P/1- Você poderia começar falando o seu nome completo, local e data de nascimento?
R- Sabryna Maria Santiago, eu nasci em Caruaru, Pernambuco.
P/1- Qual é a atividade dos seus pais? Você poderia falar um pouco deles e como eles se conheceram?
R- A minha mãe ela é de família européia, os meus avós vieram para cá e eles moravam em Bezerros tinham uma fazenda lá e meu pai morava em Caruaru e também tinha sítio lá. Ele e minha mãe, foi um tempo para Caruaru para estudar e também o pai dela foi para lá, eles se conheceram e começaram a namorar. Minha mãe nunca trabalhou terminou os estudos mas ficou como do lar, meu pai trabalhava no sítio do meu avô, depois ele fez curso de mecânica e começou a trabalhar com frotas desses caminhões pesados não sei com é o nome daquilo, é trator eu acho. Tinha um caminhão e ele fretava-o para construtoras, depois a gente veio morar aqui em Recife porque começou a ter os filhos e a crescerem e para poder dar estudos porque lá não tinha muita possibilidade.
P/1- Você passou a infância aonde?
R- Em Recife, sai de Caruaru com seis meses, eu tenho uma família grande tenho sete irmãos, eu sou a mais nova, sou a oitava e sai de lá super jovem ai morei minha vida toda aqui em Recife.
P/1- No Recife você morou só no mesmo bairro...
R- Morei 14 anos quando entrei, eu morava numa casa que era a minha referência de infância, a casa que eu adorava entrava ali em Afogados, mas em Afogados que é próximo onde eu moro hoje. Até meus 14 anos eu morava lá e a gente agora se mudou para um apartamento porque a família cada um casou foi para os seus lugares e a casa não tinha mais sentido porque ela dava muito trabalho, aí a gente foi morar em apartamento.
P/2- Você disse que sua mãe é descendente de europeus de que país?
R- Holanda.
P/1- Eles são holandeses da época da invasão holandesa?
R- É da época da invasão. Meus avós vieram na época da Revolução Praieira, que...
Continuar leituraP/1- Você poderia começar falando o seu nome completo, local e data de nascimento?
R- Sabryna Maria Santiago, eu nasci em Caruaru, Pernambuco.
P/1- Qual é a atividade dos seus pais? Você poderia falar um pouco deles e como eles se conheceram?
R- A minha mãe ela é de família européia, os meus avós vieram para cá e eles moravam em Bezerros tinham uma fazenda lá e meu pai morava em Caruaru e também tinha sítio lá. Ele e minha mãe, foi um tempo para Caruaru para estudar e também o pai dela foi para lá, eles se conheceram e começaram a namorar. Minha mãe nunca trabalhou terminou os estudos mas ficou como do lar, meu pai trabalhava no sítio do meu avô, depois ele fez curso de mecânica e começou a trabalhar com frotas desses caminhões pesados não sei com é o nome daquilo, é trator eu acho. Tinha um caminhão e ele fretava-o para construtoras, depois a gente veio morar aqui em Recife porque começou a ter os filhos e a crescerem e para poder dar estudos porque lá não tinha muita possibilidade.
P/1- Você passou a infância aonde?
R- Em Recife, sai de Caruaru com seis meses, eu tenho uma família grande tenho sete irmãos, eu sou a mais nova, sou a oitava e sai de lá super jovem ai morei minha vida toda aqui em Recife.
P/1- No Recife você morou só no mesmo bairro...
R- Morei 14 anos quando entrei, eu morava numa casa que era a minha referência de infância, a casa que eu adorava entrava ali em Afogados, mas em Afogados que é próximo onde eu moro hoje. Até meus 14 anos eu morava lá e a gente agora se mudou para um apartamento porque a família cada um casou foi para os seus lugares e a casa não tinha mais sentido porque ela dava muito trabalho, aí a gente foi morar em apartamento.
P/2- Você disse que sua mãe é descendente de europeus de que país?
R- Holanda.
P/1- Eles são holandeses da época da invasão holandesa?
R- É da época da invasão. Meus avós vieram na época da Revolução Praieira, que teve aqui era a família Cavalcante.
P/1- Tem muitas histórias na família a respeito?
R- Eu não conheço muito, mas conheço algumas e tem história que não são boas por exemplo. Meu bisavô ele tinha umas fazendas lá no sertão e por briga familiar ele teve que abandonar algumas fazendas para evitar assassinato porque tinha realmente isso, ele acabou indo para Bezerras e acabou ficando só com a propriedade de Bezerras em Caruaru.
P/1- Esta casa no Recife que você morou você poderia descrever para gente?
R- Ela era grande bem espaçosa, tinha quatro quartos tinha uma sala grande e uma outra sala, uma cozinha bem grande também. O que eu mais gostava nela era o quintal porque eram dois quintais que davam a casa, outra vez mais um pouquinho, tinha cachorro, gato, árvore, tinha uma mangueira, tinha pé de goiaba da amarela e da branca, tinha pé de jambo que antes de eu ir para o colégio, eu subia e pegava jambo e atrás tinha uma horta que minha mãe cuidava e a gente sempre mexia lá. Era uma casa muito agradável eu gostava muito.
P/1- Como era a vizinhança você brincava também na rua?
R- Eu era menino praticamente, meu irmão muito colado comigo, o Felipe. A gente ficava sempre muito junto, então eu brincava sempre com os amigos dele, eu nunca tive uma brincadeira de boneca, eu nunca gostei de boneca então meu negócio era empinar pipa, andar de bicicleta, de patins coisas assim. Meus amigos eram amigo dele e tinha uma vizinhança super legal que a gente cresceu junto o pessoal também morava lá há muito tempo e a gente brincava muito na rua que na época não tinha asfalto, era de barro e depois foi asfaltada, mas, aí era também muito legal.
P/1- Como foi a época da escola? Você tem algum professor que te marcou? Algum caso ou algo que te lembre deste período escolar?
R- Eu estudei minha vida toda num colégio que tinha lá perto da minha casa. Todos os meus professores me marcaram, mas eu tive um em especial que foi um que morreu que era a Mina. Eu sempre fui muito estudiosa sempre gostei muito de estudar e eu sempre me dava muito bem com os professores por que eles gostavam de mim, porque eu estudava, então todos me marcavam, porque eu admirava eles eu gosto de pessoas inteligentes e eles me passavam isso. Eu tinha professor de inglês e eu adorava inglês e eu adorava ele porque, além de professor de inglês ele era meu amigo e ele também me marcou bastante.
P/2- Na sua infância e adolescência aqui a cultura popular lhe marcou porque é uma coisa muito forte em Pernambuco?
R- Eu era ginasta, fiz ginástica olímpica e depois passei a fazer ginástica rítmica. Eu dançava muito no colégio eu que geralmente entrava para fazer as danças no colégio frevo, maracatu tudo que era de dança no colégio eu estava envolvida. Eu fazia dança antes, então eu passava os passos para as colegas e montava. Eu sempre fui envolvida no colégio com dança, fazendo apresentações no colégio em épocas de festa. Eu praticava handebol também, fora a dança eu fazia esporte também.
P/2- E o carnaval?
