Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Por: Museu da Pessoa,

Meio retirante

Esta história contém:

Meio retirante

Vídeo

P1 – A gente pede pra que você fale seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Eu me chamo Marcelino Juvêncio Freire, nasci em 20 de março de 1967. Fiz quarenta anos em março, neste ano. Nasci em Sertânia, no alto sertão de Pernambuco, pertinho de Arcoverde. Quando eu estava com dois anos de idade, a família foi morar em Paulo Afonso, na Bahia, depois foi para o Recife.

P1 – Fala um pouquinho dos seus pais, Marcelino. Nome, profissão...

R – Meu pai se chama Antônio Juvêncio Freire, casado com dona Maria do Carmo Freire. Maria do Carmo Freire, conhecida como Carminha. Eles tiveram nove filhos. Eu sou o caçula. São oito homens e uma mulher. Meu pai era comerciante, na verdade tinha umas terras lá em Sertânia. Terras que vinha a seca, acabava com tudo e tinha que reconstruir tudo de novo. Minha mãe não queria de jeito nenhum essa vida, de ficar o tempo todo reconstruindo, se renovando. O que ela fez? Insistiu que insistiu que queria ir embora de lá. Levou o pessoal todo pra Paulo Afonso, na Bahia, que ela já tinha alguns familiares lá. Todo mundo foi pra Bahia, pra Paulo Afonso. Na verdade, minha grande lembrança não é nem de Sertânia, é de Paulo Afonso. Eu não lembro em nenhum momento, depois estive lá, conheci Sertânia e tal, mas não me lembro em nenhum momento da paisagem de Sertânia. Minha paisagem é de muita água, de cachoeira. Cachoeira de Paulo Afonso, imensa, que eles me levavam pra visitar quando pequeno. Aquelas pontes que você atravessa, assim, vê aquela cachoeira imensa... Aí também as coisas não estavam muito boas em Paulo Afonso e foi quando ela levou a família toda pra Recife.

P1 – E nessas andanças, sua infância, fala um pouco do seu cotidiano, do cotidiano da casa, dos amigos. O que você lembra disso?

R – Foi como te falei: tenho mais lembrança de Paulo Afonso. Lá eu lembro das cachoeiras, dos amigos, da escola. Quando eu achava que ia ficar em Paulo...

Continuar leitura

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF

Projeto Memórias da Literatura

Depoimento de Marcelino Juvêncio Freire

Entrevistado por Eduardo Barros e Bruno Conde

São Paulo, 19 de abril de 2007

Realização Instituto Museu da Pessoa

Código: ML_HV003

Transcrito por Lúcia Nascimento

Revisado por Joice Yumi Matsunaga

P1 – A gente pede pra que você fale seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Eu me chamo Marcelino Juvêncio Freire, nasci em 20 de março de 1967. Fiz quarenta anos em março, neste ano. Nasci em Sertânia, no alto sertão de Pernambuco, pertinho de Arcoverde. Quando eu estava com dois anos de idade, a família foi morar em Paulo Afonso, na Bahia, depois foi para o Recife.

P1 – Fala um pouquinho dos seus pais, Marcelino. Nome, profissão...

R – Meu pai se chama Antônio Juvêncio Freire, casado com dona Maria do Carmo Freire. Maria do Carmo Freire, conhecida como Carminha. Eles tiveram nove filhos. Eu sou o caçula. São oito homens e uma mulher. Meu pai era comerciante, na verdade tinha umas terras lá em Sertânia. Terras que vinha a seca, acabava com tudo e tinha que reconstruir tudo de novo. Minha mãe não queria de jeito nenhum essa vida, de ficar o tempo todo reconstruindo, se renovando. O que ela fez? Insistiu que insistiu que queria ir embora de lá. Levou o pessoal todo pra Paulo Afonso, na Bahia, que ela já tinha alguns familiares lá. Todo mundo foi pra Bahia, pra Paulo Afonso. Na verdade, minha grande lembrança não é nem de Sertânia, é de Paulo Afonso. Eu não lembro em nenhum momento, depois estive lá, conheci Sertânia e tal, mas não me lembro em nenhum momento da paisagem de Sertânia. Minha paisagem é de muita água, de cachoeira. Cachoeira de Paulo Afonso, imensa, que eles me levavam pra visitar quando pequeno. Aquelas pontes que você atravessa, assim, vê aquela cachoeira imensa... Aí também as coisas não estavam muito boas em Paulo Afonso e foi quando ela levou a família toda pra Recife.

P1 – E nessas andanças, sua infância, fala um...

Continuar leitura

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

Caneta no bolso e pé na estrada
Vídeo Texto

Carlos Alberto Spagnolo Stahl

Caneta no bolso e pé na estrada
Minha querida Olivetti
Vídeo Texto

Marina Colasanti

Minha querida Olivetti
Pelos espaços da cultura popular brasileira
Vídeo Texto
Vídeo Texto

Angela Maria Anastácia Cardoso (Angela Lago)

"Porque a imagem narra"
fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.