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Personagem: Roberto Takaharu Oka
Por: Museu da Pessoa, 10 de janeiro de 2012

Nacional Kid

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“Eu tive uma infância bem tranquila no Tucuruvi. Brincava na rua, como toda criança, e gostava muito de ler revistas e gibis; teve até um tempo na minha vida em que eu pensei em ser dono de banca de jornal. Na feira, na frente da peixaria do meu pai, tinha uma banca, e tinha um senhor lá que vendia revistas usadas. Elas eram bem mais baratas e eu vivia pedindo ao meu pai um dinheirinho para comprar. Meu primeiro trabalho foi como bancário, mas logo abri um negócio na Brigadeiro Luís Antônio, na galeria do Cine Paulistano, que foi a venda de LPs usados. Eu escutava muito esse comentário na minha família: ‘Nossa, ele vende disco usado.’ Era um pouco depreciativo, mas mesmo assim eu fiquei com loja e banco por algum tempo. Dali passei para a Galeria do Rock: loja 309. Eu comecei com uns sócios e, mais para a frente tive a minha própria loja, a Vinil Records, que ficava no número 348. E, bom, nesse meio tempo eu fazia viagens ao Japão, porque meus pais estavam lá e sempre tinha alguém me pedindo uma encomenda. E eu sei que nesse vaivém fui tendo cada vez mais contato com a cultura japonesa, ficando cada vez mais interessado. E, na volta de uma dessas viagens, eu aproveitei uma oportunidade para abrir outra loja na Liberdade. Eu abri uma loja que eu considero, e talvez consiga provar, que foi a primeira loja de anime do Brasil. Quando eu comecei ali, no início dos anos 90, vendia mais filmes tipo Ultraman e também aqueles desenhos japoneses antigos que passavam na TV nos anos 70: Super Dínamo, Fantomas. Muitos vídeos originais: Kamen Rider, Changeman, Jaspion, Jiraya. Mas a virada desse comércio aconteceu com o aparecimento do Pokémon. O Pokémon, quando explodiu, foi um marco. Deu tão certo que a gente começou a se aventurar no universo do anime; até mesmo a fazer eventos de anime. Posso dizer que a minha loja também é precursora de eventos e participação. Nós fizemos praticamente todos os primeiros eventos desses...

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P/1 – Bom senhor Roberto, primeiramente muito obrigado por ter aceitado nosso convite e estar participando do nosso projeto. Pra começar nossa entrevista eu queria que você falasse pra gente seu nome completo, o local, e a data do seu nascimento.

R – Meu nome é Roberto Takaharu Oka, sou de São Paulo, Capital. Nasci no Tucuruvi, dia 13 de julho de 1965.

P/1 – E o nome do seus pais?

R – Meu pai se chama Takashi Oka, japonês. E minha mãe Sumiko Oka.

P/1 – E você tem irmãos também?

R – Tenho um irmão. Vanderlei ¬¬¬¬¬¬¬Yasuhisa Oka.

P/1 – Ele é mais velho ou mais novo?

R – Mais novo, dois anos.

P/1 – Bom, obviamente você é de descendência japonesa...

R – Sim.

P/1 – Você sabe a história da sua família aqui no Brasil? Quando que eles vieram, quem foi que veio?

R – A minha mãe nasceu no Brasil, a minha avó veio... isso foi no começo assim da imigração japonesa, pra trabalhar na lavoura, no café. Meu pai veio depois da guerra, situação muito difícil no Japão, foi primeiro pra Amazônia, lá tinha um... acho que um tratado com o Japão que eles davam terras pros japoneses, mas ele não se adaptou e veio pro, pra São Paulo.

P/1 – Você sabe em que período que ele veio pra São Paulo?

R – Acho que ele chegou, mais ou menos, na década de sessenta, no começo.

P/1 – Quando você fala São Paulo, é São Paulo, Estado ou a Cidade?

R – Na capital mesmo.

P/1 – E em que bairro que ele veio ficar?

R – Ele deve ter vindo assim, na Zona Leste, na Vila Carrão.

P/1 – E aqui em São Paulo, a que ele se dedicou?

R – Então o meu pai começou a trabalhar como jardineiro e depois que casou com a minha mãe, né, a família dela trabalhava no ramo de peixaria e ele também se dedicou a esse ramo.

P/1 – Você conhece essa história de como eles se conheceram?

R – Bem, os japoneses assim, da época, né, eram sempre apresentados, então, alguém conhecia meu pai e apresentou pra minha mãe....

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