R- Carnaval na rua. Aqui a gente tem uma cultura, tem umas bombas que você enche de água e vai atirando um no outro, então carnaval na minha época de criança a gente tinha cada um uma bomba para estar molhando o colega. Eu me divertia bastante meus pais me levavam às vezes para Olinda para coisas assim mas família.
P/1- Uma parte da sua família ficou no interior?
R- É, mas eu não tive muito contato, eu tive contato com os tios são os mais próximos, têm primo que eu nem conheço. Provavelmente da parte da minha mãe eu conheço menos do que da parte do meu pai, por conta destas brigas por questões financeiras, então alguns primos terceiros eu não os conheço, eu conheço mais primeiro grau mesmo.
P/1- Você tinha alguma acesso informática quando você era pequena? Como foi seu primeiro contato?
R- Meu primeiro contato foi com uns nove, dez anos com um computador que compraram lá em casa que ficava no meu quarto, aí eu chegava do colégio e ia mexer. O primeiro contato foi nova, jovem acho que foi com dez, onze anos que eu tive o primeiro contato.
P/2- O que você gostava de mexer no computador?
R- Eu gostava de jogar e de pintar, abria o paint e jogava muito pinball eram as únicas coisas que eu sabia fazer, não usava word nem excel.
P/1- A definição da carreira quando você era adolescente, o que você tinha como projeto e como você encaminhou isso?
R- Eu sempre fui muito precoce e como eu tenho irmã também e hoje ela tem 27 anos quando eu fui ficando mais velha meus amigos eram os amigos dela, a partir dos 12 anos mais ou menos eu já era maior, já menina hoje já com 12 anos é grandona. Eu fazia inglês e eu me identificava muito com o inglês e eu queria fazer letras, mas depois quando eu comecei a estudar, eu comecei a me identificar com esse perfil de administração, eu percebi em mim um perfil de liderança. Eu comecei a me identificar com o perfil do administrador, aí foi quando eu defini que eu queria ser administradora.
P/1- Esse contato com o inglês que você frisa muito de onde vem?
R- Eu não sei. Eu sempre gostei de estudar língua, eu gosto muito de estudar mas sempre me identifiquei muito com o inglês com espanhol também. Quando eu comecei a estudar no colégio inglês, aí comecei a me identificar, foi quando eu entrei para o curso de inglês e eu adorava porque realmente era gostoso eu fazia por prazer. Por isso que eu pensei em fazer Letras porque eu me identificava com a língua portuguesa eu sempre tirei notas altas, depois eu identifiquei que eu tinha um lado administrador, já pensei até em Psicologia não exercer ,mas eu gosto de estudar o comportamento humano e depois eu quero terminar a Administração, fazer a Psicologia mais para entender não para exercer.
P/1- Você trabalhava ao mesmo tempo que estudava?
R- O CDI [Comitê para a Democratização da Informática] para mim é a primeira experiência de trabalho, mas antes eu trabalhei muito rapidamente numa loja de celular foi pouco tempo, era meio expediente era uma coisa mais informal, era mais aquela coisa da idade eu querendo trabalhar minha mãe não queria e eu disse: “Vou trabalhar” eu tinha sido chamada, ela disse: “Vá, mas que não afete os estudos”. Eu estudava de manhã e trabalhava de tarde era tranqüilo. Quando eu entrei no CDI aí foi que eu transferi meu horário para a noite, conclui meu segundo grau a noite e aí comecei estudar a noite realmente.
P/2- Como foi esse contato com o CDI?
R- Eu conhecia o Marcelo antes e eu estava querendo fazer um trabalho voluntário, acho que eu nem falei, já tinha sido modelo com 12 anos mas não cheguei a exercer realmente, porque eu não me identifiquei era um mundo que não me pertencia. Para entrar no CDI eu conheci o Marcelo ele sabia que eu tinha vontade de fazer um trabalho voluntário e ele lembrou de mim quando ele pegou a causa, ele disse: “Esse cargo só não é seu, se você não quiser” e aí eu comecei no CDI desta maneira.
P/1- Desde de quando vem esta vontade no trabalho social? Você tinha alguma referência?
R- Eu sentia necessidade de fazer algo pelas pessoas, passa na rua você vê aquela pessoa ali e não acha justo a desigualdade que existe e eu sabia eu tenho alguma coisa que eu posso acrescentar para estas pessoas. O esporte na minha vida, as atividades que eu tive me fizeram muito bem. Então eu acho que eu podia contribuir com o que eu sabia que era fazer ginástica, dançar até o próprio inglês e desta maneira eu posso estar contribuindo. Tinha os Amigos da Escola e eu fui tentar entrar e tentar contribuir de alguma maneira foi uma coisa minha realmente não tive referência não.
P/1- O que é o Amigos da Escola?
R- Amigos da Escola é aquele projeto em que a Rede Globo é parceira de escolas públicas, aí passava sempre na televisão que você poderia ser voluntário do Amigos da Escola e aí eu quis fazer.
P/1- Você chegou a fazer?
R- Não porque logo de imediato eu fui chamada para trabalhar no CDI, ai me satisfez já.
P/2- Como você conheceu o Marcelo?
R- Meu namorado é sócio do Marcelo na empresa, aí a gente se conhecia porque ele trabalhava com o Marcelo e a gente de vez em quando se encontrava fora do trabalho e é assim que eu conheci o Marcelo.
P/1- O que o Marcelo te propôs exatamente?
R- Ele me chamou na empresa dele e falou que ele tinha participado de uma palestra que era para montar uma organização para trabalhar com inclusão digital, e ele precisava de duas pessoas para trabalhar com ele porque ele já estava com o projeto e era só executar. Ele convidou o Paulo, de uma das pessoas que ele viu as palestras, ele conhecia a pessoas e cai ele chamou o Paulo, ele já me conhecia, aí ele fez esta proposta para eu estar trabalhando junto com a Coordenação Executiva, como assistente.
P/1- Qual era a atividade como Assistente Executiva?
R- Na verdade eu nunca exerci papel de Assistente Executiva. Eu exercia papel de manutenção, capacitadora até de limpar, eu e o Paulo a gente fazia de tudo porque só tinha nós dois então realmente a gente vestia a camisa. A gente já dormiu em banco de praça para montar mutirão dia da inclusão digital. O papel de fato era parte administrativa, salários, então era uma coisa que não existia realmente uma coisa mais formal como hoje já existe, hoje a gente tem os coordenadores e assistentes. Naquela época não tinha até por conta de não caber ali então só duas pessoas precisava fazer tudo.
P/1- Vocês eram remunerados e contratados?
R- Éramos contratados.
P/2- Quais eram as demandas que chegavam ao CDI neste momento inicial?
R- A gente estava com muita necessidade de aparecer para as pessoas para mostrar que a gente existia então o que acontecia. A gente tinha muita demanda de eventos com a sociedade e chamar os empresários para estar conhecendo a causa. Ao mesmo tempo a gente tinha equipamentos para estar consertando. Tinha dias que por exemplo, de manhã a gente precisava levar um equipamento para uma empresa fazer o conserto, a gente mesmo consertar montar capacitar e de noite tinha um evento com os executivos para estar apresentando a causa CDI. Não existia uma coisa estática, a demanda ia surgindo e a necessidade da gente estar mostrando no início era isso. Aparecendo e mostrando porque sozinho a gente não ia conseguir fazer nada, nós precisávamos envolver as pessoas com aquela causa.
