Projeto Correios 350 Anos
Depoimento de Sandra Carolina Queiroz
Entrevistada por Márcia de Paiva
Rio de Janeiro, 23/11/2013
Realização Museu da Pessoa
BRA_CB019_Sandra Carolina Queiroz
Transcrito por Mariana Wolff
MW Transcrições
P/1 – Bom dia, Sandra.
R – Bom dia.
P/1 – Queria come...Continuar leitura
Projeto Correios 350 Anos
Depoimento de Sandra Carolina Queiroz
Entrevistada por Márcia de Paiva
Rio de Janeiro, 23/11/2013
Realização Museu da Pessoa
BRA_CB019_Sandra Carolina Queiroz
Transcrito por Mariana Wolff
MW Transcrições
P/1 – Bom dia, Sandra.
R – Bom dia.
P/1 – Queria começar pedindo que você me diga seu nome completo, local e data de nascimento.
R – Meu nome é Sandra Carolina Peters Queiroz. Eu sou de Brasília, nasci dia 13 de fevereiro de 1983.
P/1 – Você cresceu em Brasília?
R – Sim.
P/1 – Como é que foi a sua infância lá?
R – A infância lá foi ótima, né, Brasília é uma cidade super tranquila, assim, a gente morava num condomínio, né, fechado, bem assim, onde tinha muitas crianças, a gente andava de
bicicleta na rua, brincava debaixo do bloco, foi uma infância bem legal assim! Não tenho nada a reclamar, não.
P/1 – Você tem irmãos?
R – Tenho, um irmão mais novo.
P/1 – Seus pais tinham ido pra lá pra Brasília há muito tempo?
R – É, o meu pai, ele é do Rio, e ai, ele mora lá tem ns 35 anos, eu acho, minha mãe é do Paraná também e se conheceram lá, né, em Brasília. E ai, eu nasci lá, eu e o meu irmão somos de Brasília.
P/1 – E o quê que eles fazem lá?
R – A minha mãe é designer de interiores e o meu pai trabalha nos Correios.
P/1 – Ah, seu pai trabalha nos Correios?
R – Trabalha. Eu acho que ele tem 35 anos de Correios. Assim que ele chegou em Brasília, foi… que lá tinha uma escola, né, dos Correios e ele fez, chamava ESAP e a, ele…
P/1 – Perdão, como é que é o nome?
R – ESAP.
P/1 – ESAP.
R – Escola… agora eu esqueci o nome, mas assim, você passava numa prova, né, e ia trabalhar pra… ia estudar pra entrar nos Correios. É bastante conhecido lá e ai, ele desde então, mudou pra fazer essa faculdade e trabalhar nos Correios, né?
P/1 – E ainda tá trabalhando?
R – Tá, ainda trabalha lá.
P/1 – Me diga o nome do seu pai e da sua mãe.
R – O meu pai é Claudio Pereira de Queiroz e a minha mãe é a Sandra Mara Peters Queiroz.
P/1 –
E você, como é que foi a sua formação?
R – Na faculdade?
P/1 – É, você escolheu o quê? Como é que foi?
R – Eu escolhi Administração, né, porque meus pais são administradores e convivendo o dia a dia deles, né, eu me identifiquei e falei: “Quero fazer Administração também”. Na minha família também tem outros administradores, então foi tudo se encaminhando, né?
P/1 – Você fez lá na UNB?
R – Não, eu fiz em faculdade particular mesmo.
P/1 – E ai, qual foi o seu primeiro emprego?
R – O meu primeiro emprego, assim, fixo foi nos Correios. Eu comecei assim que eu sai da faculdade, eu comecei a estudar para concursos, né, porque Brasília pede, né, esse mercado de concursos e fui estudando, né? Formei em 2004 e assim, logo em seguida já comecei a estudar pra concurso. Passei em alguns, inclusive no dos Correios.
P/1 – Escolheu os Correios?
R – Escolhi os Correios.
P/1 – E ai, você foi trabalhar em que área?
R – Primeiro fui trabalhar na área de RH, né, fiquei… eu tenho sete anos de Correios, né, fiquei cinco anos, cinco, seis anos nessa área, e ai depois, agora, eu tô na área de pesquisas, né, pesquisa de mercado.
