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Personagem: Soraya Sant Ana
Por: Soraya Sant Ana, 13 de setembro de 2024

Libertando-se das Correntes: Redefinindo a Liberdade e a Autonomia na Jornada da Maternidade

Esta história contém:

Libertando-se das Correntes: Redefinindo a Liberdade e a Autonomia na Jornada da Maternidade

Um dos diálogos que mais me cercam é sobre como lidar com a vontade de vivenciar a liberdade sendo mãe. Ao longo dessa primeira década de maternidade, já ouvi questionamentos diversos. Um dos primeiros foi quando meu filho entrou na creche aos seis meses. Me perguntaram se ele não era muito novo para isso, se não seria melhor que eu ficasse mais tempo com ele em casa. Quando saí do regime CLT para empreender, decidi mantê-lo no sistema integral, e então ouvi: “Mas você não quis empreender para ter mais tempo com seu filho?”

Quase perdi meu emprego quando ele, com 13 meses, teve catapora. Não pude faltar um único dia. No trabalho, era julgada por pedir para chegar mais tarde, enquanto outros me julgavam por não estar com ele. Tive que responder perguntas como: “Com quem você deixa seu filho quando vai a um show?” Curiosamente, o pai, que estava sempre ao meu lado, nunca recebia essas perguntas. Afinal, a vida de um homem não sofre tantas modificações quando o filho nasce. Mas a da mulher, sim. Sempre recaíram sobre mim as perguntas sobre as demandas da criança, seja em reuniões de trabalho ou em mesas de bar.

Viajar sozinha sempre foi um desejo. Hoje, sou grata por meu trabalho me proporcionar isso, mas percebo que a sociedade ainda enxerga essa decisão com reprovação, especialmente quando a mulher é mãe e casada. Como se nossa vida estivesse destinada exclusivamente à maternidade e ao casamento. Recentemente, me perguntaram: “Seu marido não diz nada?”

Mas será que uma mulher que busca sua liberdade está, de fato, abandonando esses papéis? Ou está, na verdade, resgatando o que há de mais essencial em si mesma, tornando-se uma mãe ainda mais conectada e presente?

Ser mãe é um dos papéis mais importantes que já desempenhei, mas não é o único que me define. Existe uma expectativa social profundamente enraizada de que, ao nos tornarmos mães, devemos abrir mão de qualquer desejo individual. Parece que, de...

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