P/1- Como vocês foram fazendo os contatos?
R- O Marcelo tinha uma rede de contatos já bastante grande, porque ele já tinha uma empresa e era uma pessoa muito articulada também. Ele tinha esta rede de contatos e ele tinha este papel do articulador e a gente estava mais na operacional de a gente tem alugar um espaço, convidar as pessoas, fazer os convites então a parte da produção a gente fazia e o Marcelo era o articulador, para que as pessoas viessem. Até porque ele tinha uma referência era uma pessoas respeitada no mercado e ele tem credibilidade.
P/1- Como foram o surgimento das primeiras EIC [Escola de Informática e Cidadania]?
R- A primeira que a gente montou, hoje ela não existe mais, ela deixou de existir no começo deste ano. O contato foi a gente indo lá, porque também não conhecia, hoje as entidades nos procuram e mandam os projetos e a gente aprova ou não. No primeiro contato foi a escola que tinha procurado para ser Amigo da Escola lembrei dela, tem esta escola aqui, eu sei que ela tem um projeto aberto de ser Amigo da Escola e a gente podia ir para lá. Eu entrei em contato com a direção e falei do projeto eles gostaram teve uma reunião lá e inicialmente foram cinco EICs [Escolas de Informática e Cidadania].
P/2- Em que ano foi isso?
R- 2000. Na verdade as EICs foram montadas em 2001, foi em outubro de 2000 a gente passou um processo de estruturação e as EICs de fato foi mais no outro ano. Foram cinco EICs uma em parceria com o clube Rotary outra com o Lions que são entidades antigas tinha esse outro que não tinha nenhum vínculo. Tinham outras duas que eram a Casa Forte que é um bairro nobre daqui, mas que tem uma comunidade favela que era um dos diretores do CDI conhecia e frequentava a paróquia e conhecia a necessidade. Sempre foram por indicações as primeiras. Depois começou o boca a boca todo mundo começou a conhecer.
P/2- Como foi a receptividade dos empresários neste momento inicial? Que resistências apareciam?
R- A gente nunca sentiu nenhuma resistência até porque era um projeto inovador. Geralmente o projetos sociais são mais voltados a questão de saúde coisas mais emergências, o CDI é uma coisa mais de educação a longo prazo transformar aos poucos. Muitos dos empresários que participaram com a gente eles eram já do TI setor de tecnologia até porque a empresa do Marcelo é de TI então para eles era excelente porque eles tinham estas ferramentas. Você está oportunizando tecnologia de informação para a comunidade de baixa renda era uma coisa excelente então a gente nunca teve uma resistência contra o projeto, pelo contrário a gente teve muito apoio.
P/2- A receptividade no começo já foi total?
R- Já, foi total e as pessoas queriam saber e se inteirar. Eu nunca tive pelo menos que eu lembre caso que fui confrontada e que não aceitaram o projeto até as comunidades eram super receptivas.
P/1- Quando o movimento começa a ter visibilidade quais são as demandas que chegam? Que tipos de associações e de grupos começam a procurar o CDI, e em que fazem isso ocorre?
R- Eu posso dizer que não demorou muito para as entidades nos procurarem até porque a gente começou a aparecer muito na mídia jornal, televisão e as pessoas começaram a tomar conhecimento já tinham ouvido falar do CDI matriz em outros locais e que legal que veio para Pernambuco algumas organizações. As demandas de trabalho que surgiam eram capacitações eu não sou pedagoga e nem Paulo era então a gente precisava firmar parcerias com entidades que tivessem __________. Foi quando a gente começou a firmar parceria com uma entidade aqui chamada Ibratec que dá aulas de informática. A gente dava capacitação nesses núcleos porque a gente não tinha um pedagogo para dar capacitação então elas eram feitas desta maneira terceirizadas digamos assim. Começou a existir a demanda e a gente precisava atender esta demanda.
P/1- O que era terceirizado nestas capacitações? E a metodologia como ficava?
R- A parte técnica. A metodologia era ruim para gente aplicar, a gente falava muito da metodologia, mas também não tinha um aprofundamento da metodologia. Então de fato a metodologia começou a ser aplicada mais quando a pedagoga entrou. Era aplicada de uma forma muito sutil porque tinha uma apostila a gente pedia para eles seguirem ela a gente falava um pouco, mas era uma coisa assim que como a gente não tinha uma visão de pedagogo as inovações que a gente poderia trazer, as propostas a gente não conseguia enxergar. Não existia de fato era uma coisa muito sutil era mais a parte técnica.
P/1- Como chegava para vocês a metodologia? A relação com a matriz nesta parte como era?
R- Não existia. A gente foi para o primeiro encontro da matriz um ano depois que a gente já estava atuando em 2001. Quando a gente começou o CDI tinha acabado de haver o encontro nacional, então a gente só veio Ter contato com a matriz no ano seguinte. A gente teve um contato inicial com o Rodrigo Baggio. Ele veio para a inauguração em março de 2001 do CDI Pernambuco, mas não existia esta relação pedagoga com o CDI muito forte não. Inclusive eu nunca participei de nenhuma capacitação pedagógica na matriz. Quando a gente foi para o encontro da matriz a gente foi para o encontro em si a gente não foi para a semana da capacitação. A gente discutiu vários temas surgiram dúvidas mas não existiu uma capacitação de fato. Era uma das coisas que a gente achava ruim também, hoje isso está mudando as regionais para poderem montar um CDI tem que passar por todo o processo de capacitação assim como as EICs. Com a gente não foi assim e com muitas regionais não foi assim, entrava no CDI e a capacitação acontecia quando era possível.
P/2- Que tipos de dificuldades vocês enfrentavam no início na formação de EICs?
R- A gente teve um pouco de problema com computador, mas aí a gente conseguiu que no ano seguinte em junho ou julho viessem 140 computadores para cá. Ai tranqüilizou este problema de computador.
P/2- Tinha falta de computador no início?
R- Tinha mas não tinha tanta porque tinha pouca EIC, então a gente tinha pouca demanda. Uma das dificuldades que a gente tinha era quando o equipamento quebrava. As EICs não tinham uma capacitação na área de manutenção e a gente também não tinha um técnico em manutenção, então a gente contava muito com o trabalho voluntário e pessoas especializadas que vinham no CDI montavam e mandavam para as Eics. Um dos diretores do CDI, diretor não é superintendente do Cesar, que é o Centro de Estudos de Sistemas Avançado de Recife. É uma organização governamental na verdade que trabalha com tecnologia e tem um vínculo com a UFPE [Universidade Federal de Pernambuco]. Ele disponibilizava uma pessoa de lá que era técnico em manutenção o Anderson que fazia este suporte para gente na parte de hardware. A estrutura da gente como era muito enxuta era complicado.
P/1- Eram só dois nesta época?
R- Eram e o perfil da gente não era...
P/1- O CDI teve uma certa visibilidade com a mídia, como se deu este contato?
