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Por: Museu da Pessoa,

Olha o maquinista!

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P/1 – Para começar nossa entrevista, vou perguntar para o senhor o seu nome completo, o local e a data de nascimento.R – Nome completo, João Carlos de Mendonça Vasconcelos Filho, porém ninguém me conhece por esse nome. Conhecem como Comandante Mack.P/1 – De onde vem esse apelido?R – É uma história longa. Primeiro, deixa eu dizer uma coisa: a satisfação de estar aqui. Foi um prazer muito grande conhecer vocês pessoalmente. Posso chamar todo mundo de vocês, né?P/1 – Claro.R – Gente que quer falar e saber coisa de trem, me agrada muito isso.P/1 – Que bom! É um prazer recebê-lo aqui também.R – Obrigado. Vamos ao apelido, posso começar bem do comecinho?P/1 – Claro! R – Lá vem a minha ligação com o trem. Eu nasci na Rua Real da Torre, 1308. Lembro do número, dito pelos pais.P/1 – Que cidade e que data?R – Em Recife, no ano da graça de 1935, no dia 18 de julho. Quando eu tinha aproximadamente um ano, nós mudamos para a casa do meu avô materno, que morava na Rua Padre Lemos em Casa Amarela, número 785. Quase cruzamento com a Avenida Norte atual, que é por onde passava o ramal da Great Western of Brazil Railway, que fazia a ligação do Brum com Camaragibe. Eu muito pequenininho, no braço, me lembro... Isso é memória infantil e existe. A menina que tomava conta de mim, a babá – naquele tempo se chamava empregada de menino –, disse: “Vamos ver o trem! Vamos ver o trem!” Isso passou a ser um sacerdócio, “Vamos ver o trem”, e quando ninguém me levava eu chorava e ninguém sabia por quê; porque o trem estava passando e eu não tinha ido ver. A ligação com o trem começou por aí. Quando eu estava com aproximadamente cinco anos, meu pai, ferroviário, mudou-se para uma casa que ele tinha construído com o auxílio – embora os ingleses não pagassem bem, fazendo um parênteses aqui, eles tinham alguns adendos, algumas...

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Um Trem de Histórias

Registro e Disseminação dos Saberes e Ofícios da Rede Ferroviária do Nordeste –

Módulo Pernambuco.

Depoimento de João Carlos de Mendonça Vasconcelos Filho

Entrevistado por Claudia Leonor e Fernanda Prado

São Paulo, 01 de julho de 2010

Realização: Museu da Pessoa

Entrevista MRFP_HV030

Transcrito por Karina Medici Barrella

Revisado por Jader Chahine

P/1 – Para começar nossa entrevista, vou perguntar para o senhor o seu nome completo, o local e a data de nascimento.

R – Nome completo, João Carlos de Mendonça Vasconcelos Filho, porém ninguém me conhece por esse nome. Conhecem como Comandante Mack.

P/1 – De onde vem esse apelido?

R – É uma história longa. Primeiro, deixa eu dizer uma coisa: a satisfação de estar aqui. Foi um prazer muito grande conhecer vocês pessoalmente. Posso chamar todo mundo de vocês, né?

P/1 – Claro.

R – Gente que quer falar e saber coisa de trem, me agrada muito isso.

P/1 – Que bom! É um prazer recebê-lo aqui também.

R – Obrigado. Vamos ao apelido, posso começar bem do comecinho?

P/1 – Claro!

R – Lá vem a minha ligação com o trem. Eu nasci na Rua Real da Torre, 1308. Lembro do número, dito pelos pais.

P/1 – Que cidade e que data?

R – Em Recife, no ano da graça de 1935, no dia 18 de julho. Quando eu tinha aproximadamente um ano, nós mudamos para a casa do meu avô materno, que morava na Rua Padre Lemos em Casa Amarela, número 785. Quase cruzamento com a Avenida Norte atual, que é por onde passava o ramal da Great Western of Brazil Railway, que fazia a ligação do Brum com Camaragibe. Eu muito pequenininho, no braço, me lembro... Isso é memória infantil e existe. A menina que tomava conta de mim, a babá – naquele tempo se chamava empregada de menino –, disse: “Vamos ver o trem! Vamos ver o trem!” Isso passou a ser um sacerdócio, “Vamos ver o trem”, e quando ninguém me levava eu chorava e ninguém sabia por quê; porque o trem estava...

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