nome completo, local e data de nascimento?

R - Meu nome é Cristiano de Freitas Fernandes, eu nasci no Rio de Janeiro em 14 de fevereiro de 1973.

0:30 (P/1) Posso te chamar de Cristiano?

R - Claro!

(P/1) Cristiano, seu pais são do Rio de Janeiro?

R - A minha mãe é do Rio de Janeiro, nasceu lá, filho de militar da aeronáutica e o meu pai é do Ceará, da cidade de São Benedito, no interior do Ceará, na divisa com o Piauí.

0:55 (P/1) Como é que é o nome da sua mãe?

R - O nome dela é Isabel Cristina e do meu pai é Ubirajara.

1:03 (P/1) Vamos falar um pouquinho da família de cada um. A sua mãe nasceu no Rio de Janeiro e é filha de militares, você conheceu os seus avós?

R - Conheci os meus avós maternos e paternos, conheci os 4. Só que os pais do meu pai já faleceram a bastante tempo, em São Benedito, Ceará. E o meu avô por parte de mãe também já faleceu, coraçãozinho dele não aguentou. E hoje por parte de mãe eu só tenho a minha avó, a dona Jacira, que hoje mora no interior do Rio de Janeiro.

1:44 (P/1) Cristiano, você chegou a conviver com os seus avós maternos?

R - Convivi muito com eles, praticamente todos os finais de semana eu estava com eles, lá no sítio, porque eles tem um sítio no interior do Rio, que tem piscina, várias árvores frutíferas, é um lugar super gostoso, e é um lugar que eu mentalizo toda vez que eu preciso ter calma e paz.

2:10 (P/1) Quando você pensa na sua avó e no seu avô, que histórias você lembra deles? Eles nasceram no Rio também?

R - Nasceram no Rio, os dois. As histórias são histórias curiosas, porque o pai da minha avó era português e casou com uma carioca, e os avós do meu avô, um era negro e a outra era índia, então saiu mameluco, mameluco não, caboclo, né? E aí a árvore genealógica foi se dividindo. Mas eu me lembro muito dos meus avós em razão das festas que eles faziam, as festas juninas, da construção da...

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