R- O Marcelo é muito cara de pau então ele vai lá fala e envolve a pessoa. Como era um projeto novo aqui a gente convidou algumas pessoas que ele conhecia também da parte da imprensa. Ele convidou estas pessoas para participarem do evento eram jornalistas, a gente começou a Ter um contato com a Globo. Quando o Rodrigo veio para cá a agenda dele era de manhã até de noite acho que ele nunca viveu uma fase daquela cinco horas da manhã ele foi para o Bom dia Pernambuco que é com a Globo, depois foi para o SBT porque a gente falava da causa era uma causa que era conhecida. Quando veio a proposta para cá todas as emissoras tiveram receptividade e a gente conseguiu Ter entrevistas nas principais na Globo, no SBT e não me lembro se teve na Tribuna, mas os principais as mais assistidas. Começou a Ter a visibilidade a partir daí e também notas nos cadernos de informáticas nos jornais locais.
P/1- Essa relação com a mídia continua?
R- Continua até hoje a gente tem uma relação muito boa com a Globo, com jornal sai toda a semana notícia do CDI porque a gente tem uma assessoria de imprensa. É terceirizada que é o Hugo, ele é um dos repórteres super reconhecido aqui no estado e ele se envolveu desde do inicio com a causa do CDI Pernambuco e hoje a gente tem um trabalho de assessoria feito pela empresa dele. A gente tem uma pessoas que é a Gabriela que cuida da parte de acessória da gente que é da empresa dele e sempre vem aqui e que trabalha essa questão de imprensa então toda a semana tem coisa no jornal.
P/2- Eles são voluntários?
R- Não a gente estabeleceu um acordo muito interessante. A gente tinha uma assessora de imprensa aqui a gente contratou, então a gente conversou com o Hugo que era interessante de repente ter uma assessora mas o serviço ser prestado por ele então ficou uma relação assim. A gente tem a assessora eu não sei como é o pagamento dela mas a gente tem uma parte que paga salário dela e ele presta toda a infra-estrutura da empresa dele que tem um para o CDI e aí a gente começa a ter uma visibilidade muito boa.
P/1- No início as EICs eram mais centradas na capital. Como foi a expansão para o interior?
R- A expansão para o interior só veio a acontecer no ano passado efetivamente. Porque existia o CDI de Glória do Goitá então o CDI de lá tinha cinco EICs e agente aqui só atendia a região metropolitana porque nós não tínhamos condições de estar atingindo o interior. Até hoje isso não é possível por questões financeiras mesmo. O ano passado é que a gente instalou uma escola de informática em Bonito que é próxima de Caruaru fica uns 80 quilômetros daqui. A gente assumiu também o CDI de Glória do Goitá agora a gente está montando uma escola No Catende que também fica bem distante uns 120 quilômetros e a gente tem hoje oito escolas no interior. A gente está começando aos poucos este processo de expansão. Como a gente é modelo de acompanhamento que é pelo menos uma vez por mês no interior e não comunidades a gente vai quinzenalmente ou a cada 20 dias de forma que a gente tenha pelo menos um contato mensal com essas EICs isso impossibilita que a gente interiorize muito, a gente está tentando mudar um pouco esta estratégia mas não é interessante a gente estar mudando. na questão de assistencialismo, mas na questão do acompanhamento porque eles estão numa fase anda de maturação então não é justo você dizer toma o computador, toma capacitação e se vira. isso eu acho errado. Isso existe um pouco na matriz mas a gente mesmo sabendo que isso existe lá a gente não vai por enquanto modificar isso aqui até que eles tenham maturidade suficiente para estar dizendo eu posso ir lá a cada dois meses e estar acompanhando até por que eles tem o CDI como referencial. Se a gente quer cobrar alguma coisa dele a gente tem que passar para eles isso aí.
P/1- Como essa relação com o CDI de Glória do Goitá?
R- Não era tão grande a relação que tinha lá era um coordenador que tinha. A gente começou a ter um contato maior, quando a gente foi para Rio de Janeiro com ele, depois a gente começou a manter contato com ele, mas ele fazendo o trabalho de lá e a gente fazendo o trabalho aqui. A gente tentou fazer uma parceria e se organizar então a gente ia lá. A entidade onde ele ficava sediado era o (Certa?) que é uma organização super conhecida e a gente tentava estar sempre se aproximando. Ele se afastou do projeto e aí foi quando a gente assumiu realmente o CDI Glória, mas não existia nenhum acompanhamento do CDI lá existia uma troca mas era muito sutil.
P/2- Como fica a questão do voluntário desde do início?
R- A gestão do voluntário era mais feito pelo coordenador da EIC. O que aconteceu a gente começou a montar EIC apareceu demanda de voluntário o que acontece é que nenhum do CDIs caracteriza agente caracteriza que o educador ele é voluntário. porque? Ele nem é funcionário, ele nem é estagiário então a gente está falando de inclusão e de direitos onde a gente de fato não faz. Então nossa preocupação é com isso de você de repente Ter um educador ele tem um salário, mas ele não tem nenhum vínculo com o CDI. Nossa preocupação é que ele tivesse este vínculo se ele não tem salário de estagiário ou de qualquer pessoa contratada ele não tem nenhuma relação empregatícia que ele seja voluntário. Esta relação se deu desde do início. Algumas escolas dividem o valor com o voluntário do que é arrecadado na escola, mas é uma coisa que varia bastante mesmo eles recebendo ajuda de custo a gente tem um contrato de voluntário com eles porque também a gente não tem nenhum vínculo empregatício com eles então é um risco jurídico também. mas eu acho que não é só risco jurídico eu acho que eles são voluntários eles têm esta característica de voluntários.
P/2- Mas as EICs não são instituições e esses voluntários não pertencem a elas?
R- Acontece que as instituições ficam com um termo de voluntariado assinado. Eles assinam aqui e fica uma cópia lá na instituição isso é uma coisa que a gente estava pensando agora. O vínculo dele de fato é com ambas as instituições. Com o CDI ele tem um vínculo muito forte e ele está sempre aqui se capacitando porque a nossa capacitação ela é continuada eles não fazem apenas uma capacitação inicial, eles voltam para fazer word, excel é uma coisa continuada. Eles precisam estar prestando conta de algumas coisas para o CDI então como ele vai estar prestando conta para uma instituição que ele não tem nenhum vínculo? Então quando a gente firma um termo de voluntariado tem uma responsabilidade ali ele está assinando um compromisso que ele tem com a instituição que é passar os relatórios e uma série de coisas para o CDI. Mas ao mesmo tempo ele tem uma responsabilidade com a instituição tanto que ele assina um termo de parceria com o CDI e com a Instituição. Então acontece desta maneira ele é voluntário das duas mas muito mais CDI do que a própria instituição.
P/2- Quais são os termos deste contrato de voluntário?
R- É baseado na lei do voluntariado. Tudo baseado na lei que ele não recebe remuneração, ele tem só ajuda de custo agora eu modifiquei o termo que e para tentar colocar o horário que ele trabalha também. Porque eles trabalham duas vezes na semana com a carga de oito horas semanais. Então esse termos do acordo ficam no ar.
P/2- Nesta situação quantos voluntários existem?
R- Eu estou com um número atual no sistema que já modificou de 328 voluntários, mas já diminuiu porque já saíram alguns e entram outros. Existe uma rotatividade natural como em qualquer local e são muitos voluntários que a gente tem realmente.
