Eu nasci em Nanuque, no extremo norte de Minas Gerais , dentro de uma família grande. A filha mais nova de onze irmãos! Lembro que fui criada sem pai, pois ele faleceu quando tinha três anos de idade, segundo minha mãe nos relatou. O meu avô, então, era a figura paterna para mim e meus irmãos. Ele foi muito importante na minha vida, sempre muito sábio e ajudou a minha mãe a nos criar. Minha mãe foi uma guerreira. Trabalhou duro por anos em hospitais como enfermeira para nos criar e não deixar faltar nada. Minha infância , apesar de todas as dificuldades que tivemos, foi boa. Aproveitei tudo que tinha ao meu redor para ter uma ótima infância. Brincava de brincadeiras de rua como queimada de bola, esconde - esconde, pedrinhas, cantigas de roda, passa- anel, entre outras. Recordo que eu e uma amiga brincávamos de casinha debaixo do pé de manga. Além do faz-de-conta que estávamos fazendo comida, comíamos manga verde e as nossas mães não gostavam, mas era tão prazeroso brincar daquele jeito, livres. Às vezes, desejava ter uma boneca, porém, minha mãe não tinha condições de comprar. Uma tia que era costureira e fazia bonecas de pano, me levava uma para brincar. Que felicidade! Naquela época era muito diferente. Não tinha internet, celular ou computador nas mãos das crianças. Acredito que no meu tempo a infância era muito mais saudável, em todos os aspectos, porque brincávamos livremente na rua sem medo do perigo. Mesmo na adolescência ainda brincava. Comecei a trabalhar com quinze anos para ajudar minha mãe porque na época tínhamos um terreno e precisávamos construir uma casa maior. Como aprendi a ser responsável desde nova, nunca desisti de lutar pelos meus objetivos. Ao longo dos anos, trabalhei inclusive de babá para pagar minha faculdade . Às vezes penso em tudo que passei, mas consegui alcançar o que almejava, um diploma. Agradeço à Deus por ter formado minha família junto com o meu marido,...
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Eu nasci em Nanuque, no extremo norte de Minas Gerais , dentro de uma família grande. A filha mais nova de onze irmãos! Lembro que fui criada sem pai, pois ele faleceu quando tinha três anos de idade, segundo minha mãe nos relatou. O meu avô, então, era a figura paterna para mim e meus irmãos. Ele foi muito importante na minha vida, sempre muito sábio e ajudou a minha mãe a nos criar. Minha mãe foi uma guerreira. Trabalhou duro por anos em hospitais como enfermeira para nos criar e não deixar faltar nada. Minha infância , apesar de todas as dificuldades que tivemos, foi boa. Aproveitei tudo que tinha ao meu redor para ter uma ótima infância. Brincava de brincadeiras de rua como queimada de bola, esconde - esconde, pedrinhas, cantigas de roda, passa- anel, entre outras. Recordo que eu e uma amiga brincávamos de casinha debaixo do pé de manga. Além do faz-de-conta que estávamos fazendo comida, comíamos manga verde e as nossas mães não gostavam, mas era tão prazeroso brincar daquele jeito, livres. Às vezes, desejava ter uma boneca, porém, minha mãe não tinha condições de comprar. Uma tia que era costureira e fazia bonecas de pano, me levava uma para brincar. Que felicidade! Naquela época era muito diferente. Não tinha internet, celular ou computador nas mãos das crianças. Acredito que no meu tempo a infância era muito mais saudável, em todos os aspectos, porque brincávamos livremente na rua sem medo do perigo. Mesmo na adolescência ainda brincava. Comecei a trabalhar com quinze anos para ajudar minha mãe porque na época tínhamos um terreno e precisávamos construir uma casa maior. Como aprendi a ser responsável desde nova, nunca desisti de lutar pelos meus objetivos. Ao longo dos anos, trabalhei inclusive de babá para pagar minha faculdade . Às vezes penso em tudo que passei, mas consegui alcançar o que almejava, um diploma. Agradeço à Deus por ter formado minha família junto com o meu marido, filhos e uma neta. Agradeço, principalmente, por ser uma mulher de caráter e honesta acima de tudo.
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