O início é eu e duas pessoas muito queridas pra mim pousando em um aeroporto. A lembrança que eu tenho é de que estavámos pousando para descobrir um novo país, em clima de férias ou sensação parecida de simpatia, alegria, descontração. Descemos do avião e o aeroporto está cheio de pesso...Continuar leitura
O início é eu e duas pessoas muito queridas pra mim pousando em um aeroporto. A lembrança que eu tenho é de que estavámos pousando para descobrir um novo país, em clima de férias ou sensação parecida de simpatia, alegria, descontração. Descemos do avião e o aeroporto está cheio de pessoas usando máscaras brancas, o que me chama demasiada atenção, a partir daí entro num sonho labirinto, muito angustiante, percorrendo os corredores do aeroporto tentando encontrar uma máscara de proteção. A cada loja que entro buscando comprar tal item, maior é a angústia, com receio de ter sido contaminado ao mesmo tempo que descubro que não há máscaras para venda, pois estavam esgotadas. A sensação de simpatia de uma viagem compartilhada com pessoas que amo, torna-se um sentimento difícil de nomear. Acordo de supetão, um típico sonho de angústia.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
A pandemia chegou de supetão, e de forma cada vez mais incerta segue seu rumo, às vezes em tons de labirinto. Me assusto, tenho estado assustado, buscando encontrar pequenos prazeres ainda que em completo confinamento, reencontrando riquezas esquecidas nas prateleiras e nas músicas. Há momentos de sossego, onde a literatura e a ficção me ajudam a relaxar, em outros, com aumento exponencial de casos, falta de itens de segurança, fico angustiado. Sou considerado grupo de risco, o que aumenta minha insegurança.Recolher