P/2- O fato de não ter vínculo empregatício não cria uma rotatividade muito grande? Não é um problema para vocês?
R- Cria. É e não é porque eles têm uma contrapartida muito grande. A gente sempre deixa muito claro para eles que aquela EIC não é do CDI e sim deles. Então, se eles querem transformar a comunidade eles vão Ter que se envolver com aquela escola, a gente tem caso de educadores que estão desde do início da EIC que não abandonam a EIC por nada. A gente deixa muito claro que aquilo é deles e o CDI está ali assessorando e prestando um serviço para eles orientando mas aquele espaço é deles. Existe a rotatividade porque eles arranjam um trabalho alguma coisa mas em nenhum CDI existe um vínculo. Então a rotatividade ela vai acontecer dentro de CDI como um todo porque não existe uma coisa formal. Talvez se houvesse uma coisa mais formal como um estágio segurasse, mas ao mesmo tempo não é interessante porque a gente quer um projeto social na comunidade que você tenha um envolvimento social com a comunidade. Por isso a característica diferente porque eles precisam se envolver é um movimento social e eles precisam estar envolvidos com aquele projeto eles não podem estar visando lucro. Mas eles precisam também sobreviver e é por isso que a gente não pode ultrapassar o que eles podem, então a gente sugere que sejam oito horas eles podem pegar dois turnos porque eles têm tempo para fazer outras coisas. Ao mesmo tempo ele pode estar recebendo uma ajuda de custo como uma forma de estímulo. Ele também já está vendo a questão do empreendedorismo a pessoa que está ali gerenciando um recurso está organizando e tal então tem isso também é um movimento social.
P/2- Vocês 328 voluntários nesta situação de educador. Que outros tipos de voluntários vocês tem?
R- Interno dentro do CDI a gente tem voluntário trabalhando principalmente na área de manutenção só tem um técnico. Tem muita gente que quer ser voluntário aqui, tem um agora que está com duas semanas que é o Artur que trabalha na coordenação executiva.
P/2- Quantos seriam destes internos?
R- Internamente, são quatro. Cinco, perdão tem um que é mais pontual que é de desenvolvimento que é o Elias.
P/1- Tem algum outro tipo de trabalho voluntário?
R- Tem o interno. O empresarial, mas este é o educador então ele é o empresarial que também tem esta relação de educador.
P/2- Você poderia explicar?
R- A gente tem escolas dentro da empresa então ele dá aula dentro da empresa dele. Ele assina um termo de voluntariado com o CDI dizendo que ele é voluntário nos termos lá, como ele está dentro da empresa não tem problema. Chama empresarial mas de fato ele também é educador. Também acontece por exemplo nossa diretoria também é voluntária. Tem um conselho igual ao da matriz consultivo e eles são voluntários não recebem remuneração. Mas estes não têm termo de voluntário assinado é uma coisa mais informal porque eles não estão internamente.
P/1- De onde vem e os voluntários e como é a seleção?
R- Na realidade a gente coloca que a entidade ela precisa selecionar pessoas dentro da comunidade que já tenham um envolvimento que tenha esta leitura de mundo, que tenha um conhecimento na área de informática básica. Quando o coordenador nos procura ele já sabe um pouco disso então ele identifica na comunidade estas pessoas e ele faz a proposta e a gente tem uma receptividade boa. Ao mesmo tempo para eles é interessante porque eles estão sendo capacitados tem uma melhoria no currículo deles tem estes dois lados. A gente hoje tem uma escola em parceria com a Philips que funciona numa comunidade que, tem hoje lá 26 voluntários é voluntário saindo pela janela. É interessante eles tem esse envolvimento social.
P/1- Esses voluntários estão como educadores?
R- Exato porque não sobrecarrega cada um pega uma turma.
P/2- Você tem também um tipo de voluntário que você pode acionar no caso...
R- Tem por exemplo voluntário que a gente aciona quando há problema no servidor. Tem aqueles que são mais especialistas para coisas pontuais tipo mutirão. A gente tem as pessoas que a gente já sabe pode contar que são os técnicos em manutenção. São pessoas que tem um ________ disso aí. Essas pessoas já passaram noites aqui para instalar software, esses também não tem nenhum termo assinado.
P/2- Você tem registros dos voluntários, controle como é o sistema de gestão?
R- Há alguns meses eu tenho deixado um pouco de lado esta questão da gestão porque eu estou envolvida como umas coisas dentro do CDI. Que não estão permitindo eu cuidar a frente. Mas a gente tem um sistema de intranet que todos os voluntário são cadastrados lá e tem o perfil idade, escolaridade, se gosta de ler, conhecimentos em informática tem este cadastro dele ali. Eles assinam um termo que fica arquivado nas pastas de cada EIC. A gente tem fotos das capacitações que eles participam aqui dos encontros que eles participam lá na EIC também tira foto. Esses voluntários mais pontuais quando precisa madrugar tem foto deles comendo pizza de madrugada, é uma coisa bem informal mas que é bem interessante. [PAUSA]
P/2- Como se dá a captação do voluntário?
R- Raramente a gente procura. A gente procura quando uma EIC não tem uma articulação muito boa na comunidade e ela está tendo dificuldades. Então eu vou lá e traço os critérios. Quais são os pontos estratégicos para gente captar? Tem uma igreja que tem um grupo de jovens então a gente vai vendo os locais estratégicos e faz a proposta e aí tem a adesão. Geralmente a própria pessoa que já tem um envolvimento na comunidade ele acha interessante a idéia. Geralmente acontece assim quando as instituições que fazem parte do CDI elas têm uma articulação na comunidade, então elas tem um grupo de pessoas ali que já são bastante articuladas geralmente eles mesmo que fazem esta captação. Durante as capacitações como os colaboradores têm sempre que tentar mostrar isso, faz parte da turma da EIC eu estou ali para estar assessorando organizando e administrando eles neste sentido.
P/1- Uma vez contatado o voluntário vocês tem algum tipo de formação dos vários tipos de voluntários?
R- Eles tem 106 horas de capacitação. Todos os educadores quando iniciam e os outro voluntários também a gente montou aqui uma capacitação de voluntariado. É uma capacitação que fala da parte institucional do CDI apresentando para o voluntário o que é o CDI. Depois entra na linha o que é ser voluntário então a gente apresenta através de um cartaz o que é o trabalho voluntário eles escutam aquilo ali. Eu trabalho um texto que é de um autor que fala do decálogo do voluntário decálogo de uma busca no texto é o nome do texto. Eu discuto voluntariado e trabalho dinâmica também direitos e deveres do voluntário a gente faz de uma forma bem dinâmica esta capacitação. A gente trabalha direitos e deveres, o que é ser voluntário, o que é CDI e as dificuldades que um voluntário encontra dentro de uma EIC. A gente finaliza com esta conscientização do trabalho voluntário falando também um pouco da proposta do CDI. A gente já marca para os educadores a parte da oficina pedagógica que é uma oficina que a gente criou em Pernambuco também. A gente identificava no início que os educadores têm dificuldade para avaliar estão acostumados com avaliação formal e a gente não tem avaliação de prova. A oficina é de uma semana com a Ana Maria a pedagoga onde ela vai estar falando do Paulo Freire, metodologia CDI, avaliação, plano de aula após isso os educadores são encaminhados para a Carol. Que é assistente pedagógica em que ela faz a aula de informática e cidadania, ela tem 16 horas de capacitação onde ela vai trabalhar a parte técnica e de cidadania ao mesmo tempo e fecha a parte introdutória da capacitação. Aí vai para EIC faz o Windows volta para fazer o word e assim vai. Com os que não são disso aí eles fazem a capacitação inicial comigo também a mesma e são encaminhados para a área, então com a área que ele vai Ter a capacitação. Área de manutenção por exemplo conversa com o Sandro tem uma semana de teste ele vai explicando, vai ensinando. Aqui a gente tem um voluntário técnico que é o Artur que já tinha um conhecimento administrativo ele começou a pegar umas coisa e como a parte administrativa é uma coisa que você vai pegando no dia a dia não exige uma capacitação, eles tinham uma explicação da pessoa da área explicando você vai fazer assim é uma coisa que eu não interfiro muito faço todo encaminhamento e direciono.