P/1 – E me conta um pouquinho da área de RH, como que é o trabalho, o quê que você fazia?
R – Quando eu entrei, eu trabalhava com integração, que os Correios têm vários projetos, né, esportes, cultura e eu já fui direto pra essa área, que é uma área que eu me identifiquei, porque eu nado desde pequena. E lá nos Correios, como é patrocinador da natação, eu já me envolvi, né, nessa área. Então, achei bem interessante, já participar dessa coisa de esportes, de cultura, né?
P/1 – Mas ligada a patrocínio ou ligada a atividades pra…
R – Não, atividades pros funcionários, né? Que era uma área que hoje não existe mais, que chamava DIs, um ramo do departamento, e ai, hoje o nome é DERET, se eu não me engano. E assim, ai eu fiquei lá uns dois anos trabalhando, depois fui pra área… da área de RH, fui para Universidade dos Correios, que é a parte de treinamento, capacitação. Lá, fiquei três anos, né? E ai, depois, eu quis mudar um pouco e fui agora, para uma área diferente, de negócios, né?
P/1 – Quem entra passa por essa faculdade? Por esse treinamento?
R – Hoje não, hoje é assim, é concurso publico, né? Existiu há algum tempo atrás a ESAP, mas agora é concurso publico.
P/1 – E você sabe mais ou menos assim, você trabalhou com RH, há um numero grande de funcionários em Brasília?
R – Sim, lá em Brasília tem um numero grande de empregados, eu só não sei o numero certo, né? Mas é bastante e lá, onde na universidade, a gente trabalhava com todos os treinamentos, né, a gente fazia os treinamentos, eu trabalhava mais especificamente com a parte de bolsa de estudos…
P/1 – De?
R – Bolsas de estudo, né, que a gente dá esse incentivo aos empregados, né, empresa, né, ai eu cuidava de toda essa parte.
P/1 – De bolsa de estudo pra cursos em geral, pra…?
R – É, para ensino superior, né, inglês, espanhol, idiomas, mestrado, doutorado. Foram três anos trabalhando nessa área.
P/1 – O Correios incentiva os funcionários…
R – Incentiva, incentiva…
P/1 – A continuar estudando?
R – Tem esse incentivo.
P/1 – E ai assim, depois você passou para a área de…?
R – Pesquisa.
P/1 – Me conta que tipo de pesquisa que voes fazem.
R – Aqui, a gente tá fazendo uma pesquisa, né, aqui, da exposição, dos comerciantes filatélicos, expositores, sobre o quê que eles estão achando da exposição, sobre o mercado dos Correios, né? Então assim, a gente trabalha focado nisso, também a gente trabalha com os produtos, faz pesquisa sobre os produtos dos Correios, né?
P/1 – Mais ligado a pesquisa de opinião?
R – Também. São vários tipos de pesquisas que a gente faz pra apresentar para a área de negócios, né?
P/1 – E já tá dando uma ideia assim, nesses quatro dias?
R – Já, já! Eu, como tem um ano que eu tio lá nessa área, então assim, é o meu primeiro… assim, em campo, a minha primeira experiência em campo, então já tá dando pra pegar bastante coisa.
P/1 – Vocês fazem um questionário, como e que é?
R – É, a gente montou todo um questionário, né, pra… todo um planejamento, né, a gente chama briefing, né, que a área solicitou, a área de filatelia lá dos Correios. Nós montamos o programa com questionários para aplicar para cada publico alvo, né, a gente teve o publico de expositores filatélicos, filatelistas, publico em geral, das crianças, e ai, a gente vai juntar todos os dados e fazer um relatório. Bem interessante.
P/1 – E o quê que você tá achando aqui da exposição?
R – Era um mundo assim… o meu pai, ele trabalhou na área de filatelia muitos anos. Eu só conhecia por alto assim, né, só sabia o que era selo e agora que eu vi como é, né? Os selos, cada coisinha, como os filatelistas têm essa paixão, né, pelos selos, é muito interessante, é um mundo que eu não conhecia, apesar de trabalhar nos Correios e tô assim, bem assim, como é que se diz… me fugiu a palavra, mas assim, é diferente, sabe, é uma coisa assim, por exemplo, eu gosto de esportes, né, então eu gosto de natação, é a minha paixão, então é a paixão deles assim, é muito interessante, tem gente que tem… é uma honra vir para a exposição, eu acho que é bastante interessante.
