Sou filha a caçula de cinco irmãs, filhas da Maria José e José Raimundo. Quando criança brincava de bola, pega-pega, casinha, pegava as folhas da árvores e fazia comidinha. Me juntava com as minhas irmãs e primas, fazíamos festas de aniversário para nossas bonecas e brincávamos também de escolinha. Todas queriam ser a professora para poder mandar. Tenho muita lembrança da minha mãe, chamando da porta da cozinha porque tinha feito pipoca e suco. Mas já sabíamos, pois o cheiro da pipoca era sentido de longe.
Ainda hoje, quando sinto cheiro de pipoca, me faz lembrar a minha infância.
O tempo passou, todas cresceram e as brincadeiras já não fazem parte de nós, deixamos a criança que existe dentro de nós. Aos 16 anos, me tornei mãe. Sai de casa e fui morar com uma irmã, larguei os estudos e não conseguia conciliar a maternidade com o colégio. Passaram-se anos, exatamente seis, para ser preciso outra gravidez. Aquela menina cheia de sonhos, desejos e realizações já não existia mais, tudo foi se perdendo no caminho. Até que um dia senti a depressão batendo em minha porta. Resolvi recuperar o tempo que se perdeu, voltei para casa da minha mãe, a estudar, consegui um emprego como auxiliar de recreação. Foi onde me encontrei novamente, lembrei daquela menina que brincava de escolinha e eu era a professora. Terminei o colégio com a ajuda de outra irmã que já atuava na Educação Infantil. Fui fazer a faculdade de Pedagogia.
Ao longo do curso e a cada contato, cada vivência com as crianças, ia me encantando com a Educação Infantil. Afinal, não deixamos a criança que mora dentro da gente ser esquecida porque podemos ser tudo nessa profissão, além de professora. Foi numa dessas vivências que me veio à memória quando fiz parte da corte do Reinado de Nossa Senhora do Rosário, junto com a minha vó, meu tio e dois primos. Eu era a princesa, meus primos foram os príncipes e, minha vó e meu tio, foram rei e rainha. A festividade...
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Sou filha a caçula de cinco irmãs, filhas da Maria José e José Raimundo. Quando criança brincava de bola, pega-pega, casinha, pegava as folhas da árvores e fazia comidinha. Me juntava com as minhas irmãs e primas, fazíamos festas de aniversário para nossas bonecas e brincávamos também de escolinha. Todas queriam ser a professora para poder mandar. Tenho muita lembrança da minha mãe, chamando da porta da cozinha porque tinha feito pipoca e suco. Mas já sabíamos, pois o cheiro da pipoca era sentido de longe.
Ainda hoje, quando sinto cheiro de pipoca, me faz lembrar a minha infância.
O tempo passou, todas cresceram e as brincadeiras já não fazem parte de nós, deixamos a criança que existe dentro de nós. Aos 16 anos, me tornei mãe. Sai de casa e fui morar com uma irmã, larguei os estudos e não conseguia conciliar a maternidade com o colégio. Passaram-se anos, exatamente seis, para ser preciso outra gravidez. Aquela menina cheia de sonhos, desejos e realizações já não existia mais, tudo foi se perdendo no caminho. Até que um dia senti a depressão batendo em minha porta. Resolvi recuperar o tempo que se perdeu, voltei para casa da minha mãe, a estudar, consegui um emprego como auxiliar de recreação. Foi onde me encontrei novamente, lembrei daquela menina que brincava de escolinha e eu era a professora. Terminei o colégio com a ajuda de outra irmã que já atuava na Educação Infantil. Fui fazer a faculdade de Pedagogia.
Ao longo do curso e a cada contato, cada vivência com as crianças, ia me encantando com a Educação Infantil. Afinal, não deixamos a criança que mora dentro da gente ser esquecida porque podemos ser tudo nessa profissão, além de professora. Foi numa dessas vivências que me veio à memória quando fiz parte da corte do Reinado de Nossa Senhora do Rosário, junto com a minha vó, meu tio e dois primos. Eu era a princesa, meus primos foram os príncipes e, minha vó e meu tio, foram rei e rainha. A festividade foi lá em Minas Gerais e foram três dias de muita festa, passávamos pelas ruas da cidade com o cortejo e todo mundo nos recebia com muita alegria.
Hoje, aos 32 anos, casada e formada, já exercendo a profissão de professora de Educação Infantil com muito amor. E, através do que aprendi e estou vivendo com as crianças, quero me aperfeiçoar, buscando não o melhor para mim e sim para elas.
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