P/1- Como é tratada a questão do compromisso do voluntário com a atividade?
R- Eu pego no pé deles mesmo, eu sou boazinha e sou mauzinha. A gente têm encontros de educadores todo mês e a gente trabalha esta questão do compromisso e novas coisas para estar envolvendo a escola eles tinham uma abertura muito grande com a gente. O compromisso com o trabalho ele é menor como os mais novos eles estão numa fase de maturação esses que estão com 16 anos e tal alguns tem esse processo, já outros são também jovens mas são super envolvidos. Depende também do grau de envolvimento dele com aquela comunidade é uma coisa que a gente vai trabalhando e identificando que não só eu. Mas a parte de campo do CDI que são dois profissionais e que eu faço um pouco visitando as escolas, têm este papel de estar motivando e estar entendendo e quando o compromisso dele não está respondendo o campo vai lá e fala está errado. Eles escutam mas também quando não querem eles se afastam.
P/2- Você poderia traçar algum perfil dos educadores?
R- A gente tem voluntários de 16 até 50 anos, mas a grande maioria está na faixa de 20 anos. Eu tenho um percentual e mostro para vocês. A gente tem um percentual maior de homens, a grande maioria se localiza na região metropolitana do Recife até porque tem pouca escola no interior. A grande maioria concluíram ou estão cursando o segundo grau tem poucos no nível superior. Renda é muito relativo também porque a gente tem por exemplo gerentes de empresa que são voluntários e a gente tem pessoas que moram na comunidade. A renda familiar é uma coisa que eu não pego no perfil, mas pela estrutura que eles vivem não deve ser uma renda muito alta, mas é diferente do aluno porque ele tem uma condição um pouco melhor do que aquele aluno, às vezes tem até a mesma condição mas como ele tem uma visão e um envolvimento e só estuda e não trabalha então para ele é interessante estar se envolvendo com uma atividade.
P/1- Já ocorreu de vocês rejeitarem voluntários?
R- A gente não rejeita voluntário. Quando não dá para ele ser educador a gente coloca como auxiliar e ai vai amadurecendo a partir daquilo ali. É até uma forma dele mesmo entender que se ele não está naquele perfil ele mesmo se afasta. É uma maneira da gente se isentar um pouco disso. Como a pessoa está com boa vontade e faz parte da comunidade a gente oportuniza isso para eles. Ele não tem condições e isso eu vou detectando na minha capacitação pela fala e pela expressão ai eu passo para a Ana Maria, fulaninho tem um perfil assim observa ele na sua capacitação ai ela vai e observa. No final da capacitação ela já diz que vai ser educador e quem vai ser auxiliar, ela não diz para eles ela diz para o coordenador da EIC. Eu acho interessante que fulano seja auxiliar porque ele ainda está inseguro não tem o perfil e aí ele começa como auxiliar. O auxiliar ele tem a mesma preparação do educador mas não tem a mesma responsabilidade então ele vai amadurecendo, se ele ver que aquela não é a praia dele ele já sai. A gente só teve um caso de Ter que afastar um educador não porque ele não era responsável ou não conhecia. Mas a gente convidou ele para participar de algumas oficinas aqui, estava ajudando a assistente pedagógica a ministrar alguma coisas, mas uma vez ele ficou sozinho na sala de capacitação e formatou uma máquina da sala de capacitação. Vira e mexe ele mexia nas máquinas e formatava a bendita máquina da EIC isso a gente tinha conversado com ele que estava errado várias vezes e aí a gente disse não dá mais certo e você está afastado. Foi o único caso que a gente realmente precisou afastar uma pessoa.
P/1- Quando se deu esta regulamentação que vocês têm hoje com os voluntário? Foi desde do início ou chegou um momento que era necessário?
R- No início a gente _________________ fazer o acompanhamento. A gente recebeu uma verba do fundo de capital humano e a gente disse nós precisamos contratar profissionais para fazer o acompanhamento destas escolas. O acompanhamento a gente enxerga que tem que ser semanal pelo menos por enquanto para reestruturar ia existir uma acompanhamento do CDI das atividades da escola. Porque as EICs estavam ficando abandonadas e não estavam conseguindo desenvolver o trabalho delas com qualidade. A gente enxergava que era interessante estar indo lá para estar inovando, vendo, explicando para ajudar eles não de forma assistencialista. Porque o que acontece as vezes eu entro em confronto com algumas discussões de achar que esta postura é assistencialista mas não é. Assistencialismo é quando você dá tudo para a pessoa é bem diferente, outra coisa é você dar conhecimento e você cobrar de uma pessoa uma coisa que ela não tem condições de estar respondendo por isso. Então a gente às vezes cobra e não a gente não tem condições de cobrar porque eles não têm condições de tar respondendo para gente. Então a gente pensou em fazer o acompanhamento desta maneira e reestruturou a partir daí. Depois que foi a coordenação de _______ social hoje ela tem o nome de coordenação de campo, foi aos poucos modificando acho interessante acrescentar isso. É interessante a gente fazer uma ficha de acompanhamento e ter o diagnóstico da EIC até para gente ter isso documentado dentro do CDI e a gente foi reestruturando aos poucos esta coordenação. então ela não ela mesma desde do inicio, mas ela passou a acontecer quando fez a contratação da pedagoga e de um captador de recursos também.
P/2- Em que ano foi isso?
R- 2002.
P/1- Onde funcionava o CDI em 2000?
R- Aqui mas não nesta sala. A empresa do Marcelo era incubada aqui na... O ______ ele tem um sistema de incubadora de empresas e lá embaixo onde é a sala de manutenção da gente e as duas salas aqui é onde ficava a empresa do Marcelo. Aí a gente ficava dentro da Sala da empresa do Marcelo era um cantinho assim uma mesa minha e de Paulo. De vez em quando a gente começava a invadir o território deles, porque a gente ia se afastando e entulhando coisa atrás da gente. não parecia que a gente estava mudando de lugar. Aí a gente começou a Ter necessidade de estar com um espaço próprio, a gente entrou em contato com o ITEP [Instituto de Tecnologia de Pernambuco] solicitando uma sala para gente. A gente ficou com a última sala lá no final do corredor. Era assim a sala mais da metade era manutenção tinha a minha mesa, a mesa da pedagoga e do pessoal de campo. O Paulo ficava ainda na sala do Marcelo, e no meu pé ficava o monitor, no pé da outra ficava a impressora [riso] era assim e bem interessante. Quando a gente precisou fazer uma contratação e consegui ganhar um projeto a gente negociou com o ITEP tinha uma empresa que saiu para gente ocupar esta sala aqui. Ela é bem espaçosa e a gente subiu para cá em 2003 em março de 2003 no início a gente funcionava lá embaixo mesmo numa salinha.