P/1 – E ai, você sabe me contar assim, alguma historia, desses seus anos de trabalho?
R – Então, eu tenho uma historia assim, mais ligada ao esporte, como te falei, desde pequena, os Correios tem um campeonato de natação lá nos Correios, né, por esse patrocínio, e ai, desde pequenininha eu participava, né, desse campeonato e ai, teve um tempo que eu parei pra estudar, parei pra estudar, parei de nadar pra estudar e larguei de mão. E ai, depois quando eu passei no concurso, eu ainda trabalhei com essa parte, mas não tive mais vontade de nadar, né? E ai, depois de um tempo, falei: “Vou voltar a nadar” e voltei a participar desse campeonato, tem uns três anos que eu participei e assim, lá eles têm muito esse incentivo do empregado participar das atividades esportivas e quem consegue os melhores índices nesse campeonato tem uma clinica fora do país, né?
P/1 – Tem uma?
R – Uma clinica de natação fora do país, nos Estados Unidos, eles escolhem cada ano um lugar e ai, em 2010, eu voltei a nadar e consegui, voltei, né, consegui um índice bom pra ir pra essa clinica, né…
P/1 – Você foi pra onde?
R – A gente foi pra Florida, Fort Lauderdale e eu acho esse incentivo do Correios ótimo, né, porque incentiva você a fazer uma prática de esporte, né, e assim, agora eu não largo mais, né, porque uma coisa que eu tinha uma paixão quando eu era pequena e larguei de mão, ai depois de mais velha, através dos Correios, né, deu esse incentivo. Eu acho super legal.
P/1 – Você ainda participa das competições?
R – Participo. Tô lá, sempre participando, ai desde 2010, desde quando eu voltei, que teve essa… esse presente assim, né, falei: “Poxa, tanto tempo parada e agora consegui, vou continuar”.
P/1 – E lá, você ficou fazendo o quê? Treino, treino mesmo, aprendendo prática?
R – Isso. Lá, a gente tem… é uma clinica que assim, não é uma competição, né, lá, como é referencia da natação, os Estados Unidos, eles mostram o jeito como tá o nado, as técnicas, como você pode melhorar, até pra essas competições mesmo, né, e a gente ficou uma semana lá, participando, né, e volta super empolgado, né?
P/1 – E tinham outros brasileiros?
R – Tinha. É uma equipe de empregados dos Correios, né, que eu… assim, funciona dessa forma: a gente tem um campeonato regional, que cada regional faz a sua seleção, né, ai os oito melhores tempos do Brasil vão para o nacional, e ai, os quatro melhores tempos vão pro… é uma seletiva, né, vão pra essa clinica.
P/1 – Bacana! Parabéns.
R – Obrigada. E ai, é bem legal assim, o incentivo e isso muda também no meu dia a dia, né, como eu tenho essa… esse incentivo a mais, eu já tenho mais disposição pra trabalhar, pra fazer outras coisas, né, na minha rotina do dia a dia.
P/1 – Bacana.
R – Muito legal.
P/1 – Sandra, você queria deixar mais alguma coisa registrada também aqui?
R – Não, é só dizer que assim, eu adoro trabalhar nos Correios, né, eu vivo os Correios desde menina, pelo meu pai, até me emociona (risos), e assim, agradeço muito os Correios por tudo, desde pequena, né, do que a gente viveu, né, e do que eu trabalho lá, com essas atividades, com os amigos que a gente faz, né, é bem legal!
P/1 – Pelo Brasil inteiro?
R – Pelo Brasil inteiro.
P/1 – De lá, você mandava carta para os seus pais? Da Florida?
R – Não, não mais. Hoje não tanto, né, que é mais e-mail.
P/1 – Computador no lugar…
R – É! Não tanto, mas podia, né? (risos) É isso!
P/1 – Tá Sandra, obrigada por ter vindo colaborar com a gente.
R – Obrigada vocês.
FINAL DA ENTREVISTARecolher