P/1- Em termos de funcionário como foi a evolução já que no início eram vocês dois?
R- Como a gente teve este projeto, a gente conseguiu contratar um captador de recursos, uma pedagoga. O salário de um era em valor social só que a gente conhecia uma pessoa que só podia dar meio expediente então a gente contratou um para fazer meio expediente e outra para fazer o resto e aí ia dividir o salário. Eram duas pessoas que faziam a parte de ________ social. Tinha o Sandro que era da área de manutenção a gente contratou ele também e ele está conosco até hoje. A gente tinha um projeto para montar duas escolas ___________ e a gente contratou dois estagiários que trabalhavam lá na escola. Isso ocorreu eu não tenho a data exata em 2003 porque eu passei um ano e meio só eu e o Paulo foi em 2003 que houve a contratação 2002 perdão houve a contratação em fevereiro março e a expansão para a outra sala. A contratação dos que estão atualmente se deu quando a gente veio para esta sala maior. A gente contratou uma secretária, um assistente de campo, uma assistente pedagógica e depois contratou uma assistente de voluntariado que ficava na Philips. Aconteceu desta maneira quando a gente veio para cá e a gente chegou a Ter 20 funcionários. Desses cinco ficavam num projeto especial chamado Programa do Futuro, dois ficavam nas escolas especiais que a gente tinha. Depois disso a gente teve a evolução maior isso foi agora recentemente a gente contratou a (Elaine?) que era secretária passou assistente administrativo financeiro e a gente contratou uma secretária, contratou uma pessoa para desenvolvimento institucional. Quando a pessoa de captação de recurso saiu a gente ficou sem captação de recurso porque Marcelo fazia muito este papel de captação. A gente agora contratou o assistente de desenvolvimento institucional na verdade o assistente de Marcelo.
P/1- Os recursos para esta ampliação de onde vieram?
R- No meu caso e de Paulo (Keuloni?) foi o primeiro projeto financiado foi Keuloni. Logo em seguida a gente teve fundo de capital humano que pagava aqueles outros funcionário e chegou a ser 10 funcionários no total. Depois a gente conseguiu um projeto com a Philips contratou a assistente pedagógica e agora um projeto com a USaid. É o interjovem que paga mais os salários de algumas pessoas eu não sei exatamente quem são as pessoas. A gente fez uma modificação de quem as instituições pagavam e contratou-se mais um assistente pedagógico hoje o pedagógico tem dois assistentes. Existia o Programa para O futuro que teve esta contratação destes cinco funcionários que era financiado acho que era pela USaid também não tenho certeza eram várias instituições. Os assistentes que ficavam davam aula nas escolas especiais que a gente tinha no _______ digital eram pagos pelo Ibratec.
P/1- E a relação da universidade porque aqui é dentro da universidade federal de Pernambuco...
R- Não, não é. Aqui é uma instituição pública é governo estadual é separado da universidade. A universidade ela teve um papel muito interessante no início do CDI. A gente tinha uma parceria com a universidade onde eles também ministravam as capacitações técnicas para gente. A gente começou na verdade a fazer a capacitação na federal com o pessoal do centro de informática deles. Depois foi que a gente veio para o Ibratec porque lá teve aquela época do apagão racionamento e a gente não estava podendo abrir as salas o final de semana para dar a capacitação. Ai ficou complicado a gente foi e entrou em parceria com o Ibratec e passou a fazer isso com eles.
P/2- Você que conhece a rede CDI qual é a especificidade mesmo de Pernambuco?
R- A gente tenta ser muito original e as vezes a gente tenta ser vamos dizer assim um filho mais rebelde. A gente tem uma relação muito boa com a matriz com o próprio Rodrigo a gente é hoje referência na rede. Justamente por causa desta rebeldia. A gente não tem tanta experiência quanto a matriz mas a gente tem uma vivência e às vezes enxerga alguma coisa diferente da matriz. O modelo mesmo de acompanhamento que a gente não tem este acompanhamento é um modelo que talvez funcione para eles mas para gente não ia funcionar. Porque hoje a gente faz visitas mensais que não dá para fazer 15 dias já perde muito este contato não é questão de assistencialismo mas sim de acompanhamento de projeto a gente precisa acompanhar o projeto que a gente colocou ali dentro, até para ver a qualidade deste projeto. O que eu vejo em Pernambuco é que a gente preza muito pela qualidade. A gente é um pouco de terceiro e do segundo setor. Segundo setor no sentido de metas a gente é muito responsável pelas nossa metas então nossos prazos e metas o que a gente precisa fazer para melhorar. A gente criou um plano quando a gente tinha uma parceria com a (Promar?) ...
P/2-Promar é o que?
R- É Programa... É uma sigla que em parceria com outra instituição que agora eu não estou lembrada acho que era governo americano também. A gente montou um plano de monitoramento e avaliação das escolas. A gente avaliava o que o educador achava do aluno era um plano de monitoramento mesmo das escolas. A gente sempre tentava inovar nesta questão da qualidade de ensino para as escolas. Eu acho o que o CDI tem de interessante esta questão mesmo da inovação e do acompanhamento que faz, da forma como a gente enxerga a escola a gente enxerga ela como independente mas ao mesmo tempo a gente tem uma relação de parceria. Você tem como fazer uma coisa e eu te faço uma coisa também que aí ela cresce junto com a gente. A gente tem uma articulação bem interessante tanto aqui em Pernambuco como fora em São Paulo as empresas reconhecem o CDI em Pernambuco além da matriz.
P/1- Como se dá a articulação com os outros regionais? Os encontros nacionais eles são bons para isso?
R- Os encontros nacionais eles são bons porque ele dá aquela instigada aquele ânimo a gente volta com mil idéias. Cada regional é especial em alguma coisa, acho que todo mundo tem uma especialidade. Às vezes a gente enxerga alguma coisa na matriz que é interessante a gente estar trazendo vamos repensar o nosso modelo de acompanhamento a gente pode não fazer igual mas fazer assim e usando desta maneira, a gente sempre tenta estar engajando as idéias e transformando para o que melhor se adequar para gente. E recentemente o pessoal foi para o Rio de Janeiro e voltou com uma série de idéias não mas vamos acalmar os ânimos sentar e ver é interessante mas é funcional para gente tudo isso a gente precisa para ver e organizar as idéias. É uma idéia boa mas para a gente é ruim para a estrutura CDI é interessante você vai Ter menos trabalho vai organizar seus processos mas e a EIC vai ser melhor para ela então a gente tem que pesar os dois lados. A relação hoje com os regionais ela se dá tranqüila a gente tem quinzenalmente o chat com os regionais, a gente teve o encontro regional em maio ou junho dos CDIs do nordeste então a gente tem quinzenalmente um chat entre os regionais a gente traçou algumas metas que os regionais têm que fazer até para estar melhorando esta articulação mesmo, porque só acontecia anualmente por email e são tanto que você nem lê direito então acontece quinzenalmente. Aos poucos esse laço a gente tem muito contato com o regional por conta deste encontro e anualmente. O encontro da rede serve muito mais para gente estreitar os laços.
P/2- Vocês tiveram um encontro regional juntando todos do nordeste?
R- Foi o segundo e aconteceu em Pernambuco. A gente tentou fazer um aqui que aconteceu no final de 2002 que ele tinha este objetivo de estar entregando os CDIs , mas não existia um apoio financeiro não existia nada disso então os regionais não tinha condições de estar vindo. Vieram duas três regionais que eram mais próximos Sergipe tal. Com esse agora a gente teve financiamento acho que foi pela Philips eu não sei... A matriz ela disponibilizou de uma verba para estar facilitando este encontro a gente teve espaço, dias estadia então tudo muito mais fácil. Foi muito interessante a gente viu metas, teve algumas idéias interessantes foi bem legal.
P/1- Tem algo que você queria falar que nós não perguntamos?
R- São tantas coisas que às vezes mistura. Uma mensagem de repente, uma coisa que eu friso muito talvez eu esteja errada. A gente nunca pode perder esta questão do contato, como o CDI a rotatividade acontece isso às vezes prejudica alguns processos, eu só acho que a gente nunca deve para facilitar o nosso trabalho vou passar a acompanhar as EICs quinzenalmente mas não vou fazer isso porque eu tenho muito trabalho para fazer, mas refletir qual é o papel do CDI? Não são as EICs este não é o projeto do CDI então tem que ser com qualidade uma coisa que sempre tem que estar forte é a qualidade então é uma das coisa que... O modelo de acompanhamento, o modelo pedagógico tudo tem que estar direcionado para qualidade às vezes a gente visa muito o quantitativo e as vezes isso não é o qualitativo. Tem que tentar equilibrar sempre o quantitativo como qualitativo tudo isso. Eu acho que hoje o CDI está muito bem nisso eu vejo a evolução, quando o CDI matriz se desvinculou do CDI Rio de Janeiro eles passaram a cuidar daquilo ali realmente, os regionais agora eles tem profissionais de campo uma coisa que eu enxergo hoje é esta evolução da rede que eu fico feliz. Entrei no inicio do CDI que não existia acompanhamento de EIC a gente tinha um projeto e abandonava, a gente não inovava não trazia idéias. Como eles estão dentro da comunidade eles têm não é intelectual mas eles não tanto _________ eles estão num processo, a gente está ali para estar passando a nossa ____________ estar junto com eles traçando idéias. Eu acho que a rede ela está se fortalecendo diariamente eu acho que este crescimento está sendo interessante.
P/1- Você percebeu o momento que este fortalecimento da rede ficou claro?
R- O encontro que teve recentemente com os regionais. Eu acho também que o contato que a gente tem agora Via messenger e email. Esse fortalecimento ele ocorre muito mais nos encontros virtuais é muito diferente do pessoal você conhece a pessoa que já fala há dois anos por email então todo mundo chega aqui encantado. O CDI é uma coisa encantadora aí você se encanta com o projeto e se encanta com as pessoas discordam e concorda isso é bom porque do lado do construtivismo você construir alguma coisa é sempre bom. A rede proporciona isso você Ter este contato e expressar a sua emoção dizendo eu não concordo com isso é legal então é neste momento que é fortalecido são nos encontros.
P/1- Tem outro aspecto da sua atividade que você queira explorar mais no depoimento?
R- Eu ainda hoje tem uma função de voluntariado mas eu sou meio que referencial para as pessoas aqui. Sabryna me ajuda com este projeto então a gente aqui dentro de CDI a gente tem uma relação de família então um ajuda muito o outro eu às vezes pego a Ana Maria e sai daí senta aqui comigo. A gente tem uma relação muito próxima, isso ajuda muito o trabalho porque ao mesmo tempo que agente tem esta relação estreita mas na hora de dizer não, a gente diz não e é profissional e consegue se lidar muito bem. A gente tem uma relação aqui dentro de CDI Pernambuco que uma das coisa que talvez faça a gente e este sucesso é uma atmosfera interessante que a gente tem aqui dentro até porque a causa é a mesma mas eu acho que são as pessoas também que estão envolvidas que vestem realmente a camisa. Quando você está numa organização em que você está sendo um profissional apenas você pode ser profissional em vários locai eu acho que no CDI você precisa ser muito mais que profissional é isso que às vezes entre em discorda com outras pessoas. Aquela pessoas esta sendo só profissional e dentro do CDI você tem que ver um pouco mais do que isso porque existe uma relação ali que tem que ser ver isso.
P/1- O que você achou de dar este depoimento Sabryna?
R- Eu achei muito legal.
P/1- E a idéia do CDI de resgatar a memória da instituição através das pessoas?
R- Eu acho interessante tem tantas coisas que a gente tem, as pessoas as vezes esquecem também mas geralmente as pessoas falam o que foi mais forte para elas e acho que é bem interessante este trabalho de resgatar a memória do CDI através dos depoimentos. Talvez seria interessante resgatar as pessoas que saíram também porque esta pessoas também estavam no inicio. Eu vocês tiveram sorte porque eu estou desde do inicio mas aí vocês não teriam o resgate do início só com o Marcelo e o Marcelo não vivificou algumas coisa porque ele tem a empresa dele. A gente tinha do início também fez mutirões, fez encontros, fez churrasco, fazia estas feijoadas. São umas coisas que são momentos de integração que são importantes para instituição.
P/1- O que eram estas feijoadas?
R- o primeiro encontro no final de ano a gente reuniu todos os voluntários da gente empresariais a pessoas que contribuíram durante aquele ano e a gente fez um amigo secreto que não tinha nome cada um levava uma coisa a fazia o sorteio do amigo secreto e a gente tinha uma feijoada e todo mundo comia e era uma confraternização de final de ano com as pessoa sua participaram do projeto durante aquele ano. A gente sempre teve muito cuidado de dizer às pessoas obrigada _________ fiquem muito importantes no processo. Eu fiz agora recentemente um churrasco com todos os funcionários e ex-funcionários do CDI foram poucas pessoas mas foram a gente reencontrou. Estes momentos assim de você envolver.. Porque eu estou no CDI não pelo salário não pelo porque é assim profissional você pode exercer aqui ou em outro local mas eu estou no CDI este tempo e gosto daqui eu amo isso aqui, isso aqui para mim é muito mais eu tenho um laço afetivo com os educadores eu consigo dizer para eles vocês estão errados e não fica mágoa por conta disso. O fato de você sempre estar promovendo uma transformação dentro de uma sociedade isso e engrandecedor e eu acho que todas as pessoas que fazem parte do CDI tem que enxergar isso que a gente está aqui muito mas para estar contribuindo e passando e a gente cresce com isso.
P/1- Em nome do Museu da Pessoa o do CDI a gente agradece.
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